× 25 • Unfaithful ×

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Após as duas horas de consulta, Jimin se despediu de Jungkook com um beijo apaixonado na poltrona. É incrível como em tão pouco tempo os dois já parecem estar tão apaixonados um pelo outro. Como se fossem almas gêmeas!

Jimin estava indo pegar um táxi para ir pra casa. Após alguns segundos de espera, um táxi apareceu. Ele entrou, deu o endereço onde ia ficar e seguiu para sua casa.
Colocou seus fones de ouvido e deu play em uma música qualquer. Jimin foi observando o céu nublado de Busan, enquanto pensava em diversas coisas. Coisas como: "como será daqui á alguns anos quando eu estiver formado? Vou ter minha própria casa? Vou ter encontrado alguém para casar e construir uma família? Esse alguém será Jeon Jungkook?".
Um garoto de 18 anos, sofrendo por uma depressão profunda, fruto de um pai intolerante á tudo o que ele faz, uma mãe escrava do dinheiro de seu pai e afim de um cara por quem se apaixonou em poucos dias. Olhando Park Jimin desse jeito, parece que sua vida não há nada de bom.
Bom, talvez não haja mesmo!
O problema de Park Jimin é que, ele pode passar o dia sorrindo, se divertindo e até transando com seu "ficante". Mas no fim do dia, quando se vê sozinho em seu quarto, não consegue segurar as lágrimas. Lágrimas vindas de um vazio que corrói seu interior, como um cupim destruindo a madeira. É como se a vida fosse uma motosserra, e Jimin uma árvore. Os problemas cortam Jimin ao meio como uma maçã!

Muitos devem pensar: "um garoto rico, tem tudo o que quer, tem um pai e uma mãe, tem saúde, teto pra morar e não passa dificuldades. Por que insiste em dizer que sua vida é uma miséria?".
O problema não está nos bens materiais do mais novo; está em seu interior. Em sua falta de carinho vindo dos pais em certo período de sua vida. Está em seus traumas de infâncias, grande parte causados por seu pai. Está em pequenos detalhes, mas que fazem uma enorme destruição na vida do garoto.

(...)

Chegando em casa, Park pagou o motorista e desceu do carro. Antes de adentrar a residência, a porta é aberta, revelando sua mãe. A mulher segurava firme os cabelos escuros e longos da empregada, arrastando a mesma para fora de sua casa. A empregada estava completamente nua, e agora, com marcas de arranhões e hematomas por todo o corpo. Alguns pareciam obra de um chupão, já outras pareciam obra de socos e pontapés.

- Omma! - Jimin correu até sua mãe, tentando separar as mulheres - Mãe, pare com isso!

- EU NÃO SOLTO ESSA VAGABUNDA ATÉ VER OS CABELOS DELA SAÍREM DA CABEÇA! - gritou a mais velha, segurando firme os cabelos da empregada, que gritava e tentava se soltar.

- OMMA! - Jimin gritou, chamando a atenção da mais velha, que soltou os cabelos da empregada e a atirou no chão.

- Sua mãe está louca, garoto! A empregada gritou enquanto tentava cobrir suas partes íntimas.

- Louca? Eu não estava louca quando vi você dando pro meu marido... ENCIMA DA MESA DO ESCRITÓRIO! - avançou na mulher de novo, mas Jimin conseguiu segurá-la.

- Eu vou processar vocês por agressão física! - a mais nova disse, fingindo um choro.

- Então processa, sua vagabunda! Pode processar, nem que isso custe todo o meu dinheiro. Mas hoje, você vai sair daqui assim!

- Isso não é justo! Minhas coisas estão lá dentro!

- Não se preocupe, querida. Hoje mesmo eu queimo tudo! - tentou acertar um chute na mulher caída no chão.

Darkness Of My SoulOnde histórias criam vida. Descubra agora