[PM 1:27]

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Uma e vinte sete da tarde, no meu corriqueiro dia ele se passa sem que eu veja, mas eu continuo pensando em o quão marcante foi esse horário. Porque foi a última vez que eu te liguei.

Eu tive que seguir, eu não pude escolher parar para que minha ruína se curasse com o tempo, eu tive que esquecer cada momento que tivemos da forma mais dura e impetuosa. Ter que engolir meu choro, engolir o resto de mágoa e tristeza que habitava em mim porque agora eu não sabia se meu coração continuava batendo no mesmo ritmo que o seu.

Não é um sonho, você foi real, você foi uma marca que eu não pude retirar de meu corpo.

E eu volto para o meu dia-a-dia, sem prestar muita atenção na hora. Torcendo para que eu não presencie as duas vezes do dia em que o relógio marca 1:27, porque eu sempre vou lembrar da doce melodia que você trouxe aos meus ouvidos. Vou me por de pé, e tentar me convencer de que tudo foi predestinado, que todas as risadas seguidas de tristezas aconteceram porque tinham que ter acontecido. Que eu tive que te ganhar e te perder no meu dia-a-dia por que havia de acontecer.

Eu vou te esquecer, sem mágoas, sem motivos para querer voltar o que tivemos. Eu vou simplesmente deixar você ir, e ir para não voltar em minha memória.

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