4 Cap

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Pov's Elena

-SAI DAQUI!- disse ela,e ouviu a raiva tremer em sua voz

-SAI!SAI DAQUI!- Com uma última palavra,ela atirou a pedra.
Houve uma explosão de folhas,mas o corvo voou sem se ferir. Suas asas eram imensas e o barulho que faziam parecia o de um bando de corvos. Elena se agachou, de repente em pânico,enquanto ele voava diretamente sobre sua cabeça o vento das asas agitando seu cabelo moreno.
Mas ele subiu de novo e circulou,uma silhueta preta contra o céu branco como papel. Depois,com um granito áspero, voou para o bosque.
Elena endireitou o corpo lentamente, depois olhou em volta,constrangida. Não acreditava no que acabou de fazer. Mas agora a ave se foi, o céu parecia estar normal de novo. As folhas treinaram em uma brisa e Elena respirou fundo. Na rua,uma porta se abriu e várias crianças saíram,aos risos.
Ela sorriu para elas e respirou fundo de novo,o alívio a dominando como a luz do Sol. Como pôde ter sido tão boba? Era um lindo dia,cheio de promessas, e nada de ruim ia acontecer.
Exceto que ela ia chegar atrasada na escola. O pessoal todo estaria esperando por ela no estacionamento.
Eu posso muito bem dizer a todos que parei para atirar pedras num pervertido que estava me espiando, pensou ela, e quase riu. Ora essa isso teria dado o que pensar.
Sem olhar para o marmeleiro que ficava para trás, Elena começou a andar pela rua o mais rápido que pôde.

Pov's Stefan

O corvo se chocou com o alto de um carvalho imenso e a cabeça do Stefan se voltou repentinamente por reflexo. Quando viu que era um pássaro, relaxou.
Seus olhos se voltaram para a forma branca e flácida em suas mãos e ele sentiu seu rosto se contorcer de arrependimento. Ele não pretendia mata-lo. Teria caçado alguma coisa maior do que coelho se soubesse que estava com tanta fome. Mas é claro que era isso que o assustava: jamais saber a intensidade de sua fome, ou o que poderia fazer está aplaca-lá. Ele teve sorte por,dessa vez,ter matado apenas um coelho.
Ele estava embaixo dos antigos carvalhos, a luz do sol infiltando-se até no cabelo castanho. De jeans e camiseta, Stefan Salvatore parecia um aluno normal de Ensino Médio.
Mas não era.
Imerso no bosque, onde ninguém poderia ve-lo, ele foi se alimentar. Agora lambia meticulosamente as gengivas e os lábios, para se assegurar de não ter deixado nenhuma mancha. Ele não queria se arriscar. Este embuste já seria difícil o suficiente sem isso.

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