Prólogo

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Por muito tempo a humanidade pensou que o planeta Terra fosse o único planeta habitado no universo. Eles até pensavam que ele era o único planeta com vida inteligente que existia - pobres tolos.

Esse pensamento morreu no dia em que uma pequena nave, vinda diretamente do espaço, pousou em uma cidadezinha pequena no meio do estado do Kansas.

A chegada dessa nave, e do ocupante dentro dela, na Terra desencadeou a criação de uma organização que ficaria encarregada sobre esse tipo de acontecimento, e claro, para manter toda essa informação longe do conhecimento dos humanos.

24 anos depois dessa pequena nave ter pousado na superfície da Terra, outras duas naves também pousaram neste planeta: uma nave também pequena, muito parecida com a primeira, e a outra nave um tanto, muito, quanto maior e cheia de alienígenas.

Porém quando isso aconteceu, a humanidade já havia sido apresentada ao Superman: um alienígena vindo de um planeta agora extinto, que veio à Terra não só para viver aqui, mas também para ajudar a humanidade - apesar de muitos ainda temerem ele, o Superman foi bem recebido, pela maioria dos humanos pelo menos.

O que nunca ninguém pensou é que uma espécie, raça, muito rara, mais antiga do que o próprio ser humano, quase mais antiga do que o próprio tempo, tinha pisado nessa superfície terrestre e escolhido esse planeta como sua nova casa.

+ + + +

Não há uma só mente neste planeta que ele não possa ler ou ouvir. Porém tem um ponto cego, para sua mente, perto de National City e é por esse ponto cego que ele está procurando nos últimos 10 anos.

Talvez esse ponto cego seja alguém de seu planeta, alguém de sua própria espécie. E se fosse, ele não mais estaria sozinho e sua raça não mais estaria extinta.

O sol se pôs há pouco tempo. A lua está despontando no horizonte.

Hank sente esse ponto cego se amplificar quando é noite. Mas nessa noite, é como se essa jovem mente estivesse tentando proteger mais alguém à sua volta.

Apesar de não conseguir ler essa mente, Hank sente que é uma mente muito jovem, porém uma mente poderosa - se não fosse uma mente poderosa, não conseguiria bloqueá-lo do jeito que faz e tão facilmente.

Sendo guiado apenas por esse ponto cego, Hank se vê na frente de uma casa de dois andares.

Olhando pelo lado de fora da casa, com todas as luzes lá de dentro apagadas, qualquer um pensaria que não haveria ninguém lá, mas Hank consegue sentir a mente de pessoas que estão lá dentro.

- Ela está aqui - mas antes que pudesse fazer o caminho até a porta da frente da casa, alguém é arremessado por uma das janelas do segundo andar, caindo já sem vida no chão.

Hank se transforma, tomando sua verdadeira forma, e entra na casa atravessando a porta.

Choro e vozes, abafadas pelas paredes, vinham do segundo andar e foi para lá que ele se dirigiu.

Hank ficou invisível para que ninguém o visse nesta forma.

Chegando ao lugar de onde vinham as vozes e o choro, ele atravessou a parede para ver o que estava acontecendo e ali ele encontrou a fonte do seu ponto cego.

- Skye, olha pra mim - a garota pede para a outra. - Está tudo bem agora. Ninguém mais vai machucar você, não enquanto eu estiver do... - e parou de falar como se tivesse ouvido algo.

Levantando-se rapidamente de sua posição ajoelhada, a garota vira de frente para Hank - mas se ele está invisível, ela não pode vê-lo, não é?

A garota tomou uma posição ereta, praticamente escondendo a outra com o seu copo, com os braços cruzados em seu peito, o rosto com uma expressão séria e os olhos ganhando um tom de negro diferente de tudo que Hank já viu.

Apesar da evidente pouca idade dela, Hank consegue sentir algum tipo de autoridade radiar da garota.

- Quem é você? - apesar de sua estatura, a voz da garota saiu alta e límpida, demandando uma resposta imediata.

Hank se admirou por ela não ficar com medo de sua real forma, e por ela conseguir vê-lo mesmo ele estando invisível - ela é realmente quem ele procurava. a garota na verdade não pareceu se assustar nem com o fato dele ser verde.

Ele retorna à sua forma humana novamente, ficando visível para que as duas garotas pudessem vê-lo - e nenhuma delas nem sequer piscou com isso,o que fez Hank achar que ele não era o primeiro alienígena que elas tiveram contato.

- Meu nome aqui é Hank Henshaw - falou olhando para o quarto ao redor deles. - Eu vim por sua causa - seu olhar parou em dois corpos, sem vida, em um dos cantos do quarto.

A garota voltou a se ajoelhar na frente da garota chamada Skye.

- Se você veio nos machucar, vai acabar como eles - pega o rosto de Skye entre suas mãos, examinando seus poucos machucados.

Ela certamente estava falando dos dois caras mortos.

- Ele não parece ser mau, (S/N) - disse Skye.

- Todos eles não parecem ser no início. - (S/N) não sabe porque, mas confia em Hank, porém sua prioridade é Skye, sempre foi e sempre será. - Eu vou com você, só se ela for junto.

(S/N) não está pensando no fato de Hank ser um alien verde que quer levá-la sabesse lá para onde, não abandonaria Skye por nada, nem deixaria alguém machucá-la novamente - o que fez hoje à noite provou isso, até mesmo o sangue em suas mãos provam isso.

Qualquer lugar seria melhor, até mesmo com um cara verde, do que este lugar em que está. Por isso a decisão de ir com Hank foi rápida - só quer um lugar seguro para Skye e para si mesma.

Ao longe se pode ouvir sirenes de carros de polícia e se não saíssem neste momento dalí, teriam que dar muitas explicações.

Hank toma sua verdadeira forma novamente - um alienígena verde com mais de 2 metros de altura -, e se aproxima das duas garotas fazendo-as se levantarem do chão.

- Segurem-se firme - e as duas, uma em cada lado dele, seguram em sua cintura enquanto ele sai voando através do teto da casa.

Olhando para a casa onde viveu uma vida ruim por tanto tempo, a única coisa boa que aconteceu em sua vida foi Skye, os olhos de (S/N) ganham um brilho vermelho intenso e em segundos a casa explode em uma bola gigante de fogo.

Por Skye, que é a sua única família de verdade, mesmo não sendo de sangue, ela é capaz de fazer tudo e não se importa com o que seja.

+ + + +

Muitos anos se passaram desde o dia em que Hank encontrou, e resgatou de certa forma, (S/N), agora com o nome de Athena, e Skye, agora com o nome de Daisy - mas quando estão sozinhas, Athena continua chamando Daisy de Skye, e é a mesma coisa para Daisy.

Hank nunca precisou falar sua verdadeira identidade para Athena. De um jeito estranho ela já sabia quem e de onde ele tinha vindo, e sabendo do que o povo de Hank era capaz de fazer, Athena lhe pediu para que apagasse a memória de Daisy sobre aquela noite. Ela também pediu para que sua própria memória fosse apagada, mas Hank não conseguiu fazer isso - a mente dela é mais do que apenas um ponto cego.

Como Hank não poderia adotar as duas garotas, por causa de seu trabalho, ele achou duas boas famílias para tomar conta delas: os Jones para Athena e os Johnson para Daisy.

Por mais que as duas garotas façam ele se lembrar de suas filhas, e isso também lhe doa, Hank preferiu mantê-las perto de si, sob sua "capa".

Apesar de Daisy não ser nada como Athena, Hank sabe que ela também é diferente e que tem um grande potencial dentro dela, só falta um pequeno "incentivo" para que esse potencial venha à tona e se mostre.

Agora Athena já é um caso à parte. Um grande mistério complexo até mesmo para Hank. E ela contia sendo o seu ponto cego.

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