NARRADOR: ○○
ROSÉ: ♧♧
JUNHOE: ♠︎♠︎
SONHO: ☁︎☁︎
ANTERIORMENTE EM "REMEMBER"
♠︎
Rapidamente, depois do flashback, peguei meu celular e comecei a telefonar para alguém.
— Taeyong?
♠︎♧♧
Eram dez horas da manhã, acordei com buzinas de um carro estourando meus ouvidos. Minha casa é grande, uma mansão bonita e sofisticada, mesmo assim, escutava o som estridente da buzina de um carro estourando meus tímpanos. De repente, as buzinas pararam, quando me virei na cama para voltar a dormir, não deram dois minutos e minha porta bateu.
— Entra e para de me perturbar Hoseok!— Eu gritei amassando o travesseiro sobre minha cabeça.
Minha cara estava coberta, então não podia ver nada, só ouvi passos no meu quarto. Eu pensei que, talvez eu tenha sido deixada em paz para dormir, mas então a pessoa que entrou no meu quarto começou a falar.
— Vamos, acorda, temos muito o que fazer hoje.— Era a voz de Junhoe. O que ele estava fazendo aqui? Meu coração começou a palpitar.
— O que?— Me virei ficando deitada virada pra cima, o olhando em pé na frente da cama. Ele olhava em meus olhos o que nos distraiu, fazendo uns longos poucos segundos de silêncio.
— Vai logo.— Ele me puxou pelo braço com força me deixando em pé. Fiquei constrangida, eu estava dormindo apenas com uma camiseta do meu irmão, que ia até minhas coxas, a blusa larga me fazia parecer ainda mais magra do que eu já era, isso me deixava envergonhada, pois me sentia anormal pela magreza.— Uh...— Junhoe grunhiu desconfortável.— Vista alguma coisa antes.— Ele se virou de costas e foi em direção a porta que estava semi aberta.— Te espero no carro. Você tem cinco minutos pra ficar pronta.
— Espera! O que vam— Não deu tempo de eu terminar de falar, ele bateu a porta e saiu do quarto.— Quem ele pensa que é?— Eu resmunguei baixinho.
♧○○
—O que você quer?— Chaeyoung entrou no carro de Junhoe, no banco do copiloto.
— A gente vai sair.— Ele deu a marcha.
— Aonde vamos?
— Você tem que reconhecer sozinha.
— Tá brincando né? Vamos começar isso hoje? Tipo, já?
— É ué.— Ele começou a andar .
— Ei, porque está tão desesperado pra me ajudar?— Ela se virou pra ele levantando um pouco o tronco no banco do carro.
— Porque sim.
— Mas no que que isso vai te ajudar? Hoje nem é dia de consulta.
— Acabei de começar a trabalhar, acho que estou empolgado.
Chaeyoung aceitou a explicação dada por Junhoe se ajeitando na cadeira, e colocou o sinto de segurança.♧♧
Nós chegamos em um estúdio de tatuagem que me parecia familiar. Quando entramos lá, me senti em casa e meu corpo estava aquecido.
Depois de o analisar bem, percebi que era o lugar do meu sonho. Aquela porta atrás da bancada levava a
aquele grande armazém, que tinha sido transformado naquela boate, provavelmente por mim e pelos meus amigos. Tinham duas outras portas, uma delas era vermelha e estava trancada, mas quanto mais perto eu chegava daquela sala trancada, mais próxima de "Rosé" eu estava. Mas não de um jeito ruim, eu me sentia confortável, e em casa.
De repente, a maçaneta de uma das portas começou a mexer, saindo dali, o garoto dos meus sonhos, seus cabelos estavam ainda mais vermelhos.
O garoto estava com as mãos no bolso, quando me percebeu ali no local, arregalou os olhos e se aproximou de mim.
— Rosie?— Eu estava claramente nervosa e assustada. Eu não sabia o que esperar dele.— Como você está huh?— Ele pegou um pedaço do meu cabelo e colocou atrás da orelha. Algo em meu corpo exclamava tesão e queria que eu o beijasse, mas meu eu consciente não tinha nem um pouquinho de atração por ele.
Com olhos de tentação nos lábios do rapaz eu me afastei assentindo com a cabeça, fazendo o rapaz sorrir.
— Ainda tem um pouco de Rosé aí dentro né?— O garoto riu debochado andando em direção a Junhoe.— Finalmente em Rosie— Ele falava comigo mas olhava diretamente para o rapaz alto.— Você sempre gostou das mais santas né June?
—Taeyong, você sabe que eu sou noivo.— Junhoe falava estressado. Respirou fundo tentando se acalmar.— Precisamos entrar naquela sala.— Ele apontou para a única sala de porta vermelha.
—A sala da Rosie? Por que? O que querem lá?
— Estamos tentando recuperar as memórias dela, eu sei que aquela sala vai ser um gatilho.— Junhoe disse sério cruzando os braços e então dirigiu o olhar pra mim vendo se eu tinha alguma reação.
Taeyong se virou de costas me olhando e depois olhou para a porta a fitando.
— Estou sem a chave.— Ele retomou o olhar a Junhoe apoiando a mão nos bolsos.— Desde que você foi internada, Soyeon pegou a chave dessa porta e foi embora, só vi ela duas vezes depois desse dia.
— Não sabe onde ela está?— Eu perguntei dando um passo à frente.— Nem onde encontrá-la?
— Ouvi uns rumores Rosie, mas não posso confirmar nada.— Ele se virou totalmente para mim. Não entendo como ele parece tão despreocupado, nos meus sonhos eles pareciam namorar. Mas sonhos podem ser apenas, sonhos.— Eu não entendo.— Ele se voltou a Junhoe— Por que só não conta tudo para ela de uma vez?
—Sinceramente Taeyong.— Junhoe franziu a testa.— Pensei que você tivesse pelo menos um pouco de cérebro.— Ele sorriu cínico.— Não é tão fácil assim. Quantas vezes você não acha que as pessoas já tentaram contar tudo a ela? Nem todos são burros ao ponto de acreditar em qualquer coisa, e memórias não voltam assim tão facilmente.
— Tá bom então sabe tudo!— O de cabelos vermelhos botou as mãos para o alto como se estivesse se rendendo a algo.— Enfim.— Taeyong cruzou os braços.— Posso não ter a chave mas posso ajuda a refrescar as memórias dela.
— Como?— Eu dei mais um passo à frente falando com um tom de ansiedade.
— Saia comigo amanhã.— Ele disse se virando para mim com um sorriso malandro.— Tenho certeza de que vai se lembrar de algo.
Meus pelos se eriçaram. Ah, mas como meu corpo pedia aquilo, eu queria muito sair com ele, senti que iria ser como nos velhos tempos, quais eu não me recordo. Mas eu sentia medo, não confiava completamente naquela proposta, eu não confiava nele.
— Como? — Junhoe arqueou as sobrancelhas com um sorriso irônico.
— Isso mesmo, saia comigo Rosé.— Meus olhos estavam arregalados, perdidos nos dele, eu não conseguia esconder o desejo que eu tinha de o agarrar e deixá-lo fazer de mim o que quisesse. Mas sentia que a presença de Junhoe não deixava isso acontecer, era como se perto dele eu não fosse capaz de nada, como se eu pertencesse a ele.
— Está bem.— Junhoe disse. Ele não liga se eu for estuprada pelo ruivo, sei que não sente nada por mim e essas duas palavras me doeram o corpo inteiro. Mas por que? Nunca ninguém me disse uma palavra sobre esse rapaz desde que acordei, só soube da existência dele depois que o vi berrar comigo na cozinha da senhora Koo. Quem era Junhoe, para Rosé?...
—Estou com medo.— Eu finalmente cuspi as palavras, apoiada no apoio de braço ao lado da janela do carro, que estava em movimento, passando pelas casas.
— O que?— Junhoe se surpreende com minhas palavras repentinas e franze a testa, com os olhos na estrada e as mãos no volante.— Medo de que?
— Do garoto de cabelos vermelhos. Do encontro com ele.— Eu disse sem emoção, sem saber o que esperar da reação de Junhoe.
— O que está falando Chaeyoung? Ele é seu amigo desde que...— Ele parecia prestes a falar algo, mas desistiu.— Enfim. Vocês eram muito próximos, não se preocupe está bem?
Eu, que estava encarando a janela do carro virei para ele por alguns segundos sem responder nada, apenas observando seu rosto, refletindo sobre o que havia dito, então, voltei meu olhar à janela.
Pude sentir o olhar de Junhoe para mim, mas não me me incomodei em retribuir, ele voltou o olhar para a estrada e seguiu o caminho.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Nossa, quanto tempo.
Desculpa por não cumprir minha palavra, e por não poder mantê-la daqui pra frente. As vezes cansa sabe!? É difícil!
Mas pelo menos eu continuei não é mesmo? Kkkk (cada k é uma lágrima)
Enfim,
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Espero que tenha gostado, e nos vemos no próximo capítulo de, "Remember"
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Remember
FanfictionQuando Chaeyoung tenta recuperar as memórias perdidas, junto do rapaz mais prejudicado pelo seu eu antigo...