Belo casamento, Lara Jean - Para todos os garotos que já amei

CAPITULO TRÊS

Peter kavisky é do tipo que custa pedir desculpas, mesmo depois de ter sumido com os papéis de planejamento do casamento ele ainda consegue me fazer ceder sem dizer a palavra. Ele se arrasta com cara de pidão na minha direção e beija meu rosto. Me beija uma vez e eu recuo, me beija outra vez, penso comigo que pelo menos ele trouxe o que pedi, me beija de novo, eu retribuo.

- Esse casamento vai ser uma loucura - ele disse passando a mão no meu cabelo - a noiva parece maluca e o noivo parece sério

- Sério de verdade ou do tipo que esquece papéis importantes que a namorada pede?

- Mais sério que esse, com certeza - ele disse franzindo o nariz

- E a noiva?

- Ela quer um Elvis de mentira
-
- Ela quer o que? - Isso não pode ser real

- Um Elvis Lara Jean, como aqueles que cantam em Vegas

- Eu entendi - digo suspirando de frustração - isso não pode ser sério, me passe os papéis - eu disse esticando as mãos para Peter

Assim que Peter me passa o documento eu congelo

- Peter você leu o nome dos noivos? - pergunto

- Claro que sim Lara Jean - ele diz gargalhando da minha cara de terror - mas eu queria ver a sua reação quando visse

- Como isso aconteceu Peter? - pergunto confusa

- Provavelmente depois da reunião de turma do ensino médio

- Eu vou matar essa garota por me fazer ir atrás de um Elvis de mentira e vou matar outra vez por ela não ter me contado que está noiva

A reunião de turma do ensino médio foi um evento confuso, todos estavam com saudade e resolveram ver como o outro estava indo mesmo antes de completarem cinco anos do fim das aulas, todos estavam lá com olhares curiosos se sentindo estranhos em relação às antigas tribos do ensino médio. Enquanto todos se paparicavam eu e Peter fazíamos um jogo. Mencionávamos com comentários curtos uma história do ensino médio e o outro tinha que adivinhar quem era pessoa da história.

- Fez xixi no balde do zelador depois de levar uma bronca por correr no corredor - ele disse levantando uma sobrancelha

- Patrick - disse o nome do garoto em um tom um pouco alto de mais

- Beijou em baixo da arquibancada durante o jogo de lacrosse e acabou com refrigerante derramado no cabelo

-  Genevieve - digo sussurrando

- Ainda me orgulho de ter jogado o refrigerante - diz uma voz que eu não ouvia a séculos

- CHRIS - eu disse correndo em sua direção - achei que estava em uma fazenda

- Eu estava - disse ela - mas acabei ficando entediada e me mudando pra NY para trabalhar como vendedora

- Uau - disse Peter seguindo com um assobio - Nova York

- Pois é - disse ela com um sorriso no rosto

O resto da noite foi uma loucura, depois de todos perceberem que não sentiam faltas das pessoas e sim falta dos problemas fúteis de adolescente começamos a fazer o que todo adolescente faria ao se juntar com os amigos, jogar verdade ou desafio. Eu sei que é surreal cerca de 25 pessoas de 21 anos em roda jogando verdade ou desafio, mas aquela era a marca da nossa turma. O resto da noite foi uma loucura, e quando estávamos prontos para acabar o jogo aconteceu: Chris beijou John Ambrose Mcclaren. Na boca.