Capítulo 5

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No dia seguinte resolvi que não iria de encontro com Bones, para deixar em sua cabeça a impressão de que eu não tinha costume de seguir nenhum tipo de regra, e deixa-lo mais curioso ainda.

Me acomodei no bairro por cerca de 3 dias em uma pensão barata e um pouco desagradável, mas era o disfarce perfeito para não ser visto pelos capangas de Bones, que faziam rondas diárias pelo bairro.

E então, depois desses longos dias, resolvi que já era hora de me encontrar com aquele crápula.
Decidi ser discreto, e pela manhã daquela terça-feira ensolarada, me dirigi a lanchonete onde Bones tomava seu café da manhã, para ser visto por ele.

Entrei, sentei em uma mesa de canto longe das imensas janelas do lugar, e pedi Waffles, ovos com bacon, um café duplo e fiquei ao seu aguardo.

Cerca de 45 minutos depois, vejo um Cadillac Preto estacionando em frente a lanchonete. Ele havia chegado com dois de seus capangas.

Continuo tomando meu café como se nada estivesse acontecendo. Fico sem ser notado por alguns minutos. Até que me levanto deixo o dinheiro e a gorjeta em cima da mesa, e passo ao lado da mesa de Bones, que com sua voz tenebrosa me diz com tom de autoridade:

- Vejam só! Se não é o garoto atrevido! Não vai cumprimentar os conhecidos?

- Não sabia que já estávamos tão íntimos. -Eu disse.

-Bem, se você invade a minha área, você se torna conhecido por mim e talvez até vire um alvo. -Disse Bones

- E mais uma coisa garoto, eu me lembro de ter dito para você me encontrar no Beco. Mas você não apareceu. Quero acreditar que você não quis fazer isso! -Continuou.

-Mas eu também não me lembro de ter firmado nenhum compromisso com você. -Argumentei.

- Ah garoto, como você é ingênuo! Quem manda nessa região sou eu, e se eu mandei você me encontrar no Beco, você é obrigado a ir, ou por acaso você quer levar uma bala na cabeça? Por que aqui, é isso que acontece a quem não obedece as minhas ordens. -Disse ele me mostrando sua Beretta 9mm debaixo do terno feito sob medida.

-Bem, se já terminou a sessão de tortura psicológica, eu preciso ir. -Disse com ar de deboche.

- Qual seu nome garoto? -Perguntou Bones

- Thomas.

- Bem Thomas, gostei de você. Espero que não tenha compromissos, pois você vai me acompanhar hoje. Temos assuntos a tratar. E meu nome é Bones, todos me chamam assim por causa do Meu falecido pai, cujo assumi os negócios depois do seu falecimento.

Naquele momento suspirei aliviado, mas com medo.
Eu havia conseguido chamar atenção de Bones.
Agora eu precisava ganhar a sua confiança.

O Que A Máfia Não ContaOnde histórias criam vida. Descubra agora