Two for Two

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hello, como vão?

comentem e boa leitura!

(...)

Narcissa tentava não demonstrar o quanto estava afetada em pisar novamente nos corredores da Muy Antiga e Nobre Mansão Black, que continuava tendo este nome. Harry não havia se dado ao trabalho de renomeá-lá.

Diversos sentimentos borbulhavam em seu interior, seu filho havia voltado para os braços do causador de seu sofrimento, seu neto havia sido o causador do fim da briga entre os Weasley e Harry, e agora estavam de mudança para Grimmauld Place.

Era impossível não se sentir insegura e temerosa, por causa de Draco, é elementar.

É de conhecimento geral que o amor muda as pessoas, seu filho era uma prova viva. O loiro era profundo e impulsivo se tratando do herói, e Narcissa sábia muito bem a causa disso: Seu menino sentia-se insuficiente para o amado e possuía um enorme medo de perdê-lo.

A criação de Lucius havia feito isso com Draco. Sempre destacando tudo o que o menino fazia de errado e nunca o elogiando, era uma presença abusiva e autoritária. Amava seu falecido marido, porém não podia mentir para si mesma dizendo que este havia sido um bom pai.

Algumas pessoas não nascem com o dom da paternidade e maternidade, simples, não havia o que mudar.

Se abaixou pegando uma caixa no chão e se locomovendo até as escadas para levá-la para seu novo quarto.

Seu genro havia prometido que enviaria algumas cartas para o Ministério pedindo a liberação de alguns de seus bens que haviam sido apreendidos. Sorriu, não guardava mágoa nenhuma do mais jovem e nem julgava seu filho por ter voltado com este quase que imediatamente. Eram jovens, tinham um filho e se amavam.

Ele era um bom menino, não fez o que fez por mal, apenas havia sido um grifinório medroso, contrariando as expectativas.

Se pôs a subir as escadas, amaldiçoando mentalmente o arquiteto que a projetou tão longa e cheia de degraus.

Olhava as paredes, tão diferentes do que se lembrava, o verde escuro havia sido trocado por um cinza claro e as velas por candelabros mágicos que se mantinham sempre acesos. O carpete marrom gasto virou um chão de madeira escura, as teias de aranha já não eram mais vistas, a levando a crer que Monstro havia tomado jeito.

- Esse é seu papa com você, mas você não aparece porque estava guardadinho dentro dele... - parou de andar imediatamente quando ouviu a voz de Harry. Apoiou a caixa pesada no chão e bisbilhotou para dentro do quarto de Henry, com o berço branco montado no centro e cheio de caixas.

Potter se encontrava sentado no chão com as pernas longas esparramadas e as costas apoiadas contra as paredes amarelas. O bebê ruivo estava encostado em seu peito e analisava atentamente as fotos que lhe eram mostradas, a mão sem sair um segundo de sua boca e seus olhinhos atentos ao movimento da foto.

Os olhos da mulher lacrimejaram vendo a cena bonita. O carinho que Harry possuía nas palavras que proferia sobre Draco eram quase palpáveis.

- E aqui sou eu e seu padrinho Ron, - mostrou outra foto. - espero que um dia você faça amigos como os meus, não precisam ser muitos, mas que pelo menos neles você possa confiar. - cheirou os cabelinhos do filho. - Eu tive sorte com os meus, e sorte é algo que eu não tenho, mas você sim. - sorriu largo. - Você tem dois papais que te amam muito, titios babões e uma cama confortável para dormir, essas coisas são preciosas demais, quero que você cresça valorizando-as como eu as valorizo agora, porque por muitos anos da minha vida eu não soube de alguém que me amasse ou dormi em uma cama confortável. - uma lágrima escorreu por seu resto, sumindo pelos pelos da barba.

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