c i n c o

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MInha visão estava turva depois de tantas bebidas.

Andava pela rua tropeçando em mim mesmo.

Bebia para esquecer de alguma coisa e bebo agora para esquecer isso também.

Para mim os segundos tinha se tornado mórbidos e as horas se arrastavam pelo relógio.

No meio da madrugada, decidi que precisava vê-la nem que fosse pela última vez.

Estava tarde, peguei o primeiro ônibus que me vinha na memória.

Olhando o meu reflexo na janela, tentei arrumar o cabelo que tinha ficado bagunçado.  Aos poucos o color estava tomando conta do meu corpo e mente. 

 Desci do ônibus e algumas lembranças me vieram a mente.

Eu sabia que era apenas um amontoado de erros que ela adorava dedilhar.

Chegando perto da porta, chequei pela última vez como estava o cabelo e fiz o que era necessário.

Bati na porta.

Oodal na MadrugadaWhere stories live. Discover now