O poder de voar

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Essa historia é um pouco perturbada.

Percebo que não sou capaz de desenvolver ela sem o uso de "personagens" pra servir como protagonista de minhas palavras.

"Tenho um sentimento oculto, tenho um sentimento que se mascara em meu ser, vivo reprimindo uma vontade de querer aquela linda borboleta bruxa que me cativa, essa borboleta me traz felicidade, paz e um sentimento de querer estar com ela.

Amo suas asas negras.

Sou fascinado pelo seu vôo, e pelo demonstrar do quanto a cor preta é bela.

E eu quero essa borboleta.

Gostei dessa borboleta.

Fiquei atraído pelo seu deslumbrante voar, destacando-se no céu azul as asas mais negras, sem necessidade de brilho ou luz pra existir e poder voar.

Porém, como tudo não são flores, eu não sou uma borboleta, sou uma joaninha colorida, todos os dias estou pintado de bolinhas diferentes.
Nunca voarei as alturas da borboleta, jamais terei a beleza das tuas asas, mas sinto que se eu pular em um balde de tinta preta, posso tentar conquistar ela, tudo vai valer a pena....
Ou sera que a escuridão das suas asas esconde bolinhas, as quais combine com as minhas.
E eu não precisaria mudar por ela pelas diferencas e sim nos aproximar pelas igualdades...
Ambos voaremos na mesma altura, respeitando o limite do outro."
Esse é o caso de uma simples joaninha, que aprendeu a se amar, pra entender que só assim conheceria  verdadeiramente o amor que existia na essência negra de uma borboleta.
O amor está na espécie, no ser, no existir. Ame.

Asas da borboleta Onde histórias criam vida. Descubra agora