Bankers [PT/BR]

3.

N/A: Está um pouco confuso a história, mas espero que vocês consigam entender no decorrer da fanfic.

POV Lauren.

— Laur, você não confia em mim? — Verônica disse baixo, chateada.

— Por quê eu contaria a história que tive com Camila?

— Ora, eu sou sua amiga faz anos e eu preciso saber.

Ambas estavam no Jack Pub. Lauren está com um paninho nas mãos limpando o balcão.

Estava próximo de abrir o local (6 horas da manhã) o sol já estava saindo e as janelas abertas ao máximo.

— Você realmente não quer saber dessa história... — Fechou os olhos. — Confia em mim.

— Se eu não quisesse não teria perguntado.

— Ahn, não pode ser em outro lugar? — De qualquer forma queria uma desculpa para não contar, só Dinah, Ally e Normani sabiam.

— Não, chega! Já não basta você e a Lucy estarem estranhas. Eu quero a verdade. — Seus braços estão cruzados e sua feição de indignação.

—Ta, ta. — Lauren deixou o pano de lado e apoiou seus cotovelos no balcão, colocou suas mãos na testa e jogou sua franja para o lado. — A gente se conheceu no ensino médio e eu me apaixonei por ela. Aquele negócio meio cliché, sabe? Nós duas queríamos ser policiais apesar de termos estudado para música. Foi aí que tudo começou, de segunda á sexta nós praticávamos muay thai e íamos direto para esse clube aqui, era fascinante. Só que a gente ainda não namorava, na verdade nunca tinha passado pela cabeça dela essa possibilidade. Nós já tínhamos nos beijado mas, nada além disso. — Lauren contava tudo com calma, já estava melhor em relação á menor.

— Por quê?

— O pai dela. — Lauren disse sem olhar nos olhos de Verônica. — Todo mundo sabe que Mila trabalha pra polícia, mas ele não. Camila não sabe como contar para o papi dela. E sabe o quê espanta? —Vero negou com a cabeça. — Eu descobri para quem ele trabalha. — Lauren girou a placa do local para "OPEN" —Depois que eu descobri para quem ele trabalha, ele me manteve um mês em um sótão. Me batendo, jogando álcool, colocando palitos de dentes nos meus dedos.. — Verônica se sentiu mal por ter perguntado no final das contas. — Ele me ofereceu para terminar com Camila. Ou eu terminava ou o pen-drive seria anunciado ao FBI.

— Eu sinto muito... — Lauren assentiu, não havia sentimentos nas palavras que havia dito. A psicóloga Ariana ajudou Lauren a superar seus medos. A maior obteve trauma depois daquele mês. Afinal, quem não ficaria traumatizado? — Algum dia você pensa em sair do FBI?

— Pra ser sincera, sim. Ter uma família, fazer outra faculdade, viajar principalmente - Riu baixo.

Lauren observou um cliente entrando, era o mesmo homem da noite passada. Como sabia? Suas roupas.

— One Jack, por favor. — O cliente estava com as mãos apoiadas no balcão, sua cabeça para baixo, provando que não queria revelar seu rosto. Verônica franziu o cenho. — Dia ruim?

— Grandes negócios, moça. — Por alguns instantes Lauren reconheceu aquela voz, apenas não sabia da onde.

O cliente pegou a bebida e deixou o trocado na mesa, saindo lentamente do local. Parecia ter decorado cada canto dali, seus olhos vagavam por cada cadeira e luz.

— Sinistro. — Verônica arqueou a sobrancelha e olhou para Lauren, a maior está com os olhos fixados na janela. No mesmo instante Vero olhou para fora e enxergou Camila no farol, arregalou os olhos e colocou a mão na boca. — Laur, não pira. Ta tudo bem, talvez ela nem tenha te vis-

— Olá. — Sua voz continuava na mesma doçura, calma e aguda. Camila olhou para os lados como se estivesse observando quem estava lá. — Bom dia Vero, como vai?

Enquanto isso Lauren está estática, sua respiração fazia barulho, seus olhos estão vidrados na janela, sua boca entreaberta. Verônica percebendo que Laur estava tendo um surto interno, segurou a mão da maior e a arrastou para a cozinha.

— Lauren, acorda! — Deu uns tapas na bochecha da maior, não resultou em muita coisa, só fez Lauren piscar consequentemente ao tapa. Vero estava ficando sem ideias, pensando de alguma forma tira-lá do transe, olhou de relance para o copo de água na mesa e jogou nos olhos de Lauren. — Me agradeça depois.

— O quê foi isso? — Lauren passou com as mãos no rosto, tirando o excesso de água que Vero tinha jogado. Quando abriu os olhos, Camila estava na sua frente com um pano seco, pegou o pano e enxugou.

—Não vai me agradecer? — Camila segurava sua própria mão como forma de amenizar a ansiedade.

— Você não deveria estar aqui. — A maior saiu da cozinha sem dar a chance de ouvir a resposta de Camila.

— Você não pode me evitar todas as vezes.

Lauren deu a volta no balcão e pegou o pano de mesa, organizando os shots em zigzag. — Há, posso sim. — Virou de costa para a menor, lavando o pano na pia.

— Seu papi sabe que você veio aqui? — Lauren fez menção de apontar circularmente ao local.

— Nã-

— Então tchau. — Lauren não acreditava em Deus mas rezou para Camila não subir as escadas que estava subindo.

Sucesso, conseguiu mais um dia sobreviver as perfeições de Camz.

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