Desde sempre as pessoas tentam explicar esse que é um dos, se não o sentimento mais bizarro de todos. Parece existir um profundo vazio em todas as pessoas, um vazio que precisa desse amor para ser preenchido. Mas o que é de fato o amor?
Existem diversas definições para o amor. O filósofo grego Platão possuía uma forma de ver esse amor, denominado Eros, ou amor platônico. Esse é o sentimento que abstrai o elemento sexual, uma forma pura de amar. A amizade ou os laços de afeto familiares são um exemplo de um dos tipos de amor platônico. Entretanto ele também está relacionado a um amor impossível, o sentimento de amar aquilo que você almeja alcançar. Sonhos, riquezas, poder, coisas que te faltam e vemos como elemento crucial da nossa felicidade, porém, uma vez que alcançado, não faz mais sentido amar aquilo.
Outro filósofo que tentou explicar um pouco mais sobre o esse sentimento foi Aristóteles, um aluno de Platão que discordava da definição desse sentimento do seu mestre. Segundo ele, sua definição de amor, chamada de Philia, era pelas pessoas que te cercam, a família, os amigos, sua casa, o mérito por ter chegado em um lugar alto ou até mesmo pelo seu cachorro. Infelizmente esse amor tem se tornado um pouco raro. Amar aquilo que não temos demais nos faz inferiorizar tudo oque já possuímos. As pessoas parecem nunca estarem satisfeitas com o agora, e o sentimento de ganancia brota em seus corações, elas sempre querem mais. Isso se aplica tanto a grandes coisas como ganhar bastante dinheiro, um cargo admirável, ou coisas menores que, podem não interferirem diretamente.
Uma famosa definição de amor é a de Cristo, o Ágape. Talvez essa seja a forma de amor mais rara em nossa atualidade, uma vez que ela prega o amor incondicional pelo próximo. É o sentimento totalmente diferente do Eros, uma vez que não é desejo pelo que você ama, e também do Philia, já que não se limita à alegria de quem ama. O Ágape é o amor incondicional pelo próximo, um sentimento muito belo, mas repleto de sofrimento e quase impossível de ser seguido completamente por nós humanos. Muitas vezes os ditos seguidores do cristianismo possuem uma "máscara Ágape", o falso sentimento de amor pelo próximo sem esperar nada em troca, uma vez que almejam mais do que tudo a "salvação". Uma vez que você declara que todos estariam fadados ao inferno, essa máscara caí e o lindo sentimento de amor semelhante a sua visão de Deus some completamente na frieza profunda de seus corações humanos, dominados pelos seus próprios demônios imaginários.
É realmente muito difícil entender esse sentimento tão complexo que teoricamente nos cerca e está presente em nossa volta desde o dia que viemos ao mundo. Ele é extremamente belo, pelo menos na forma em que nós o imaginamos. O amor quebra as barreiras físicas de espaço e tempo, uma vez observadores diferentes, com tempos diferentes e em distancias inimagináveis ainda conseguiriam senti-lo. Mas ele também possuí seu lado sombrio. Você ama algo por que é importante pra você ou é algo é importante pra você por que você o ama? Uma vez que é impossível amar algo no qual você não dá valor, você ama algo que tem uma importância significativa para a sua vida, e é daí que vem esse sentimento. Se algo não é importante para você, você não o ama. É como se o centro do sentido de amor não seja o algo, mas sim o EU. Defino esse amor como o "Egomagna". Todo, absolutamente todo o sentimento de amor almeja algo em troca, de forma direta ou indireta, seja a realização de uma meta, o amor recíproco, a salvação ou até mesmo o simples sentimento de ver a pessoas amada feliz, mesmo que você precise sofrer por isso.
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A Necessidade do Algo
RandomAs maiores necessidades humanas do ponto de vista de um garoto ignorante. Qual a sua maior necessidade?