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Comecei me arrumar, me olhei no espelho e vi que eu estava magnífica. As pessoas ficaram me apressando mais nem dei bola então desci e vi que só estava Keven e que não parava de olhar para mim. 
- Eu estou pronta.
- Percebi. - fala ele me olhando em cima e em baixo. 
- Mas cadê os outros? - perguntei olhando ao redor.
- Eles já foram... E eu me ofereci esperar você. 
- Então vamos? - Perguntei sorrindo. 
- Vamos numa caminhonete do tio de Ingrid, tem algum problema.
- Claro que tem, ele é velho é tudo ferrujado.'- Fiz cara de nojo.
- Então iremos ir de Ônibus.
Comecei a rir e depois encarei séria.
- E você acha que sou menina que anda de ônibus?
- Então vamos de Caminhonete.- ele deu de ombro e pegou minha mão e me levou até o mesmo.
- Nunca na minha vida,nunca mesmo, irei contar as minhas amigas que já andei com uma lata velha.- Ao falar eu entrei com nojo.
- Você já abasteceu?- falei numa pista que estava muito escura.
- Não, o posto fica logo ali. Da última vez que fui lá, era aberto então torce pra que essa caminhonete chegue lá. 
Fiquei quieta na minha. Até que começou fazer barulho e eu olho pra ele com medo e o mesmo me olha furioso e depois da um soco no volante. 
- Que merda.
- Oque houve?- a encarei.
- O carro parou de pegar.
Olho ao redor e a pista estava vazio, pego meu celular para ver que tem área... Mas quando olho não tinha. E começo a ficar desesperada. 
- Calma Glayce.
- Como você quer que eu tenha calma, com essa escuridão no meio de uma pista.- falei brava e desesperada.
- Você está com medo? 
- Não, não estou com medo.- Menti, eu estava apavorada. 
Só sei que ele me puxou com força para que eu sentasse em seu colo. E por impulso eu o abracei e fechei meus olhos.
- Sei que esta com medo, não se preocupe logo logo passa alguém pra gente ir embora.
Eu a encarei e sorri, pelo menos do seu lado estava mais segura.
- Sabe, você em cima de mim, esta me deixando ecitado.- fala ele no meu ouvido. Então tento sair mais ele me segura. - Fique, eu aguento, só não aguentarei se você me beijar.
Eu fiquei, porque pelo menos em seu colo estava mais segura e não com medo até que ele fala.
- Glayce, preciso ir lá fora, não saia daí.
- Não me deixa aqui sozinha por favor.- falei mostrando meu medo.
- É rapidinho.
- Por favor fique, eu estou com muito medo mesmo. - cai uma lágrima em mim.

Keven Narrando:

Não resisti então fui para o banco de trás e a chamei Glayce que foi, sentei e fiz que ela deitasse sobre a cabeça no meu colo. E comecei a fazer cafuné em seu cabelo até ela dormi. Reparei que estava vindo um ônibus na pista então pego a lanterna que estava em baixo do banco coloco a cabeça de Glayce no banco pois ela esta dormindo, e saio da caminhonete e faço sinal com a mão. E o ônibus para na minha frente. Desce uma mulher muito atraente e uma velha enrugada e um homem.
- Oque faz a essa hora no meio da pista garoto?- fala o homem.
- A caminhonete quebrou e preciso ir para um ligar que tenha área pra ligar para os meus amigos.
- Você quer carona?- acenti para o homem bravo.
Reparei que o ônibus, só tinhas os três como responsável e o resto era só crianças. 
- Somos do Orfanato Merelhes.- fala simpática a moça atraente.
- Vamos te dar carona, mas se fazer alguma coisa errada, lembre que eu tenho uma arma.- fala a velha.
- Juro que não irei fazer nada... Mas... tem um porém. . . - Eles me encaram para que eu continue.- Tem uma garota comigo também. Ela está dormindo, não tem problema de ela ir junto? pois se vocês não deixar ela ir eu não poderei ir.
- Claro que ela vai, pega suas coisas garoto e chame ela.- fala velha entrando no ônibus. 
Peguei minhas coisas e entreguei para o homem e depois peguei Glayce que dormia feito um anjo no colo e sentei num banco que tinha dois lugares vazios.
- Nossa, como ela é linda. - fala o moleque que sentava na minha frente. 
- Eu estou apaixonado. - suspira o outro moleque.
- Para de fletar a menina, na frente do namorado dela. - repreendi uma menina que estava atrás de mim.- Não liga não, esses dois são os mais idiota do Orfanato.
- Shiu. - a velha manda as crianças ficarem quietas. 
- Escuta moço, levarei vocês até o orfanato, pode ser? - fala a mulher atraente.
- Claro, não tem problema. - sorri pra mesma. 
Todos me questionaram e eu contei oque aconteceu, comecei a passar confiança a eles. Certa hora todos ficaram quietos, e eu adormeci com Glayce no meu colo com sua cabeça no meu ombro.

Glayce narrando:

Acordei com dor no corpo, preciso ir no SPA, mas perai ... Olhei ao redor! Onde estou? Que cochão duro é esse que estava dormindo? Estava num quarto cheia de cama e coisas velhas, começo a andar e vejo uma menininha sorrindo pra mim.
- Ela acordou, ela acordou.- grita a mesma menina correndo saindo do quarto.
Me levantei, e sai do quarto até que vejo Keven, que estava sem camisa ajudando uma moça muito linda por aliás a colocar uma lâmpada.
- Olha quem acordou. - fala a mulher que é linda.
- Eai bela adormecida, dormiu bem? - fala Keven.
Fiquei encarando a moça, e depois o lugar.
- Estamos em um orfanato. - fala a moça e eu volto a olha lá. 
- Esta é Miledy, e Miledy como já te falei essa é Glayce. 
Ele começou a me explicar que durante a noite eles apareceram e nos levaram até o orfanato, e que fiquei no colo de Keven dormindo.
- Enfim... Você tem um sono muito pesado pra quem estava com medo.
Sorri, pelo menos estamos bem.
- Ei Glayce...- Um moleque me chamou e eu viro para olha lo.
- Você é muito gata, a tia Mi perde para você. 
- A é? - fala Miledy, fingindo está ofendida.
- Nossa, eu estou apaixonado.- fala o outro moleque que estava de toca.
Eu só ri, e aparece uma menina e fala.
- Não liga não Glayce, esses dois são os mais tontos dos orfanato. - sorri ao ver uma menina linda olhando brava pra eles.
- Você podia ir com a gente na sala de brinquedos. - Fala o primeiro moleque.
- É verdade. - fala o moleque de toca. - Estamos vendo o brinquedo que não ganhamos mais para vendermos na feira dos usados que será hoje de noite.
- Porque vão vender os seus brinquedos? 
- Para conseguir reforma o orfanato, o esgoto daqui está estorado e as paredes desbocada.- fala a menina, que aparenta ser muito esperta.
Então fomos nas salas que tinha brinquedos, quando cheguei lá. Todas as crianças não estava com vontade de vender o brinquedo, e se eu fosse criança também não estaria com vontade.
- Bom Glayce, precisamos ir.- fala Keven.
- Mas já? - fala uma das crianças. 
- Fica mais um pouco? - fala o menino de toca.
Eu olhei para o Keven sorrindo pois eu estava querendo mesmo ficar e ele sorri de volta.
- Tudo bem, mas jaja iremos hein.
Todos sorriram quando Keven acabou de falar, ficamos brincando de pega pega com as crianças, e o engraçado sempre estava comigo, reparei a mesma menininha linda no canto dela sozinha, então fui onde ela estava.
- Oque foi?
- Eu não queria vender a Mariezita.- fala ela mostrando uma boneca.- Mas precisamos vender se não a Miledy não poderá cuidar mais da gente e nem a velha Maria.
- Mas alguém veio com mandato falando isso?
- Sim, um cara chato que quer comprar o orfanato para prefeitura daqui. E o prefeito falou se o orfanato não tiver arrumado daqui um mês. Elas serão demitidas.
Eu vi uma lágrima cair em seu rosto e o abracei.
- Glayce, precisamos ir.
Eu concordo, e despeço de todos e ao sair do Orfanato estava meu pai lá fora preocupado.

A patricinha GlayceOnde histórias criam vida. Descubra agora