o fogo do ísqueiro arde e urde
uma efêmera sensação de refúgio
encontrada na nicotina
uma parte já essencial da rotina.
rotina minha, cotidiano melancólico
de muitos outros, tristes e solitários
que tragam a morte todo dia
soprando a vida pro alto enquanto você lia.
meu velho amigo marlboro, que ainda vai me trair, eu tenho certeza!
num futuro nem tão distante
olha que beleza!
mas de que adianta a minha consiência? minha lucidez?
se não tenho a decência de te largar de uma vez?
