- Hum. – coloco a última garfada de macarrão na boca e não seguro o gemido de satisfeita. – Mano, você já pode casar.- Não, obrigado.
- Casa comigo então. – brinco.
- O que ganho em troca ?
- Oi ? – o olho sem entender.
- A comida será por minha conta, eu te alimentarei. Ok. Mas e eu, o que ganho ? – explica calmamente.
- Tá falando sério ? – fico perplexa com sua pergunta. – Primeiro que o certo, para dá tal passo, você não pode pensar em si. Tem que se casar, com o objetivo de fazer aquela pessoa escolhida , feliz.
- Papo furado. – desdenha.
- Te amo menos.
- Bom, quando tiver perto de zerar, me avisa que passo uma semana aqui, cozinhando para você.
- Ridículo. – rio com sua ousadia, mas não desminto. Ele sabe que pra me ganhar é a coisa mais fácil, me conquiste pelo estômago que fico de quatro por você.
- Falando sério, esse lance do casamento não é brincadeira. – me olha serio. – Pra ter casa limpa, roupa passada e limpa, posso ter ainda solteiro, só contratar alguém para fazer, como já faço. Comida eu mesmo faço.
- Teu ponto de vista é bizarro. – pego o prato sujo de suas mãos e levo para cozinha, junto com o meu.
- É a verdade.
- Ok. – encerro o assunto.
- Você não respondeu minha pergunta. – vem atrás de mim.
- Que pergunta ? – coloco as louças sujas dentro da pia e pego a esponja, para lavar logo.
- O que me daria em troca, se eu me casasse com você ? – encosta seu corpo no meu, me fazendo me apoiar com as duas mãos na pia. – sem essa de casa limpa e roupa passada.
- Não faço ideia. – suspiro alto quando beija minha nuca. – É bizarro esse teu ponto.
- Não é não. – aperta minha cintura e se mexe, fazendo-me sentir sua ereção. – mas respondendo por você.
- Hum. – solto a esponja e apoio minhas pernas no armário que fica abaixo da pia. Se não sou capaz de cair.
- Você pode me dá essa bucetinha em troca. – sussurra no pé do meu ouvido, antes de morder, me fazendo me arrepiar dos pés a cabeça. – Você é viciada em comida e eu em sexo, uma mão lava a outra.
- Tu só pode ter bebido umas, antes de vir pra cá. – me vira para ficar fase a fase com ele.
- Um troca justa, não ? – beija ponta do meu nariz, sorrindo.
- Fumou ? – me seguro em seus ombros. – Caso sim, troca de fornecedor, te venderam bagulho estragado.
- Maluca, sabe que não fumo. – passa as mãos em volta da minha cintura, fazendo que assim, nenhum espaço fique entre nós. – Toparia ?
- Não quero casar, sabe disso. – com o rosto próximo ao seu pescoço, inspiro seu cheiro forte. – e isso não existe, não tem essa num casamento.
- Pode existe entre nós. – uma de suas mãos vão até meu seio e o aperta. Me fazendo gemer.
Você não deve esta entendendo nada, somos amigos ou namorados ?
Amigos, mas quase sempre, damos uns pega um no outro. E tem quem diga que isso vai ferrar com a amizade lá na frente.
Pouco nos importa, Guto pensa o mesmo que eu : “o hoje que importa.”
Nossos amigos em comum e alguns familiares, falam que ainda vamos nos casar. Não negamos, somos tão próximos um do outro, que as gurias pensam que realmente somos namorados.Amo essa proximidade que temos, confiamos um no outro de olhos fechados.
- Podemos colocar essa ideia em prática, agora. – diz me olhando nos olhos. – Fiz a janta, te alimentei. Agora sua vez, de me alimentar sexualmente.
- Merda, homem. – xingo antes de o beijar com fervor.

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Troca de Favores
Short StorySe nem relógio trabalha de graça, quem dirá o Guto. Em uma conversa com sua amiga, expõem sua opinião, que para se casar com alguém, terá que ganhar algo em troca no relacionamento. Quer saber mais ? O porque de dizer isso... Leia o conto. Não esque...