CAPÍTULO PRIMEIRO Por quê fui chegar mais cedo da escola?

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Minha cabeça girava. Meu coração batia acelerado. Os galhos das árvores chocavam-se ao meu rosto enquanto corria pela clareira da floresta. Floresta esta que servia de limites à propriedade aos fundos da nossa casa, corria sem ao menos saber a onde iria parar.

Enquanto corria aquela cena não saia de minha cabeça e; quanto mais corria mais vividas elas se tornavam em minha mente!

O suor já estava escorrendo pela minha testa, braços, pernas e costas; estava ficando encharcado sem estar chovendo. Quando ao longe escutei o rebombar de um trovão; estaquei!

Apoiando as duas mãos em meus joelhos procurava manter o fôlego enquanto mirava a subida que já começava ao sopé do monte. Eu sabia que após aquela subida ao chegar no topo do monte encontraria o lago que costumava pescar com o meu pai.

Com meu corpo arqueado para frente e as mãos apoiadas em meus joelhos, virei a cabeça para trás e vi o quanto tinha me embrenhado na floresta. Puxei o ar com força aos pulmões. Enquanto olhava a subida a minha frente, as imagens do que tinha presenciado voltaram à minha mente, clara como imagem de um filme em HD na grande tela de cinema.

Meu corpo reagiu! Meu membro enrijeceu. Parecia que iria salta de minha calça, rijo como ferro! Fiquei ereto, passei as mãos no rosto, balancei a cabeça de um lado para o outro tentando afastar tais imagens de minha mente e, em um impulso comecei a subir o monte num pique longo.

Quando cheguei ao topo do monte, estaquei! Arquejava rápido. Se não fosse um adolescente de dezesseis anos acostumado a corridas por causa das aulas de educação física na escola; acho que teria tido um infarto!

A chuva vinha na minha direção farfalhando sobre as águas do lago, me atingindo suavemente, fazendo que meu corpo suado e quente se esfriasse ao toque de suas gotas.

Fechei meus olhos, abri os braços, me deixando encharca pela chuva fina e fria. Até que um trovão rebombou acima de mim, fazendo meu corpo estremecer. O som do trovão me dizia que teria de procurar abrigo, pois a chuva fina se tornava torrencial.

─ Droga! Por que fui chegar mais cedo da escola?

Murmurei para mim mesmo enquanto corria, a fim de abrigar-me do temporal que havia se transformado a agradável chuva. Com uma corrida rápida cheguei a choupana que usávamos para pescar: meu pai, a mulher dele e eu.

A MULHER DE MEU PAIWhere stories live. Discover now