Talvez as maiores perguntas que permeia a humanidade desde sempre sejam: "De onde viemos?", "Para onde vamos?". O passado mais antigo e o futuro mais distante são responsáveis por fazer as pessoas se perderem numa imensa sensação de dúvida, e às vezes, até as levam a loucura. Em vista disso, vários meios de tentar encontrar um real significado para a vida surgem a muito, muito tempo atrás, um exemplo disso são as religiões.
É perceptível que a ciência não possuí todas as respostas, e suas verdades são mutáveis. Uma vez que ela não pode sanar todas as dúvidas, pessoas buscam outros métodos para preencher de forma incerta o sentido da sua vida. Martin Luther King definiu a fé como subir o primeiro degrau sem ver o resto da escada. É o sentimento de esperança para algo maior, muitas vezes ligado a ideia de um ser superior que ordena e encaminha tudo que acontece no universo.
De fato, acreditar no acaso, no "absurdo do nada" pode acabar causando profundas crises existências, uma vez que nada, absolutamente nada faz sentido. O gigantesco universo, quase infinito para nós, mostra o quão insignificante somos. Nada mais que um grão de poeira, ou nem isso. Porém, acreditar que somos de real importância para tudo que nos cerca pode ser um absurdo ainda maior. A ideia de antropocentrismo presente em algumas religiões é muito duvidosa, e para se provar isso basta se olhar em volta. Os animais, as plantas e até mesmo os minúsculos seres que habitam nosso planeta possuem uma importância significativa para ele, uma verdadeira troca de favores. Mas qual a nossa função para o ecossistema da Terra? Os humanos são como parasitas que se aproveitam de tudo que o planeta tem a oferecer, mas não contribui com absolutamente nada, apenas a destruição. O mais assustador é que as visões que temos de nós mesmos são de figuras inteligentes, racionais e superiores. Essa ideia é algo para ser questionado.
A busca incansável pelo sentido pode ser frustrante. É preciso decidir entre vendar os seus olhos e aceitar tudo independente de parecer errado, ou viver uma vida sem propósito pré-definido, com base no acaso. Uma excelente forma de evitar o abismo existencial é a definição subjetiva do próprio sentido, como os sonhos. Acreditar que você possuí um propósito, por mais idiota que ele possa parecer, é algo essencial para continuar respirando e vivendo, um motivo para acordar todos os dias. Os sentidos subjetivos podem ir dos mais simples, como quando está entrelaçado com sentimentos de amor e afetividade, acreditar que o sentido da sua vida é viver em prol das pessoas que você ama e que são importantes para você, ou completamente diversificados, como viajar pelo espaço, adquirir novos conhecimentos e saber um pouco mais sobre tudo. Um cuidado muito importante quando se define um sentido subjetivo para sua existência é ter certeza de que os mesmos estão apoiados em pilares sólidos, que dificilmente irão desabar. A experiência de perder esse propósito é uma das mais frustrantes, viver para sempre como uma casca vazia, apenas existir.
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A Necessidade do Algo
RandomAs maiores necessidades humanas do ponto de vista de um garoto ignorante. Qual a sua maior necessidade?