Capítulo 6

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Electra POV
Acordo de madrugada com múltiplos pesadelos e a minha cabeça está girando, estou com uma adrenalina forte devido aos pesadelos e preciso dar uma caminhada, olho no relógio e são meia noite, olho pela janela para me deparar com a movimentada Los Angeles, nem parece madrugada, e está tão movimentada quanto a minha cabeça, preciso simplesmente de uma caminhada sossegada e acho que não seria o caso dessa, volto pra cama com a esperança de ter algum sono, mas a mesma é frustrada então me levanto e vou para a agência.
Chego e são exatamente uma da manhã "Electra?!" Vejo a Megan saindo com uma mochila "onde vai?" Eu pergunto hoje é o turno dela "Charlie me deu folga e eu estou indo para casa, mas a pergunta certa é por que você está aqui?" Ela diz "sem sono" eu digo e entro " chefe?!" diz a moça que faz o trabalho da Celina no horário da noite, se não me engano e Alyce "Oi Alyce" eu digo não muito animada "meu nome é Karen" ela diz menos animada ainda "que se dane, relatório do turno Karen" eu cuspo "perseguição com viatura, liderada pela agente 15" ela diz "Megan fez uma perseguição?!" Eu pergunto e ela me entrega a pauta, droga, por que não me chamaram "sai" eu atiro pra Karen "mas senhora..." Ela começa "sai logo insuportável!" Eu grito e ela sai "Hilary!" Eu grito no rádio pra chamar, ela é responsável quando a Megan não está "fala chefe" ela diz quando chega parecendo exausta "eu quero que você faça um ronda na cidade" eu digo "senhora já temos uma rede de monitoramento" ela diz "tão boa que tiveram uma perseguição, que só foi realizada mediante a uma denuncia" eu atiro "eu não vou fazer uma ronda desnecessária, meus policiais estão descansando" ela diz "eu acho que você não entendeu, é uma ordem" eu digo "eu não vou fazer isso estão exaustos" ela grita "você está fora da jogada" eu atiro "Electra por favor, você não entende, você não..." Ela começa "some da minha frente, vai preencher formulários, você está fora do posto de delegada" eu digo "você não pode fazer..." Ela começa "experimenta me irritar mais" eu cuspo e saio. Eu tô puta com tudo isso, eu aviso que se for importante eu quero estar perto "onde estão os caras que foram detidos hoje?" Eu pergunto para a Celina dois, não vou gravar o nome dela "estão lá embaixo chefe" ela diz como uma mosca "você é sonsa e eu odeio gente sonsa, some da minha frente" eu digo tentando ficar calma, olho no relógio e são 5 da manhã e a Celina está para chegar, nunca pensei que diria isso mais ela é melhor, do nada toca uma sirene e a aprendiz de Celina começa a falar "alerta de urgência doutor Patterson, dirija-se ao setor de detentos, doutor Patterson" ela diz e eu me dirijo ao setor "Richard, o que está havendo?" Eu pergunto quando vejo ela na sela do Cortez "ele bateu a cabeça forte causando um traumatismo, tenho que levar ele ao hospital, eu tenho sua autorização?" Ele pergunta "ele tem que ir algemado e escoltado" eu digo "ele está inconsciente" o Richard insiste "prefiro evitar a fadiga" eu digo e nós vamos, o Cortez é tão malandro que não duvido que esteja fingindo "Olá eu sou a doutora Dicsen, Frankie Dicsen" ela diz se apresentando "agente Wright" eu digo "eu quero sua permissão para retirar as algemas" ela diz tentando ser direta "não" eu digo tão direta quanto ela tentou ser "elas me atrapalham" ela joga pra mim "não sabia que um diploma poderia ser anulado por um par de algemas" eu cuspo "eu estou fazendo o meu trabalho de salvar vidas" ela aumenta o tom "e eu o meu" eu jogo e ela solta uma risadinha debochada "por favor, você mais mata do que tudo, eu conheço você" ela diz ainda rindo "eu já matei sim, mas pra que outros não morressem, porque enquanto você olha exames eu estou salvando vida de milhares de pessoas, e não você não me conhece e eu espero que você não faça nada que te dê o desprazer de me conhecer, porque eu sou o que eu faço, e você não quer conhecer o que eu faço" eu respondo e começo a sair "isso é uma ameaça? Porque se for eu chamo a polícia" ela joga, inacreditável "para que? Pra que salvem a sua vida?" Eu digo e finalmente saio, agora já são 7 horas da manhã e eu não tenho absolutamente nada que fazer nesse hospital.
Megan POV
Acordo e já passam das 9 da manhã, levanto e não sei se vou para a agência, ou se simplesmente monitoro tudo daqui, me visto e tomo o meu café me perguntando quantas vezes na vida eu tive momentos de tranquilidade como hoje, minha vida é tão conturbada que não tenho nenhuma perspectiva de futuro ou família, ou até mesmo de uma vida em que eu vire noites em bailes ou festas, estava tão distraída que não percebi que tinham múltiplas chamadas da Hilary, ela é uma idiota, me tirou da minha discussão interna e me deu uma decisão que eu não queria tomar, vou para a agência.
Electra POV
Estou no quarto do Cortez enquanto avaliam o histórico dos exames dele, as enfermeiras são simpáticas, muito simpáticas, irritantemente simpáticas, do nada aquela doutora não sei quem entra e eu já quero sair "você os trata como animais é isso que eu quis dizer" ela diz como se quisesse paz ou algum tipo de amizade, odeio ela ainda mais "eles são animais" eu digo "não, são pessoas, que vivem a margem de uma sociedade cruel que valoriza apenas as pessoas da classe dominante" ela diz, droga, ou eu morro ou eu mato "um eu gostaria que você não existisse, dois Cortez é um bilionário, três você vive a margem da sociedade, e apesar de eu preferir ficar numa ilha deserta com ele do que com você, você não matou 58 mulheres, aposto que isso não está no seu prontuário, e caso se interesse e eu acho que deve se interessar eu contei três fatos pra não te agredir fisicamente e você dizer que eu sou Uma troglodita" eu digo e dou três piscadinhas para ela "mesmo assim valorizo mais o meu trabalho" ela diz "ótimo, consegue fazer ele em silêncio?!" eu digo e sento pra ela terminar sei lá o que esteja fazendo, o Cortez acordou do nada e ela levou um susto "calma, ele é só uma pessoa a margem da sociedade" eu digo e me aproximo "o que você fez?" Eu pergunto "do que importa, não deu certo" ele diz "não vai ser tão fácil assim" eu cuspo "quem disse que é fácil?!" Ele pergunta "ninguém, ninguém sobreviveu pra dizer, e seja lá o que você fez, se deu cabeçadas ou o que quer que tenha feito, não vai fazer de novo, esse hospital é insuportável" eu digo "você pode me matar" ele diz "só Deus sabe o quanto eu queria, mas eu prefiro que você sofra" eu digo "a senhora está perturbando o meu paciente" aquela mulher diz entre os dentes "o que, não precisa ficar nervosa, quer que eu tire as algemas agora?" Eu digo "eu devia chamar a polícia" ela diz "ótimo tô me sentindo muito sozinha" eu digo e sento "pode prosseguir, a não ser que a minha presença anule tanto o seu diploma quanto um par de algemas" eu digo e sou completamente ignorada "Olá senhor, bem vindo a vida, como se sente?!" Ela diz forçando a amizade "pelo amor de Deus cala a boca" o Cortez diz e eu rio, nunca gostei tanto dele.

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