VITÓRIA

CAPÍTULO 08

Capítulo 08
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|Luan narrando|
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Eu odiava quando Nicolas chegava em mim e dizia que era melhor, odiava ele por ter pegado todas as minhas namoradas e esfregado na minha cara que eu não era homem suficiente pra isso.
— Acho que você devia ir pra suas festinhas de adolescente e parar de incomodar a Vitória! — Nicolas disse parando bem a nossa frente.
— Por que você não vai lamber o rabo daqueles engravatados e para de me encher o saco? — falei com um sorriso cínica e Vitória segurava pra não rir.
— Você nem devia estar aqui, Luan! Cai fora, irmãozinho. — Nicolas cruzou os braços e eu respirei fundo pra não socar a cara dele.
— Estou adorando a companhia do seu irmão, acho que aqui é o lugar dele, no meio dos engravatados e aprendendo sobre o mundo dos negócios, né Luan?! — Vitória disse levando as mãos sobre meus ombros.
— Com certeza! — cocei a garganta e Nicolas revirou os olhos.
— Vai por mim, Vitória, o Luan não presta, não serve nem pra administrar uma pequena parte da empresa, só tem atitude de moleque! Acredito que uma moça tão rica como você não iria querer se envolver com um babaca como ele. — o tom sarcástico de Nicolas me deixou extremamente irritado.
— Gostei do Luan do jeito que ele é, sem tirar nem pôr! Cada um tem seu jeito de vivier, suas manias, qualidades e defeitos, gostei dele assim, não tem porquê eu me afastar! — Vitória o encarou e eu sorri cínico para Nicolas.
— Depois não diga que não avisei! — Nicolas disse mais ríspido e me encarou saindo dali.
— Desculpa por isso! — a olhei e ela sorriu de canto.
— Seu irmão me parece arrogante e prepotente, não gosto de gente assim! — levantou os ombros — Aliás, acho que podemos ir pra outro lugar, né?! Aqui é tão chato e sem graça...
— Pra onde você quiser! — segurei sua mão e nós fomos saindo dali.
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|Vitória narrando|
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A prepotência e arrogância de Nicolas me irritou, ele era igual ao pai, adorava diminuir os outros pra se sentir melhor. Talvez Luan não fosse como eles, talvez ele só precisasse de atenção, carinho e um pouco de amor, coisa que seus pais não souberam dar a ele. Nicolas vai ficar pra outro dia, um dia que eu estiver com paciência pra imbecis.
— Você tá calado desde que saímos de lá! — falei assim que nos sentamos no banco da pracinha que ficava próxima ao salão onde acontecia o coquetel.
— Nicolas tem o dom de me colocar pra baixo! — Luan fitou o chão e foi tirando seu terno — Eu não queria vir, mas meu pai me obrigou a participar dessa palhaçada e cá estou eu... humilhado pelo irmão mais velho outra vez!
— Seu irmão é um babaca, ainda bem que sou filha única, porque se eu tivesse um irmão ou irmã assim, eu arrebentava ele no soco! — falei e Luan riu baixo.
— Tá vendo essa cicatriz? — Luan puxou a manga da camisa e havia um cicatriz em seu pulso — Foi Nicolas que fez, passou a tesoura quente aí... de propósito, fez isso quando éramos crianças!
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