Capítulo VIII

91 12 6
                                    

Eu não podia acreditar... Selina estava ali, na minha frente... Como seria possível? Ela havia sumido... E como ela estava daquele jeito? Ela parecia... Um anjo, eu não sei...
Eu olhei pra ela e me dei conta da falta que sentia dela.

Me joguei em seus braços e comecei a chorar.

Maia: Eu... Eu senti tanto a sua falta... Por que você me deixou?

Ela me olhava intensamente, parecia se sentir culpada por ter me abandonado por tanto tempo assim.
Seus olhos também se encheram de lágrimas e disse:

Selina: Me desculpa... Eu devia ter contado a você antes... Uma hora ou outra eu sabia que você descobriria... Mas não imaginei que seria tão cedo... Eu sinto muito por te deixar por todo esse tempo... Eu moro aqui... Eu sou um ser demoníaco sim... Por favor... Me perdoe... Eu farei de tudo para ser perdoada...

Eu olhei para ela um pouco assustada. Jamais eu imaginaria que minha melhor e única amiga fosse um ser que morasse em um lugar sombrio... Mesmo que ela pareça muito viva para estar em um lugar sombrio desses.

Maia: Não é culpa sua. Eu sei que fez isso para me proteger.

Eu olhei para ela e ela fez uma expressão angustiada, e percebi que ela tinha que perdoar a si mesma.

Nós abraçamos por um tempo e começamos a conversar sobre tudo que haviamos perdido uma com a outra.
Ouvimos passos e eu vi que Albert havia chegado.

Albert: Pequena, você está aí. Estávamos te procurando!

Eu olhei pra Selina e vi seus olhos brilharem e ela ficar um pouco vermelha, mas ela logo depois retomou a postura e ficou fria.

Selina: Quem é você e como a conhece?

Maia: Ele é um amigo meu Selina, fica tranquila.

Albert: Olá senhorita, é um prazer conhecê-la.

Ele se inclinou para pegar a mão de Selina e dar um beijo delicadamente.
Eu olhei para Selina e vi que seu rosto estava vermelho. Como era possível? Ele... Beijou a mão dela... Ele nunca havia feito isso comigo!
Uma onda de ciúmes tomou conta de mim e eu fiquei brava. Eu... Estava com ciúmes? Eu não podia me apaixonar por Albert... Ele está amaldiçoado... Ela jamais se apaixonaria! Mas... Pode haver uma cura para sua maldição! Talvez ele saiba!

Tentei tomar minha postura e falei:

Maia: Vamos Albert, Louis deve estar esperando. Selina, tenho que ir... Tchau...

Selina: Tchau...

Eu percebi que ela ainda estava em choque pelo ocorrido. E vi que ainda estava vermelha. Isso me deixou mais irritada. Mas não poderia ficar. Albert não me vê como mais que uma amiga. Talvez me veja como sua irmã menor.

Eu saí de lá sem nem olhar pra trás, isso me deixou angustiada.

Nós fomos embora e chegando no castelo sombrio dos irmãos eu entrei no quarto de Louis e perguntei-lhe:

Maia: Existe... Alguma cura para a maldição de Albert?

Eu vi que ele pareceu surpreso e vi também que isso havia o entristecido um pouco, porém rapidamente ele voltou com sua postura habitual e disse:

Louis: Há sim, uma cura para sua maldição. Se ele conseguir se apaixonar por alguém especial, o que é muito difícil, além de ele curar essa maldição do amor ele cura sua imortalidade.

Eu me surpreendi. Eu não sabia que o Albert havia sido tão amaldiçoado assim! E também não sabia que ele era imortal.

Maia: Como ele pode ser imortal sendo que aquele dia na floresta ele se machucou?

Louis: Ele se fere e sente dor como qualquer outra pessoa, porém esses ferimentos não podem o matar.

Albert nunca havia me contado isso... Achei que ele confiava em mim para esse tipo de coisa, ele havia contado sobre uma parte da maldição, mas não toda... Por quê?

Louis ainda tinha dúvidas sobre o porquê da minha pergunta repentina, mas parece que isso o abalou um pouco.
Por que será que ele ficou assim?

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 02, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

O Mundo Através do EspelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora