Bankers [PT/BR]

2.

POV Camila.

— Sofi deixa eu tentar. — A menorzinha tentava abrir o refrigerante, sua mão já estava vermelha e ardendo.

Sofia soltou o refrigerante e esfregou suas mãos, numa tentativa de causar menos dor na hora de soltar. — Aí.

— Prontinho. — Camila pegou um pano de prato pra abrir o refrigerante.

— Ei, isso não é justo. — Bateu com o pé no chão.

— Adivinha o quê é justo? — Camila começou a pisar lentamente em direção a Sofia, que no mesmo ritmo pisava lentamente para trás.

— N-Não Mila, tudo bem eu te perd- — Camila saiu correndo atrás de Sofia, as duas ficaram dando voltas no sofá até Mila saltar o sofá e empurrar Sofia ao chão.

— O quê você disse? — Camila fazia cócegas na região da barriga até o quadril.

— E-eeu te perdoooo — Ela gritou.

— Acho que não estou escutando direito, ahn? — Camila estava em cima de Sofi, com cada perna em um lado.

— So-socorro — Já estava vermelha e com os olhos fechados. — M-Mila por favoooor.

Camila sorriu e deu um beijo molhado na bochecha de Sofi, amava aquela garota mais que qualquer coisa. Poderia ser sua fraqueza? Talvez... faria tudo pela baixinha.

— Perdi algo? — Sinu passou pela porta da sala e colocou a cabeça para dentro do cômodo, está com as mãos ocupadas por pacotes cheios de compras de supermercado.

— Não, só estávamos brincando. Né Sofi?

A baixinha assentiu rapidamente com um sorriso no rosto, Sinu arqueou a sobrancelha e fez Sofia o sinal de joinha para mamãe, que deu um riso baixo e entrou na cozinha.

&&&

— Eu sinto falta da tia Lauren... — Sua voz é baixa, seus olhos estão no chão e suas mãos fazem movimentos circulares no tapete.

— Ei Sofi, um dia ela voltará. — A mais velha segura o queixo da menor e o levanta. — Sabe aquela história do príncipe que vem buscar a princesa no castelo? — Assentiu. — Lauren é meu príncipe, nunca perca as esperanças Sofi.

— E como você sabe disso?

— Do que?

— Que ela é seu príncipe...

— Eu não sei... — Suspiro. — Apenas sinto. — Camila observou o corredor, agradecendo por seu pai não estar lá.

POV Lauren.
FLASHBACK ON//

— Lauren, Lauren, Lauren... — Alejandro repetia, fazendo o quarto soar com eco.

O quarto é escuro, só há um quadrado na parede com grades de ferro, não há porta, mas um galpão no chão.

Alejandro está com um taco de beisebol na mão e Lauren se vê presa por uma corrente. A maior acabou de acordar, está atordoada por causa da droga que fizeram ela ingerir.

— O-o quê? — Seus olhos estavam semicerrando, sua boca cortada e seca.

— Bom dia Lo-Lo, como está? — Alejandro aproximou-se de Lauren, ficando com os joelhos flexionados.

Lauren encarou Alejandro e sorriu.

— Vai se f- — Antes de terminar sua frase, Alejandro acerta seu taco na cabeça de Lauren com toda a sua força .

— Precisa ser mais educada, como quer continuar a namorar minha filha? — Lauren não enxerga nada, sua dor transparece, tudo gira, seu foco não é mais o mesmo.

Ela tenta resistir a dor, é inevitável os gemidos de dor que soltou quando Alejandro passou a catana em suas costas. Lauren já não tem forças para falar, respirar e muito menos para pedir ajuda.

Não houve luz, não houve esperanças, só havia uma razão.

— Vamos fazer um acordo. — Alejandro carrega um recipiente com álcool e esparrama nos ombros de Lauren. O líquido trilhava seu próprio caminho, ora no abdômen, ora nas costas. — Eu deixo você sair e... você me da o pendrive.

Lauren riu baixo e negou, nunca faria isso.

— Vamos negociar novamente sem risadas. — Apertou o machucado que fez com a catana.

— PORRA! — Uma sarça acendeu em Lauren, tentou de maneira falha avançar em Alejandro que apenas ria com a reação da maior.

— Eu quero que você termine com Camila.

FLASHBACK OFF//
FLASHBACK ON//
— Lauren, como foi seu dia? — Sentada na cadeira, a mulher ruiva pergunta com o seu caderno em mãos.

Lauren deitada na poltrona, está inquieta. Não sabia como havia sido seu dia, confusa com a pergunta, deixou o silêncio reinar.

— Nada? — Soltou uma voz calma.

— Minha vida não existe sem Camila. — Lauren disse rapidamente. — Eu fazia tudo com ela, ia para a faculdade, almoçava, curtia a noite... E parecia ser mágico só por causa dela. - Aquilo realmente foi um desabafo, seguido por suspiro.

— Precisa se perdoar.... — A ruiva disse.

— Camila nunca me perdoará.

— Ela não sabe os seus motivos. E se soubesse, entenderia. Ela confia em você.

FLASHBACK OFF//