"O homem pode fazer oque quer mas não pode querer o que quer" –Arthur Schopenhauer
# Capítulo 4
4 anos depois do incidente (Ainda na escola)...–Bom já que você não vai jogar Dungeons and Dragons hoje jogamos amanhã?
"Amanhã não tenho compromissos" pensa Daniel que então responde a pergunta de Enzo
–Sim, pode ser.
Entramos na sala de aula, nossa primeira aula era de física, como alguém podia aguentar equações sendo forçadas a entrar na sua cabeça por uma professora no primeiro tempo de aula eu não sabia, porém era obrigado a aguentar, Daniel se senta onde sempre se sentou, na frente e Enzo senta logo atrás dele, eles não chegavam a ser Nerds ou CDFs, apenas estudavam e tiravam boas notas.
Mirela entra com suas amigas na sala e se senta no fundo como o de costume.
A professora entra em sala, ela não era muito de falar sem motivos, parece que ela não gosta de gastar seu oxigênio em vão, apenas dar aulas receber seu salário e fim.
Depois de 20 minutos de uma aula monótona de física mecânica uma batida na porta interrompe a voz da professora.
–Entrem – ela diz
Dois policiais abrem a porta e entram na sala, um deles olha a todos os alunos e o outro se dirigiu a professora.
–Revista nas mochilas. –o polícia diz para a professora quase sussurrando, devido a Daniel sentar na frente ele consegue ouvir a conversa, o outro polícia vigiava atentamente os alunos.
–Não fui avisada que teríamos revista hoje.
–Recebemos uma denúncia .– Ele termina, Daniel conseguia imaginar como a professora devia xingar os policiais de mil e um nomes em sua cabeça por terem interrompido sua aula, ela obviamente não se importava se os alunos tinham ou não drogas ilícitas em sua mochilas, como já dito, ela apenas queria terminar a aula.
–Pelo menos andem rápido. – A professora murmura então o policial que falava com ela olha para os alunos e diz para todos ouvirem.
–Recebemos uma denúncia, iremos fazer uma revista nas mochilas.
Todos já esperavam isso, e então eles começam, cadeira por cadeira foram em ordem de fileira, como Daniel se sentava na frente foi um dos primeiros a ter a mochila revistada, quando o policial pegou sua mochila ele o perguntou.
–Tem algo de ilegal aqui dentro?
–Não senhor. –Daniel responde olhando nos olhos do policial, algo parecia estranho em sua Face, o policial abriu sua mochila, tirou todos os livros, passou a mão por cada canto da mochila, e não encontrou nada, botou os livros de volta na mochila, a fechou e entregou para Daniel.
Fez o mesmo com Enzo que se sentava atrás dele até que chegaram em Mirela, e foi aí que algo estranho aconteceu, primeiramente quando o policial chegou na mesa dela para a revista ela disse antes de ele dizer qualquer coisa.
–Acho isso ridículo. – Todos da sala olharam para ela, inclusive o outro policial que revistava outra fileira. Ela continua. –Digo, vocês não podem sair simplesmente abrindo nossas mochilas quando bem entenderem
–Oque? –Diz o policial que revistava a outra fileira – você está se opond..– Ela interrompe o policial e volta a falar.
–Vai me prender por dar uma opinião contrária polícial? –Mirela se levanta, a esse ponto todos da sala observavam com todas as suas atenções a cena.
–Que diabos ela está fazendo, – Enzo sussurra.
"Exatamente" Daniel pensa, "Será que ela quer ser presa?"
–Senta garota você está sendo equivocada demais– o Policial pega a mochila dela, ela não mostra resistência, Daniel nem tinha percebido que ela tinha se levantado.
–Olha, vamos acabar logo com isso, –Mirela continua –Eu sei que você não são policiais. –Sua mão magra desliza para uma pequena cordinha no seu pescoço que parecia ser um cordão que estava dentro da camisa, e realmente era isso, ela a puxa revelando um pequeno cordão com o formato de um pentagrama de uma estrela de cinco pontas apontada para cima em sua posição normal.
E nesse momento as coisas fluíram muito rapidamente, Em primeiro lugar o policial largou a mochila de Mirela assim a deixando cair, Mirela Levantou as mãos a altura do peito do policial que estava a sua frente, Só então Daniel percebe que os "Policiais não estavam mais fardados, e sim com uma espécie de manto vermelho. Mirela encosta as mãos no peito do "Policial" e este é impulsionado com toda a força para trás voando em cima da cadeira de um garoto que caiu junto com ele, o outro "Policial" que estava do outro lado da sala estava com uma das mãos levantadas na direção de Mirela, nesse momento todos da sala já tinham se jogado no chão, das mãos do policial saiu algo vermelho alaranjado muito brilhante que Daniel assemelhou como fogo, Antes do raio de fogo chegar a cabeça de Mirela a porta se abriu muito rapidamente, então entraram 4 pessoas na sala de aula, todas com um manto preto que ia dos pés ao pescoço. O raio de fogo que ia em direção a Mirela agora parecia ter batido em algo no ar bem próximo a Mirela, algo invisível, algo semelhante saiu das mãos de Mirela e foi até o peito do policial que ainda estava em pé... Acertou em cheio que igual ao outro policial, este também foi impulsionado parar trás, ele bateu violentamente na parede e parecia ter desmaiado. Então Mirela gritou.
"APAGUEM A MEMORIA DE TODOS, SEJAM RÁPIDOS." então uma das quatro pessoas que tinham entrado na sala se posicionou na frente da sala, mandou a professora ir para o fundo da sala, está obedeceu na mesma hora, então um pensamento muito rápido passou na cabeça de Daniel, "Talvez eles possam me ajudar", então Daniel levantou e gritou em meio a toda a tensão.
–CALMA POR FAVOR. MEU IRMÃO FOI LEVADO POR UM MEDIADOR, ME AJUDEM. – Daniel termina e ouve Enzo sussurrar do chão de trás dele " Daniel?", então a pessoa que estava na frente deles exclama surpreso.
–Mas que droga, –ele olha para os outros que estavam de manto e olha para Mirela, ela faz um sinal afirmativo com a cabeça e ele volta a olhar para Daniel e diz –Rápido, venha para cá para frente, ao meu lado e não se mova. –Daniel vai, se posiciona ao lado dele, o rapaz que já era um adulto levanta novamente as mãos, fala duas palavras que Daniel não entendeu, e todos os alunos menos Daniel parecem desmaiar, inclusive a professora.
–Oque aconteceu?– Daniel pergunta com medo.
–Pouco tempo para perguntas, temos trabalho a fazer e rápido aqui, te explicamos tudo lá fora. –Diz Mirela do outro lado da salas e então o homem sai do lado dele e caminha em direção a porta, os dois outros estavam carregando os corpos desmaiados dos policiais, Mirela caminha ao seu lado bota a mão magra em seu ombro e diz, "Temos que ir" então eles caminham até a porta e Daniel pergunta.
–E eles? – se referindo a os alunos e a professora desmaiada. Mirela ri, mas em sua risada qualquer um perceberia que tinha sido uma risada carinhosa, e então ela responde.
–Eles vão ficar bem.
–Temos que ir – diz uma das pessoas que tinha entrado na sala quando Mirela lutava com os Policiais, Daniel percebe que é um jovem cabelos pretos e crespos, olhos castanhos, parecia um rosto familiar mas Daniel não o lembra de ter visto ele em nenhum momento de sua vida.
Eles caminham no corredor, Daniel pergunta.
–Para onde vamos? – O homem de manto que mais tarde Daniel descobriria se chamar Simon olha para ele e diz.
–Você gosta de perguntas em. – em seu rosto tinha uma expressão amigável.
–Vamos para a guilda. – termina Mirela
Daniel resolveu não perguntar mais nada, ele até percebeu que pela primeira vez na vida, ele iria adiar o "Dia da biblioteca."
Dessa vez foi mais importante do que ele imaginara.
Na sala de aula todos já tinham retomado a consciência, e continuaram como se nada tivesse acontecido, porque para eles realmente nada aconteceu, naquele dia Daniel e Mirela para eles tinham faltado a aula, e ninguém tinha revisado a mochila deles.
"Esse dia vai render." pensa Daniel enquanto saía pela porta da frente dá escola com os outros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
TEMPO
FantasyViajar pelo tempo é mais perigoso do que todos pensavam, o mundo está a beira de um lapso Temporal, cabe a poucos zelar pelo controle da magia e o equilíbrio do universo, porém oque fazer quando a própria magia está causando guerras? Não existem pro...