Dylan

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Chegando em casa, encontro meus pais sentados ao redor da mesa me esperando.

- Cheguei. - tiro os sapatos e jogo a mochila no chão da sala.

- Você demorou, te ligamos a mais de meia hora. - meu pai diz.

- Eu fui levar a Celina em casa.

- Como assim levar ela em casa? Vocês voltaram? - minha mãe pergunta.

- Sim. - eu digo meio tímido

- Que ótimo, filho. Ela é uma menina de ouro. - minha mãe diz orgulhosa.

Meu pai revira os olhos.

-Não é tempo pra isso, precisamos conversar sobre essa festa da qual você foi e não nos contou que teve um assassinato, o mais importante você deixou de fora. E se tivesse acontecido algo com você? Ein? - meu pai levanta e bate na mesa com força.

- Ei, pai. Calma! Vai acordar o Marcus.

- Que merda nenhuma. Você está passando dos limites, Dylan.

- Ah, ok. - eu subo as escadas em direção ao meu quarto.

- Ainda não terminei de falar com você, mocinho. - ouço ele gritando lá embaixo.

- Sei, sei. - eu fecho a porta.

Pego o celular e mando uma mensagem para a Celina.

Eu: Como foi sua conversa com seus pais?

Celina: Meu pai não veio, vai voltar amanhã da viagem mas tivemos uma conversa tranquila.

Eu: A minha foi horrível, ele está conversando sozinho lá embaixo.

Celina: Queria que você estivesse aqui comigo.

Eu: Eu também.

Depois de um tempo, ficamos sem falar. Fico apenas olhando para a tela do celular.

Celina: Tenho que ir dormir, nos falamos amanhã.

Eu: Te amo.

Não sei o que deu em mim, apenas enviei para ela.
O que é meio bizarro mandar agora, apesar de que quando namorávamos falávamos bastante, mas é diferente agora.

Celina: Eu te amo.

Eu espero olhando para o celular e recebo uma foto do rosto dela com uma máscara de gatinho na testa, deitada na cama.

Já na cozinha percebo um clima estranho dos meus pais.

A porta se abre e a cuidadora do Marcus, Gayle entra.

- Bom dia, Sr e Sra. Evans e...É...? - ela fica pensando

- Dylan. Meu filho. - minha mãe diz primeiro antes de eu dizer.

- Ah sim, eu ouvi seu nome ontem a noite, minha irmã te conhece. - ela diz caminhando até a poltrona e deixando a sua bolsa.

- Quem é sua irmã? - eu pergunto.

- Yuri. - ela vai até o quarto .

Então , a irmã dela é a Yuri. Nem sabia que tinha irmã, mas o impressionante é que elas não se parecem, o cabelo, olhos, nada.

- Quem é ela, filho?

- Uma amiga do colégio.

Eu me levanto e saio de casa, ouço a porta se abrir e minha mãe caminha ao meu lado.

- Eu falei com o seu pai ontem de noite.

- Eaí?

- Ele não vai mais falar sobre esse assunto, mas mesmo assim quero que você conte tudo para nós, sobre coisas. - ela diz se virando para ir em direção a casa.

- E mais uma coisa, filho. - ela se vira até mim. - Prevenção é tudo.

Ela vira o rosto e caminha em direção a casa.

Nossa, sério. De manhã cedo

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