CAPÍTULO 106

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Capítulo 106

|Luan narrando|

Não sei o que dona Vitória queria comigo, ela parecia séria e ao mesmo tempo tranquila. A acompanhei até o escritório e respirei fundo, me preparando para o que estava por vir.
— Primeiramente, quero te pedir desculpas pelas vezes que te tratei mal e principalmente por ter dado confiança a Nicolas! — Disse meio cabisbaixa. — Segundo, quero agradecer por cuidar tão bem da minha menina e dar a ela todo amor do mundo, todo amor que ela merece!
— Ô, dona Kamila! Isso são águas passadas e quanto a Vitória, pode deixar que estou cuidando muito bem dela e que nosso amor vai prevalecer acima de qualquer problema! — Falei e ela sorriu de canto.
— Fico feliz em saber que se amam e estão juntos independente de qualquer coisa! Peço que cuide muito bem da minha menina, ela é a pedra preciosa, vivo por ela e pra ela. — Disse e eu assenti com um leve sorriso.
— Vou ajudar a senhora a cuidar dela!
— Posso te dar um abraço? — Estendeu os braços em minha direção.
— Claro! — Respondi e nos aproximamos para darmos um abraço.
Eu me senti mais leve com o abraço que recebi de dona Kamila, eu sei que agora ela me apoiava com Vitória e isso me deixou bem mais tranquilo e muito mais feliz.

(...)

Hoje era o dia da leitura do testamento de meu pai, só estava eu e Vitória na sala de advocacia do doutor Humberto, advogado de minha família, o mesmo que defendeu meu pai tribunal e não conseguiu porra nenhuma.
— Por que você chamou apenas a mim? — O olhei e ele revirou os olhos.
— Nicolas está vivo e sua mãe tá solta?? — Seu tom de ironia fez Vitória o encarar.
— Leia logo esse testamento! — Vitória disse e ele bufou abrindo a pasta.
— Pula as formalidades do meu pai, só quero saber pra quem ele deixou tudo! — Cruzei os braços e Humberto assentiu.
— Han... certo, vamos lá, ele deixou quase toda a herança nas mãos de Nicolas, uma parte para Vivian e outra pequena parte para você, mas nem Vivian e MUITO MENOS Nicolas terão acesso a esse dinheiro, não é mesmo?! — Arqueou uma sobrancelha e eu o encarei mandando que prosseguisse. — Portanto toda a fortuna de seu pai ficará em suas mãos!
— Oi??? — Vitória o olhou boquiaberta.
— Não quero esse dinheiro! — Afastei minha cadeira da mesa.
— Mas...
— Mas nada, doutor! — Me levantei e Vitória fez o mesmo. — Todo esse dinheiro ele conseguiu derrmando sangue de pessoas inocentes!
— Eu já sei o que você pode fazer! — Vitória parou em minha frente e eu a olhei confuso. — Pega esse dinheiro e doa pra instituições de caridade!
— Pelo amor de Deus! — Doutor Humberto começou a rir e Vitória o encarou furiosa.
— Tem razão, amor. — Respondi e ela voltou a me olhar. — E sabe, vou doar esse dinheiro para o orfanato aqui de San Francisco, eles precisam!

...

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