The Seven ۞ bts x exo

I

ㅡ EU NÃO QUERO UMA ABERRAÇÃO COMO ESSA NA MINHA CASA! - diz o pai, após acidentalmente ler um desabafo postado na internet, na conta conta privada no Tumblr do filho. O que fez com que seu corpo se encher de fúria, como se um demônio estivesse possuindo o corpo. Agnes estava na cozinha, acompanhada de Jongin, que a ajudava a por a mesa para o jantar. O pai descia a escada, com passos fortes e rápidos, não era aquele o pai amoroso que o criou por tantos anos, com certeza, não era.

ㅡ ARGH! - Jongin acaba gemendo de dor, tinha acabado de levar um soco do pai, quando estava desprevenido. Neste mesmo momento sua mãe, fica imóvel, não sabendo exatamente o que fazer, lágrimas acidentalmente escorrem pela sua bochechas naturalmente rosadas. O nariz, local onde fora atingido, instantaneamente começa a sangrar, não teve ao menos a chance de se levantar, Jongkwan foi mais rápido, subiu em cima do próprio filho, iniciando uma investida incessante de socos e Jongin não consegue ter forças para reagir, sua visão começa a se tornar, apenas alguns borrões, meros espectros sombrios ofuscando a luz incandescente da cozinha.

ㅡ FILHO! - a mãe grita, desesperada, enquanto apanhava a faca na pia, para atacar o marido. Porém, bastou apenas um grito, para fazer o tempo parar, todos á sua volta estavam congelados por hora, menos a própria Agnes.

Logo pode se ouvir passos, que soavam calmos e suaves, indo até a cozinha. Um homem, com semblante sereno, encapuzado, trajado de roupas de couro, também com alguns desenhos esbranquiçados em volta dos braços, que estavam descobertos, trazendo o seu brilho ao local, estava confusa, como que era possível alguém ser capaz de manipular o tempo, da forma que bem entender?
ㅡ Olá, Agnes. - bastou ouvir estas simples palavras, para se recordar, era Zhang Yixing, sim, aquele anjo, um antigo amigo. O anjo caminha sorrateiramente até a mesa localizada ao centro do cômodo, convidando a mulher a se sentar, que ajeitava os fios tão negros quanto uma obsidiana, limpando os resquícios de lágrimas que haviam escorrido ao redor da sua pele, quase de porcelana - se considerar que já está na meia idade - ainda ansiosa, porém tendo em mente o rumo que esse encontro teria.

ㅡ Aggy... - o contrai os lábios, pensando no seu discurso. ㅡ Você sabe que desde aquele dia, que o Jongin recebeu uma parcela do meu sangue, misturado ao seu, pelo fato de não ter encontrado um doador em tempo. Além do mais, este não é Jongkwan, é demônio usando o corpo dele como receptáculo, ele jamais faria isso, eu sinto.
Antes que ele continue a frase, Agnes suspira fundo, enquanto mexia na aliança de casamento.
ㅡ Eu entendo. - a mesma indaga em tom de decepção. ㅡ Ele perdeu parte da humanidade, naquele dia, não há mais volta.
ㅡ Não há mais volta, certo? - Yixing assente, respondendo sua pergunta. O seu coração entendia que esse era a melhor forma para salvar o filho, porém nenhuma mãe desejaria pensar que o filho realmente estaria morto, enquanto o mesmo estaria perambulando pelas ruas.
ㅡ Sim, mas ao menos eu posso me despedir? - diz numa tentativa falha de segurar o choro. Ainda calado, o anjo confirma que sim, ao mesmo tempo em que a mãe se aproxima do corpo congelado do garoto e apenas num suspiro de Uriel, Theo retorna aos gritos, com Agnes surpreendendo-o com um abraço apertado, não podendo mais ser agredido por Charles.
ㅡ Ei, calma, tá tudo bem agora. - a sua voz sempre fora capaz de acalmar o coração agitado do filho.
ㅡ Mãe, o que está acontecendo? E por que o tio Yixing parece que acabou de sair de um evento de cosplay? - por uma fração de segundos, desabrocha um riso ladino, na feição preocupada
ㅡ Querido... - Agnes toma folego em meio aos soluços. - Tenho que te pedir que você fuja o mais longe que puder, e em hipótese alguma, venha me procurar, muito menos o seu pai. Uriel vai cuidar de tudo.

O garoto não acreditava no que estava acontecendo, Jongin não era exatamente cético, pois tinha suas próprias crenças, enfim, não é todo dia você seu tio usando poderes mágicos.
ㅡ Garoto, você já é grandinho o suficiente para compreender as palavras da sua mãe, sinceramente espero que a escute. Confie em mim. - Zhang indaga, enquanto deixava a cozinha e logo, desaparecendo.
ㅡ Agora, vá, cuide-se, mamãe te ama muito. - e assim foi o último diálogo que Agnes tivera com seu filho. O jovem não tardou em sair correndo pela porta da frente de casa, não sabia exatamente para onde ir. Talvez Taemin ou Soojung, deixasse-o passar um tempo nas suas casas. A noite estava fresca, com a luz da lua minguante sobressaindo o céu estrelado, enquanto o sereno caía em sua cabeça.
Durante este mesmo tempo, Agnes se mantinha sentada na mesa, enquanto observava o marido, agora, desta vez chorando por ter matado o próprio filho, porém a mãe se mantinha em parcela, aliviada - pois aquele cadáver não era seu filho, é apenas um espectro, refletido à nossa realidade -, por pelo menos, saber que o querido filho ficará bem e vivo.

Logo após a uma corrida extremamente cansativa para o jovem, que acidentalmente acaba chegando numa rua, tudo aparentava ser quieto, no ar, uma mistura de cigarro com várias bebidas alcoólicas, o que fazia jus, já que encontrava se vários dos mesmo jogados nas sarjetas, as lojas tinham uma iluminação precária com alguns homens, na porta, os seguranças, provavelmente, entretanto, Jongin que ainda se sentia perdido e confuso, não sabe ainda o que vai fazer, a partir de agora, pois sem foi extremamente apegado a mãe. O jovem se senta na calçada, próxima a uma boate, onde várias pessoas estavam à espera da sua entrada, porém o silêncio era mantido, mas era possível ouvir pouco sussurros que escapam de adultos entre vinte e cinco e quarenta anos. Com os pulsos cerrados, tentava de manter no controle, buscando calma em algum lugar, talvez possa pedir calmaria ao anjo?

Entretanto no mesmo local, há alguns andares acima, Kim Taehyung se encontrava com um copo de whisky na mão, enquanto analisava totalmente do moreno, tendo uma crise lá embaixo. Aquela situação o deixava extasiado, corrompendo seu corpo, que não era tão impuro - por enquanto -, se apressa apara descer as escadas.
ㅡ Rapazes, tenho um compromisso imprevisto, já sabem, a boate esta nas suas mãos - indaga a dois homens, um deles que estava em pé, beirando a porta e o outro deitado no sofá acolchoado, que estava bebericando uma dose de vodka.
ㅡ Garantem de que as pessoas lá em baixo, não façam nada de bom - solta uma gargalhada, após bater a porta.

Minutos após, os dois corpos já estavam próximos, Taehyung, se senta rapidamente ao lado do mais novo, começando a acariciar sua perna.
ㅡ Hey, não se preocupe, você está em boas mãos, confie em mim.

Não demorou para que o toque dos lábios, fosse realizado. Jongin não se afasta em nenhum momento, mesmo que não quisesse, não conseguiria fugir. Era como estar preso a um feitiço.