Capítulo 22

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Chat Noir vem correndo até mim e me segura pelo pescoço.

- Chat! O que está fazendo?!_Ladybug fala segurando seu braço.

- Você veio do futuro, sabem mexer com máquinas do tempo, traga minha filha de volta agora!_Chat Noir grita com seu olhar de ódio e raiva no coração.

- N-não tenho autorização para fazer qualquer coisa além da missão, e eu não tenho sequer uma maquina do tempo para usar, se pudesse... Eu ja teria o feito._Falo com o rosto mais sério que consegui, mas minha coragem tinha ido pelo ralo quando o mesmo apertou meu pescoço.

- Chat! Solte ele!_Ladybug fala desesperada.

Chat Noir a olha e então me solta, caio de joelhos no chão e seguro meu pescoço em busca de oxigênio.
Olho para a mulher a minha frente, que estendeu a mão até mim.
A segurei e me levantei ainda segurando o pescoço.

- Esta bem?_Ela fala com um sorriso doce.

- Sim sim, e-eu não o culpo..._Falo a olhando triste.

Vou andando até o corpo de Emma e fico o olhando imóvel, uma lágrima escorreu por meu rosto, e então olhei para Chat Noir que estava parado do outro lado do galpão.

- Eu deveria ter chegado antes, me desculpem._Falo deixando minhas lágrimas escorrerem por meu rosto.

- Esta tudo bem-_Chat Noir a interrompeu.

- Não, não está! Vocês mandam uma agente para o passado, para acabar com uma vilã que ninguém fazia ideia de porque estava aqui. Então quando pego intimidade, cuido dela como minha filha, eu descubro na verdade que ela realmente é minha filha. E no fim, ela morreu para salvar-nos. Não está bem._Chat Noir fala se retirando do galpão com Emma nos braços.

Marinette me olha triste e segue o homem de cabeça baixa, então some.
Meu bracelete vibrou.

- Terminou a missão?_A chefe fala rígida do outro lado.

- Sim._Falo somente.

- Vou abrir o portal._A mulher fala séria e então uma brecha azul se abre a minha frente.

Olho para a cidade acesa na noite escura e então olho para o portal.

- Feche o portal, ainda não terminei. Me de duas horas._Falo e então corro atrás de Ladybug e Chat Noir.

...

Quando achei Chat Noir e Ladybug, ainda estavam com seu traje de Herói, e estavam no cemitério. Várias pessoas estavam em volta, os olhando. Vi no meio deles, Nino, Alya. pude ver minha tia Clara e minha tia Laura no meio da multidão, também pude ver meu pai, ele parecia que sabia o que estava havendo.

Quando Ladybug e Chat Noir se voltaram a cidade, uma transmissão ortográfica saiu de meu bracelete, era um comunicado para todos da agência.

- Eu e Ladybug salvamos a cidade milhares de vezes, e tivemos ajuda._Chat Noir começou a falar.

- Enquanto estive nessa agência, conheci cada um de vocês, e os eduquei  como meus filhos._Fico falado no olograma.

- Hoje nós perdemos uma coisa muito importante.

- Uma ótima agente, amiga.

- Perdemos uma pessoa que nos ajudou a salvar Paris para sempre.

- Que ensinou a todos como seria um mundo perfeito.

- Se não fosse por ela, não estariamos vivos. Ela era nossa filha._Chat Noir fala segurando a mão de Ladybug com a cabeça baixa.

Vários "oh" "sério isso?!" e "Meu Deus" foram escutados da multidão.

- Nossa agência perdeu algo precioso. Eu cuidei dela como uma filha.

- O nome dela eu não posso dizer, mas quero dizer que ela era a melhor heroína que já vi. E é com grande honra, tristeza, e orgulho...

- Emma Agreste Cheng foi nossa maior guerreira, líder de vários e amiga de muitos.

- Orgulho de dizer que ela, Cataclismo, morreu por algo grande, algo maior._Chat Noir falava em um microfone para a cidade. Ele deixou suas lágrimas escorrerem sem medo.

Pude ver de canto meu pai, Peter, chorando e correndo para longe. Não entendi porque, mas suspeitei.

- Emma...

- Cataclismo...

- Foi a pessoa que nos salvou, não só a mim, como a Paris inteira._O comunicador e Chat Noir falam ao mesmo tempo.

Chat Noir olha para o caixão uma última vez e então ergue seu bastão, o deixando comprido e saindo de cena.
Meu bracelete terminou a transmissão e se desligou.

O portal se abre mais uma vez, e enquanto todos estão distraídos, ente e volto ao meu tempo.












Em memória de Emma Agreste Cheng, nossa querida guerreira e viajante, Cataclismo.

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