Estrela
Estava no meu quarto, terminando de me arrumar para descer e ir tomar café da manhã. Quando Mary, a governanta do castelo, entrou no meu quarto de modo apressado.
Parecia que ela tinha corrido até aqui e por isso tentava retomar o fôlego rapidamente.
— Sabia que isso que está atrás de você, se chama porta? — Comecei de modo irônico. — E ela serve para bater antes de entrar, para anunciar a sua chegada. — Completei e levantei uma das minhas sobrancelhas.
Depois que eu falei isso, ela olhou para mim com um olhar assassino, endireitou a postura, passou a mão pelos cabelos curtos e falou:
— Não temos tempo para as suas piadas. — Continuou com o seu olhar assassino. — Seu pai quer te ver. — Dito isso, saiu do meu quarto, da mesma maneira apressada que entrou.
— Eu em. — Falei quando já me encontrava sozinha. — Ela está ficando louca. — Dei de ombros e continuei a me arrumar.
Coloquei uma sapatilha azul, que combina muito bem com o meu vestido floral e prendi os meu cabelos em um coque bagunçado.
Antes de sair do quarto, passei um pouco de perfume e me olhei no espelho.
Até que estou apresentável para uma princesa. Mas tenho certeza que a Mary não vai compartilhar da mesma opinião que eu. Então, já estou preparada para ouvir suas reclamações chatas e repetitivas.
Saio do meu quarto, caminhado lentamente pelo extenso corredor do palácio. Se eu não tivesse morado aqui a minha vida inteira, tenho certeza que me perderia facilmente.
Assim que desço as escadas, vou em direção a sala de jantar, mas quando estou na metade do caminho, a Mary entra na minha frente, me impedindo de prosseguir.
— Onde você está indo? — Questionou de modo sério.
— Estou indo tomar café da manhã. — Respondi, como se isso fosse óbvio.
— Seu pai quer falar com você e parece ser urgente. — Falou calmamente. — Vá falar com ele, depois você toma café. — Ordenou.
— Tá bom. — Revirei os olhos e soltei um suspiro de insatisfação.
— Ele está no escritório. — Informou.
— Eu sei disso. — Falei simplesmente.
— Ainda está aqui porquê então? — Levantou as sobrancelhas.
— Já estou indo. — Me virei para ir em direção ao escritório do meu pai. — Que fada mais chata. — Murmurei irritada.
— Eu ouvi isso. — Falou, alto o suficiente para eu escutar. — E não pense que eu não vi a roupa de mendiga que está usando. — Depois disso, só deu para escutar o som das suas assas batendo cada vez mais longe de mim.
— Não estou estuda como uma mendiga. — Resmunguei e olhei para a minha roupa.
Em seguida, caminhei apressadamente até o escritório do meu pai. Chegando lá, bati na porta e esperei a sua permissão para entrar.
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Eu acredito em fadas
FantasyUma oportunidade única. Dois mundos destintos se chocam. Dois seres diferentes se conhecem. Duas opções. E uma única escolha. Capa feita por: Vwmpirw