Capítulo 1

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Estrela

     Estava no meu quarto, terminando de me arrumar para descer e ir tomar café da manhã. Quando Mary, a governanta do castelo, entrou no meu quarto de modo apressado.

      Parecia que ela tinha corrido até aqui e por isso tentava retomar o fôlego rapidamente.

— Sabia que isso que está atrás de você, se chama porta? — Comecei de modo irônico. — E ela serve para bater antes de entrar, para anunciar a sua chegada. — Completei e levantei uma das minhas sobrancelhas.

      Depois que eu falei isso, ela olhou para mim com um olhar assassino, endireitou a postura, passou a mão pelos cabelos curtos e falou:

— Não temos tempo para as suas piadas. — Continuou com o seu olhar assassino. — Seu pai quer te ver. — Dito isso, saiu do meu quarto, da mesma maneira apressada que entrou.

— Eu em. — Falei quando já me encontrava sozinha. — Ela está ficando louca. — Dei de ombros e continuei a me arrumar. 

      Coloquei uma sapatilha azul, que combina muito bem com o meu vestido floral e prendi os meu cabelos em um coque bagunçado.

      Antes de sair do quarto, passei um pouco de perfume e me olhei no espelho.

     Até que estou apresentável para uma princesa. Mas tenho certeza que a Mary não vai compartilhar da mesma opinião que eu. Então, já estou preparada para ouvir suas reclamações chatas e repetitivas.

      Saio do meu quarto, caminhado lentamente pelo extenso corredor do palácio. Se eu não tivesse morado aqui a minha vida inteira, tenho certeza que me perderia facilmente.

      Assim que desço as escadas, vou em direção a sala de jantar, mas quando estou na metade do caminho, a Mary entra na minha frente, me impedindo de prosseguir.

— Onde você está indo? — Questionou de modo sério.

— Estou indo tomar café da manhã. — Respondi, como se isso fosse óbvio.

— Seu pai quer falar com você e parece ser urgente. — Falou calmamente. — Vá falar com ele, depois você toma café. — Ordenou.

— Tá bom. — Revirei os olhos e soltei um suspiro de insatisfação.

— Ele está no escritório. — Informou.

— Eu sei disso. — Falei simplesmente.

— Ainda está aqui porquê então? — Levantou as sobrancelhas.

— Já estou indo. — Me virei para ir em direção ao escritório do meu pai. — Que fada mais chata. — Murmurei irritada.

— Eu ouvi isso. — Falou, alto o suficiente para eu escutar. — E não pense que eu não vi a roupa de mendiga que está usando. — Depois disso, só deu para escutar o som das suas assas batendo cada vez mais longe de mim.

— Não estou estuda como uma mendiga. — Resmunguei e olhei para a minha roupa.

      Em seguida, caminhei apressadamente até o escritório do meu pai. Chegando lá, bati na porta e esperei a sua permissão para entrar.

Eu acredito em fadas Onde histórias criam vida. Descubra agora