♤IV♤

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NARRADOR: ○○
ROSÉ: ♧♧
          JUNHOEr: ♠︎♠︎
SONHO: ☁︎☁︎


ANTERIORMENTE EM "REMEMBER"

     ♠︎♠︎
Bem, aquilo era melhor do que ter que conversar com a demônia duas longas horas por semana. Até que eu tive uma brilhante ideia. Ao terminar de mastigar eu levantei minha cabeça e disse.— Tá bom... Mas com uma condição.
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♧♧
Eu devo confessar que normalmente não me pego afetada pelas agressões verbais e físicas que recebo na rua. Mas quando aquele rapaz, Junhoe;o nome dele não sai de minha cabeça desde a primeira vez que o vi; ele simplesmente conseguiu despedaçar meu coração. Aquela noite, em que eu fazia o jantar na casa de senhora Koo, e ele me agarrou pelo capuz do moletom com uma mão e arrancou a faca de mim com outra, me ofendendo com palavras repulsivas, finalmente senti uma sensação qual não me lembrava como era, e qual não consegui reconhecer.
     ♧♧

     ○○
     Chaeyoung sai do Uber, entrando no estabelecimento, o prédio em que faz terapia com Senhora Koo. Seu trabalho era logo depois.
     Ao entrar na sala de espera, já foi chamada, ela estava atrasada. Chaeyoung não esperava a surpresa que teve. Pelo visto senhora Koo havia trocado com alguém, e não tinha a avisado
     — Oi Rosé.
     — O que está fazendo aqui?— Com o choque, a garota derrubou a bolsa que estava em sua mão no chão.— Cadê sua mãe?
— Por que esta falando tão formalmente comigo? Já se lembra de tudo?
— Desculpa moço mas eu não tenho tempo para isso. Cadê a senhora Koo?— Ela se sentou na cadeira que ficava a frente da dele. Atrás da cadeira de Junhoe havia uma estante cheia de livros de psicologia, e poemas sobre auto-estima.— Por que está na sala dela?
— Sinceramente Rosie...—Ele disse no diminutivo e com sotaque americano.— Não me lembrava que era tão boa atriz assim. Geralmente quando me via, ficava toda avermelhada.
— Quem é você? Qual era seu papel na minha vida?— A garota percebeu que ele era mais relevante do que pensava. Ela disse o interrogando, interessada em descobrir mais sobre seu eu antigo.
— Uma pergunta de cada vez anjo.— Junhoe estranhava as bochechas pálidas de Chaeyoung, que se recusavam a corar, e sua expressão séria no rosto, em que nenhuma emoção se manifestava. Se ele dissesse isso a seis meses atrás, ela estaria desmaiada no chão agora.— Hm...— Ele decidi então abrir o jogo com a menina.— Escuta, eu troquei de horários com a minha mãe, não há nada que possa fazer. Eu também odeio a ideia, eu confesso, mas minha mãe insistiu, o que pagou pra ela? Minha mãe é uma senhora de ida...—Chaeyoung faz questão de interrompê-lo.
— Espera! Você está tentando brincar comigo? Realmente não acredita em mim huh?— Finalmente uma emoção foi aparente no rosto sério da menina. — Desculpe moço, eu já não tenho mais a sua mãe, e agora vou ter que ficar aturando as grosserias de seu filho?— Ela se levantou e pegou sua bolsa, segurando a mão na maçaneta da porta da sala.— Você e sua mãe são diferentes, você é péssimo nisso, vai virar pedreiro, acho que esses seus músculos dos braços seguram alguns tijolos não concorda?— A garota sai da sala, e provavelmente da clínica.
— Péssimo!?— Quando ele disse, Chaeyoung já batia a porta cortando a fala do rapaz. Ela havia pego no ponto fraco de Junhoe, como um menino vaidoso e com seu ego brilhante, não admitia um insulto sequer.— Ah,— O rapaz bufa.— Eu prefiro passar por esse inferno e garantir ela longe de mim, do que correr o risco de que ela recupere a memória, e eu não possa fazer nada para evitá-la.

○○
A clínica ficava em um andar de um grande prédio, sem dúvidas o maior da cidade, pelo tamanho de lá. Chaeyoung se agachava ao lado da porta da ala da clínica, abraçando os joelhos sentindo lágrimas escorrerem. Fora difícil segurar o choro com os insultos de Junhoe. Ela é uma menina sensível, geralmente as coisas não a afetam e ela não sente nada, mas quando a afetam ela se desaba, perde completamente as forças.
De repente a porta se abre, e era o rapaz qual a ofendeu segundos atrás, Junhoe. Ele se sentou ao lado dela, e segurava dois potes de leite fermentado na mão.
— Sinceramente, preferia quando me chamava de Ju-ne, moço me parece inusual.— Ele furou a embalagem do leite com o canudinho e entregou para Chaeyoung.— Tome, você gosta disso.
— Como você sabe do que gosto?— Ela pegou o leite fermentado da mão de Junhoe.
— Quando éramos pequenos costumávamos compartilhar vários pacotes de leite fermentado. E depois que nos afastamos, sempre te via tomando isso.
— Q-quem é você Junhoe?— Ela vira a cabeça pro lado o encarando, com os olhos marejados e desespero para descobrir o que o rapaz guardava sobre seu passado.
— Quem vai te escutar e te ajudar a recuperar as memórias Chaeyoung.— Ele sorriu calmo e doce, de forma encantadora, fazendo o coração da moça palpitar.
— Como...?— Ela cuspiu a palavra perdida nos olhos do menino.
— Bem!— Ele quebra o clima, fazendo a menina piscar varias vezes, voltando a si.— Somos obrigados a se ver duas vezes por semana mesmo! Podemos acabar com isso logo não é? Tudo que você quer é parar de ser confusa sobre sua vida e conseguir suas memórias não é? Eu posso te ajudar... Mas vamos precisar de mais do que dois dias por semana.
— Ah, entendi— Ela assentiu decepcionada, mas realmente queria isso, por isso concordou. Eles voltaram pra a sala de terapia, onde eles continuaram a conversa.

○○
O celular de Chaeyoung começou a vibrar, era Eunha, tinham combinado que ela sempre a ligaria meia hora antes do expediente.
— Eu tenho que ir, tenho que trabalhar.— Ela disse se levantando da cadeira
— Quer carona?— Junhoe oferece.

○○
— Obrigada pela carona...— Ela sorriu sem graça e saiu do carro.
Junhoe a observa entrando no recinto. Quando ela abre a porta de entrada se vira pra traz, sorrindo e acenando para ele, Junhoe retribui, mas ao perceber que ela entrou no lugar, volta a expressão séria.
—Droga!— Ele apoiou os cotovelos no volante do carro mexendo violentamente nos cabelos com as mãos o bagunçando.— Se ela só estivesse fingindo isso seria mais fácil, muito mais fácil.— Junhoe, ao olhar de canto de olho pro lado, vê um caderno vermelho.— O que?— Ele volta a sua postura original, olhando para o caderno que supostamente Chaeyoung havia esquecido no carro. — Espera, eu já vi isso...

☁︎♠︎☁︎
Eu entrei no estúdio de tatuagem, onde estava Taeyong e Soyeon se pegando em cima da mesa de recepção, ao me verem, pararam a ação.
— O que quer boyfriend material da Rosie?—Soyeon disse emburrada por ter sido interrompida por mim.— Eu esqueci uns livros aqui.— O estúdio de tatuagem costumava ser o ponto de sossego de todos os estudantes e ex-estudantes da escola deles, mesmo que seja do pai de Taeyong, todos gostavam de lá. Durante a noite, geralmente nas sextas-feiras, tinham festas no salão dos fundos.
— Livros?— Ela deu um impulso se jogando para fora da mesa ficando em pé no chão. Ela começou desfilar se aproximando de mim,— Anda logo, a Chaeyoung vai chegar em alguns minutos.— Um barulho de porta abrindo chama a atenção de Soyeon.— Falando no diabo.— Ela sorriu maliciosa me virando em direção à porta com um impulso só.
     — Olá...— Era Chaeyoung. Ela entrou na sala e ao me ver entrou em choque, como sempre fazia naquela época, arregalava os olhos e colocava a mãos nos bolsos, que dessa vez eram de um shorts preto muito curto, depois de arregalar os olhos, se voltava a sua postura vaidosa e sorrindo com um ar superior. — É bom te ver huh?— Ela começou a se aproximar de mim tirando as mãos dos bolsos fazendo com que uma balançasse seu cabelo e outra pegasse em meu ombro.— Está mais bonito hoje, estava me esperando?— Ela inclinou a cabeça de lado olhando em meus olhos.
     — Não.— Eu balancei meu ombro a fazendo se desencostar.
     — Tudo bem — Ela riu. — Eu posso te esperar o quanto for preciso. — Ela andou em direção a bancada e pegou o mesmo caderno vermelho, lembro bem de suas unhas compridas pintadas de preto segurando aquele objeto.— Eu não tinha tempo para você mesmo.— Segurando o caderno arqueou as sobrancelhas, virando de costas e entrando numa sala em que eu nunca havia entrado, só via ela entrando lá.
     As únicas vezes que ela não perturbava quando me via, estava segurando aquele caderno, e eu nunca vi ninguém além dela entrar naquela sala a não se ela...
☁︎♠︎☁︎

     ♠︎
     Rapidamente, depois do flashback, peguei meu celular e comecei a telefonar para alguém.
     — Taeyong?

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O que será que Junhoe quer com Taeyong?

Obrigada por ler mais um capítulo de "REMEMBER"
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