Narração por Harry
Assim que ouvi Louis dizer o nome daquele idiota, baixei a cabeça, eu não tinha direito de dizer nada, eu não podia, mas no fundo aquilo deixou-me bem triste e desiludido, não com Tomlinson, ele não tinha culpa nem havia uma razão para estar zangado com ele, afinal ele tinha de fazer uma escolha, e no fundo escolheu o mais acertado. Embora o meu desejo fosse ficar a seu lado, eu não era homem para ele, eu não tinha capacidade para ser amigo dele. Eu estava sim triste e desiludido comigo por não ter sido capaz de o cativar, estava desiludido comigo por não ser o suficiente na vida de Louis, mas tudo bem, este sentimento não era novidade.
Assim que a aula acabou, sai da escola encostando-me à parede da escola nada a mudar, ele poderia não querer ser meu amigo mas isso não ia mudar em nada a minha vontade de o ajudar, de o segurar nos meus braços, e uma vez na vida ser forte o suficiente para não deixar que ninguém faça mal a alguém que é importante para mim. Eu conhecia Louis à pouco tempo, isso é o fato, mas ele faz-me bem, ele faz-me querer ser bom, faz-me querer cuidar de alguém, faz-me querer cuidar de mim, faz-me acreditar que ainda há esperança no mundo.
Vi Louis caminhar sozinho, novamente, para casa como é que Zayn poderia o deixar sozinho? Ele não tem noção dos perigos? Ele não tem noção de toda a dificuldade que Tomlinson tem a andar assim na rua? Que raiva. Ainda que de forma diferente, levei-o até casa, ele não sabia que eu estava lá e eu não queria que ele soubesse. Correu tudo bem, ele chegou bem a casa. Sorri ainda que sem vontade de o fazer, mas eu tinha um motivo: ele estava bem. Ainda que ele não me queira na sua vida, isso é mais que motivo para eu estar bem, o bem dele.
Continuei a andar acabando por encontrar um jardim onde me sentei debaixo de uma arvore, o rosto de Louis ficava preso na minha cabeça, aquele azul do céu fazia-me lembrar os olhos de Tomlinson, tudo à minha volta me fazia lembrar dele. Baixei a cabeça, fechando os meus olhos eu não queria mais aquela imagem, não por agora, mas mesmo quando fechava os olhos eu conseguia ouvir a voz dele, era como ouvir o cantar dos anjos.
"Harry...Harry...?"
Aquele voz, reconheci aquela voz de algum lado, é-me bastante familiar, e ao mesmo tempo estranhamente confortável, aquela era a voz de Louis que me deixava completamente fora da realidade.
Eu não conseguia perder como é que ele sabia que era eu, mas a sua mão estava ali, estendida para eu segurar, ele tinha aquele sorriso tão rasgado no rosto dele que fazia as suas maças do rosto subirem e ficaram rosadas, fazendo com que os seus olhinhos ficassem um pouco fechados, mas não o suficiente para eu poder deixar de ver aquele azul.
Foi então que segurei a mão dele e deixei-me ser guiado por ele, não importava para onde le iria levar, seja onde for, eu iria. Ele tinha-me levado para sua casa, era estranho, mas bom. Toda esta confusão de coisas tão díspares, mas de certa forma fazia-me sentir tão vivo.
Estávamos no sofá de sala, devo dizer que a familia dele tem um exclente gosto, mas voltando ao que interessa, estavas a falar, e a cada frase que Louis dizia, pedia desculpa por aquela tarde, mesmo eu tendo dito todas as vezes que compreendia e que ele estava mais do que perdoado.
L: "Mas não estás mesmo chateado comigo? Eu não te podia escolher percebes? o Zayn está comigo desde que eu fiquei cego, e pareceu-me injusto para ele, mesmo que ele me tenha feito obrigar a escolher, eu não o podia deixar. Mas eu quero que saibas que és muito especial para mim"
Louis juntou as nossas testas, fechei os meus olhos, queria ter a mesma experiência que ele, e a verdade é que mal ficou tudo escuro, tudo ficou mais intenso, conseguia sentir a respiração dele se misturar com a minha, a união perfeita.
H: " E tu para mim Saturniano - meu pequeno ser de Saturno"
Abraçei Louis, a verdade é que ele é tão diferente de toda a gente que só poderá ser um pequeno alien. Estavas abraçados, em silêncio enquanto a batida dos nossos corações enchiam aquela sala numa harmonia tão bela.
A chuva que batia na janela dava um ambiente ainda melhor, comecei a sentir água no meu rosto, ouvia a chuva lá fora ficar cada vez mais forte, o meu rosto cada vez mais molhado, e eu tinha frio, muito frio.
Ouvi um trovão lá fora que me fez abrir os olhos, não havia lá fora, acordei no jardim, já deveriam ser umas 3 da manhã.
Já não bastava ficar doente, ter de aturar a minha familia sobre o quão sou irresponsável, era tudo um sonho..
H: "Fantástico..."
Eu tinha apenas sonhado com ele. Louis continua a não me querer na sua vida.
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Notas:
1. Bem, espero que estejam a gostar da fic, relembro que podem sempre interagir com os personagens comentando ao longo do texto
2. Peço que não se esqueçam de votar, isso ajuda a chegar a mais pessoas
E POR FIM E MAIS IMPORTANTE: Não me odeiem por este capítulo, por favor.
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Love in the Dark
FanficHarry via no mundo o retrato (im)perfeito da podridão humana, já Louis não, ele não via o mundo dessa forma, ele não via de todo. Louis era o refugio de Harry, e Harry era a representação de tudo aquilo a que Louis fugia. Harry era um brutamontes...