Cap 3

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Faltando dez minutos para o hiper mercado encerrar o horário de atendimento, praticamente corro entre as sessões atrás do que preciso, noto que por onde passo algumas pessoas se divertem ao me ver, lamento por estar de meias brancas, um sobretudo velho para me aquecer do tempo um pouco frio e sandálias de dedo, mas continuo minha caminhada, afinal de contas, a vergonha do momento não chega aos pés do que eu passei há horas no meu trabalho, mas as risadinhas continuam.

Eu hein! Será que nunca viram alguém de meias e sandálias?

Protesto mentalmente e caminho para a fila direcionada as pequenas aquisições, que está relativamente cheia de clientes que escolhem um péssimo horário para fazer compras e eu pareço continuar divertindo as pessoas.

É sério isso?

Decidida a não dar crédito para ninguém, fixo meu olhar no nada, como minhas pernas continuam doendo dou um passo para trás para me movimentar, então sinto que esbarrei em uma parede e quando me viro, perco a noção de tempo ou espaço pois não consigo tirar os olhos do lindo homem, que por sinal é bastante alto, tem um rosto marcante, bem másculo, barba por fazer daquelas que dá vontade de acariciar, mandíbula marcada, olhar penetrante como se pudessem ver além, que lembram duas gotas de puro mel, cabelos levemente molhados, arrepiados e um sorriso hipnotizador.

— Me desculpa. – Envergonhada, abaixo meu olhar. Sem saber disfarçar, observo cada contorno do seu corpo marcado na camisa que mesmo sendo social não disfarça... Ai meu Deus! Será que ele notou meu modo comprometedor? Enquanto penso no que acabo de fazer, sinto um toque em minha cabeça, como se alguém estivesse tirando um objeto preso nos meus cabelos e então eu vou realizando o que acaba de acontecer comigo.


Quando estava escovando meus cabelos, fiz um pequeno coque na parte superior e prendi o pente lá enquanto escutava Lu

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Quando estava escovando meus cabelos, fiz um pequeno coque na parte superior e prendi o pente lá enquanto escutava Lu... Oh céus, não acredito que um homem tão lindo me pegou em tal situação!

— Desculpo sim. – Enquanto sua voz máscula e levemente rouca, que soa um tanto quanto divertida, penetra os meus ouvidos, vejo que ele estende o pente para mim, o seguro rapidamente e só não deixo as compras caírem por elas já estarem no chão dentro de uma cesta.

— Que vergonha. – Meu pensamento sai em voz alta, levo minha mão até meus cabelos para desfazer o maldito coque, enquanto eles caem em meu rosto, sinto um toque em meu queixo que me faz suspirar e arrepiar e quando nossos olhares se encontram, sinto um arrepio percorrer toda a minha pele.

— É só engraçado, não fique envergonhada. – Dá de ombros, continua me olhando e sua simpatia me faz sentir que a coisa mais normal do mundo é usar um pente preso nos cabelos.

— Fico muito feliz que você ache que foi apenas engraçado, mas para mim, foi com certeza o mico da minha vida. – Timidamente me divirto, sem condições de sequer desviar o olhar dele. Será que alguma mulher consegue? Ele mais parece que saiu de uma novela ou filme, nunca nem pensei que seres do tipo existissem.

 Será que alguma mulher consegue? Ele mais parece que saiu de uma novela ou filme, nunca nem pensei que seres do tipo existissem

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— Com certeza foi a única coisa que me fez rir no dia inteiro, então valeu a pena. – Mordo os lábios tentando conter uma risada e decido entrar na brincadeira.

— Então agora eu me sinto bem feliz por ter saído de casa feito uma louca. – Mentalmente agradeço ao pente que acaba me dando a oportunidade de conversar com a perfeição em formato de homem e admirar o sorriso maravilhoso bem de perto.

— A fila andou, vocês vão ficar conversando? – Uma mulher mal-humorada nos avisa, dou dois passos para trás, tropeço em minha própria cesta e só não caio porque o dono do intenso olhar penetrante me segura com sua enorme mão em minha cintura, que deixa meu corpo todo abalado e o coração descompassado.

— O-obrigada mais uma vez. – Engulo em seco.

— Não há de quê. – Viajo mais uma vez em seu olhar e voz que em conjunto formam uma armadilha, por não ter jeito e acreditar que estou fazendo aquela expressão facial de menina bobinha que acaba de ter uma paixão súbita, logo volto a minha atenção para fila, que em poucos segundos sou chamada entre os vários caixas que atendem as pessoas que compram até vinte volumes.

— Quinze reais e vinte e cinco centavos. – Ainda com a mente voltada para o lindo rapaz que troquei algumas palavras, procuro no meu bolso minha pequena carteira, uma, duas, três vezes e simplesmente só encontro minha penca de chaves.

 – Ainda com a mente voltada para o lindo rapaz que troquei algumas palavras, procuro no meu bolso minha pequena carteira, uma, duas, três vezes e simplesmente só encontro minha penca de chaves

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— O-o mercado fecha em quantos minutos? – Mesmo sabendo a resposta, faço a pergunta como se quisesse ganhar tempo, em contrapartida, impaciente e cansada da sua rotina, sendo completamente indiscreta, a garota do caixa aperta um botão onde sinaliza a sua chefe que precisa cancelar as compras. — Esqueci a carteira em casa. – Ela dá de ombros.

— Não posso fazer nada, o mercado já fechou, volte amanhã e com dinheiro. – Ah Deus! O que vou fazer? Eu não tenho tempo.


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A COMPRA - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora