Chris (23.02.2xxx)

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~Mais um dia hehe, não que eu goste de um lugar escuro, mas acorda e o sol bater na sus cara eh horrível~

Dou uma leve risada e saio da casa pela porta da frente.

~Eles já devem ter ido na floresta, acho que se eu der uma corrida eu chego até eles~

Começo a andar mais rápido para não desperdiçar energia correndo, olhando todas as casas em volta, casa com vidros quebrados, portas arrombadas,alguns carros parados mas não muitos.

~Quem diria que esse lugar era bem habitado alguns anos atrás? Hoje parece quase uma cidade fantasma, se não fosse eles e eu talvez não tivesse "vida" aqui~

Com esses pensamentos eu nem percebo q estou na entrada da floresta e um pouco ao longe consigo ver uma mancha branca andando, então corro até ela:

Chris - Senhora Letícia, senhora Letícia - eu acenava pra chamar atenção enquanto ia correndo até ela, uma moça alta com longos cabelos ondulados bem bonitos mas que estavam sempre presos ou dentro da camiseta (claro não estavam muito bem cuidados), os olhos de cores diferentes quase imperceptíveis mas eram um castanho claro e outro um castanho um pouco mais escuro, a pele era um moreno escuro se posso dizer assim, podemos dizer que era uma moça linda e amorosa, eu cheguei perto dela sorrindo-

Letícia - Oi Christopher, dormiu bem hoje? Fez um esforço e tanto ontem - ela afaga meus cabelos que tanto eu quanto ela optavamos por manter curto - e não precisa me chamar de senhora, assim me sinto velha - ela dá uma doce risada e eu rio junto enquanto andávamos, ela sempre me dizia ter por volta de 26 anos, foi até estranho eu achar o RG dela e descobrir na conta que ela tinha 36, nunca contei que descobri isso, preferi deixar os 26 porquê a deixava feliz.

Chris - Desculpa, mas não é culpa minha. A senhora que engordou um pouco, não estava assim ano retrasado quando me encontrou - ela riu e colocou a mão na boca-

Letícia - Não vai me dizer que aos 9 anos você não sabe o porquê que estou assim - ela riu de novo - Sua mãe quando foi embora estava assim também não estava?

Chris - Sim, ela dizia que estava esperando um irmãozinho pra mim - eu não penso nisso com a expressão mais feliz do mundo, não é a melhor coisa para se lembrar, mas do um sorriso fraco para disfarça, olho para ela e ela me faz uma expressão curiosa e um sorriso de 'então você sabe' - então.... Então você vai ter um bebê também? - ela faz que sim com a cabeça, fico feliz, mas rapidamente penso em outra coisa e fico meio triste olhando para o chão - Então... Vai se me deixar também e se esquecer de mim? - não queria chorar, mas foi meio inevitável, tentei não fazer nenhum barulho deixando só as lágrimas caírem.

Letícia - calma pequeno - ela coloca a arma dela no chão e vem me abraçar afagando minha cabeça - jamais irei deixar você, e estou feliz por poder dar um irmãozinho para você, assim terei dois filhos lindos - levantando o meu rosto e se abaixando(visivelmente com um pouco de dificuldade) pra ficar do meu tamanho, ela seca minhas lágrimas e me beija na testa - Você vai me ajudar a cuidar dele não vai? -faço que sim e abraço ela com força.

~

Devo minha vida há ela! Na noite em que eu tinha feito 7 anos, aconteceu o primeiro ataque na cidade, eles vinheram em monte, andando devagar, mas em grande quantidade, aqueles mortos... Pareciam zumbis iguais os dá TV, foi quando minha mãe, padrasto e eu corremos para atravessar a floresta igual muitas pessoas fizeram, minha mãe tava para poder ter um bebê então estava muito difícil de correr, foi quando os dois ela e eu caímos, eu havia batido em uma pedra bati uma parte do pé e na queda a cabeça e ela ficado de joelhos, nem sei o que ela sentia naquele momento, mas foi quando meu padrasto chegou e olhos para nós dois, fez seu esforço máximo pegou minha mãe e saiu sem dizer nada, eu não posso culpa-lo, ele amava ela e não o brinde que veio junto, tento levantar mas não consigo e caio novamente, quando olho para trás eles estão chegando cada vez mais perto, e é ai q ouso 3 tiros seguidos e uma frase perto de mim:

??? - não se preocupe iremos tirar você daqui, SAMUEL ME AJUDE AQUI POR FAVOR!

Samuel - ESTOU INDO AMOR! - uma figura veio e me agarrou no colo - Hey amigão, vamos levar você pra longe daqui, Você dá cobertura Letícia? - foi quando percebi que conhecia eles, eram uns "amigos" da família que viviam a alguns ruas perto da minha casa.

Letícia - Claro, leve ele para casa e cuide da ferida, parece que ele bateu o pé e a cabeça.

Os dois se ajudaram e chegaram em uma casa comigo, onde fui tratado, e onde cuidam de mim até hoje dois anos depois.

~

Chris - onde está o senhor Samuel? Não vi ele quando acordei, pensei que estivesse com você

Letícia - não se preocupe, ele foi atrás de algumas coisas para poder ter o bebê dá melhor maneira possível, e me deixou no trabalho de conseguir alguma comida, porque é simples conseguir algo aqui entende - ela faz uma cara de frustada, ri, mas dá um sorriso irónico,foi estranho.

Chris - conseguiu alguma coisa? - tirando a mochila das costas ela me mostra umas carnes de animais (que se não fosse o costume eu teria vomitado) e ao fundo umas latas de alimento - Bastante coisa - do um sorriso - vai dar por muito tempo.

Letícia - espero que sim pequeno - ela respira fundo - tem ficado cada vez mais difícil achar alguma coisa nesse lugar, espero que ele nasça logo para que possamos sair daqui, ou ficaremos sem ter o que comer por um bom tempo - ela falava isso com um olhar triste e pensador, eu não sabia o que fazer bem o que falar naquele momento.

Chris - vai dar tudo certo senh... Digo Letícia - sorrio nervoso porque não queria ser meio que repreendido de novo, mas ao invés disso ela dá aquela doce risada novamente.

Letícia - que os céus te ousam pequeno, vamos pra casa! Já é de tarde e precisámos fazer algo para nós e o senhor Samuel comer - ela ri.

Chris - pensei que não gostasse dessa palavra - eu rio junto dela.

Letícia - sou mais velha, tenho meus privilégios pequeno - ela para a risada e olha para mim sorrindo - nem acredito que aquele pequeno garoto dos cabelos cor de cobre, olhos azuis, pele branca e rosto manchado...

Chris - tinha que lembrar das manchas!

Letícia - claro - ela ri - faz parte de você, hoje está um pouco mais grande, mas com as mesmas especificações, parece que foi ontem que encontrei você caído aqui na floresta.

Chris - já pensei nisso também...

Letícia - sim... Bem vamos lá, parece que nos afastamos um pouco, vai ser uma boa caminhada até em casa. Opa antes que me esqueça dela... Chris pode pegar a arma para mim por favor - eu me abaixo e pego a arma, ela era bem mais pesada do que a pistola que eles me deram, dei a arma na mão dela - obrigada Chris, agora Ss vamos.

Começamos a andar com o sol batendo no meu rosto, era uma floresta mas não era tão densa.

Chris - quando for pra ele nascer posso ajudar a escolher o nome? - pedi enquanto andávamos - é que eu li um nome em uma HQ na loja de quadrinhos, achei que iria ser um bom nome agora que parei pra pensar...

Letícia - claro, deixa eu vê o nome que você estava pensando, pode falar.

Chris - Castiel!

Letícia - bonito o nome, gostei talvez possa ser esse mesmo, do que fala essa HQ?

Chris - aaaah... Eles são tipo a turma do scooby- doo, e esse castiel é um anjo - faço uma bela cara de uau pra dar ênfase.

Letícia - parece legal, um dia pega prs eu poder dar uma olhada - ela sorri e eu sorrio também.

Chris - pode deixar que faço isso sim!

Continuámos andando pra chegar em casa, pelas minhas suspeitas e com ha olhada que eu tinha dado na mochila, teremos alguma coisa com coelhos, e feijão... Muito feijão.


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