Deveria ter pensado melhor se aceitaria ou não aquela proposta que seus amigos haviam feito, mas era de praxe que não recusaria, por estar muito bêbado, e também por estarem duvidando das suas habilidades de sedução. Agora estava ali, sentado na sala da casa de seu melhor amigo enquanto pensava quem seria sua vítima. Ele não conhecia nenhum hétero solteiro, e também não tava nem um pouco a fim de apanhar de um desconhecido por se engraçar, não sabia em que esquina encontraria um homofóbico, era bem perigoso aquilo. Estava pensando urgentemente no motivo que o levaria a pedir ajuda para Sasuke. Ele conhecia bastante gente, sim, era por causa disso.— 'Tá tudo bem garoto?
Deu um salto do sofá ao ouvir a voz incrivelmente grossa. Com uma mão no peito encarou indignado o homem atrás de si. A face séria estava com um tom brincalhão, ele queria matar aquele maldito Uchiha. Fez um bico e cruzou os braços se deitando no sofá como se estivesse na própria casa, fazendo o mais velho arquear a sobrancelha e secar as mãos com o pano de prato que estava disposto em seu ombro.
— 'Tá tudo certo, tio Fugaku, só 'tô esperando o inútil do Sasuke.
Comentou como se não fosse nada e o outro apenas concordou, voltando para a cozinha. Pensando melhor, Fugaku era um homem muito bonito e viril. Com certeza era hétero, apesar de não vê-lo com ninguém além de sua falecida esposa. Também nunca tinha reparado muito no pai de seu melhor amigo, principalmente quando o irmão dele estava em casa. A genética era maravilhosa naquela família. Sorriu sozinho enquanto fechava os olhos, logo sentindo um selinho rápido nos seus lábios, o que o fez abrir mais ainda o sorriso. Reconheceria aquele cheiro em qualquer lugar.
— Bom dia, laranjinha.
Oh sim, aquela voz também. Era como música para seus ouvidos aquele timbre, principalmente quando ele resolvia cantar. Tinha que gravar um dia desses Itachi cantando, iria ficar famoso rapidinho apenas por ser lindo e talentoso.
— Bom dia, Tachi.
Sentiu suas pernas serem erguidas e depois colocadas sob o colo o Uchiha, que passou a acariciar sua panturrilha. Ele e Itachi tinham algo, não era como se fossem namorados, mas sempre que podiam se atacavam em algum canto da casa, o desejo era mútuo. Não demorou a ouvir a voz mau humorada de seu melhor amigo, abriu os olhos encarando a escada.
— Tá olhando o que Dobe, perdeu o cu na minha cara? Aliás, você não tem casa não?
Naruto apenas ignorou revirando os olhos, logo sendo puxado para o colo de Itachi.
— Vem cá, laranjinha. Eu te protejo desse mau humor.
Ele apenas riu se aninhando nos braços do Uchiha, vendo seu melhor amigo puto indo reclamar algo com o pai na cozinha. Ambos gargalharam com a atitude de Sasuke, até porque ele já tinha seus vinte e cinco anos, assim como Naruto, e ainda sim era um drama queen. Por um momento o loiro encarou Itachi e deu um sorriso presunçoso, lhe roubando um selinho e saindo do seu colo indo atrás de seu melhor amigo. Ele apenas não ficaria ali na sala por estar incrivelmente focado em como ganhar aquela aposta, e fica próximo à Itachi tiraria sua concentração.
Apareceu no batente da porta, mostrando o dedo do meio para o Uchiha que antes mesmo de aparecer ali, já lhe apontava o mesmo dedo. O humor de Sasuke pela manhã era horrível, entendia muito bem o porque de um cara bonito como ele estar solteiro. Só não entendia o porquê do pai dele estar solteiro também. Um homem lindo como aquele, que exala testosterona, o exemplo de pura masculinidade. Não percebeu quando suspirou escorando a cabeça na parede. Fugaku era seu sonho de consumo desde que se descobriu gay, mas como já sabia. Não existia sequer chance de ficar com ele, principalmente porque Sasuke o mataria, e com certeza ele prezava por sua vida. Mas apostas eram apostas, e ele resolveu arriscar ali. Se aproximou quando o seu amigo estava distraído, ficando ao lado do Uchiha mais velho. Fugaku estava concentrado em cortar alguns tomates.
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Fetish - FugaNaru
FanfictionApostas e álcool não combinavam. Mas Naruto mesmo sabendo disso resolve entrar em algo que poderia dar muito errado. Ele só não esperava redescobrir um fetiche que há anos estava enterrado.