capítulo 1 - prólogo

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   Max é um jovem que aparenta ter cerca de 26 anos.  Que vive seu dia-a-dia como todo mundo, com uma única diferença:  ele é um fantasma. 

   Não pode ser visto, nem tocado e nem sentido, ele não sabe se já teve uma vida normal como todas as outras pessoas ou se já nasceu fantasma, ele é fantasma desde que ele se lembra, mas ele nunca se questiona, já que não consegue, não é de sua natureza, ele simplesmente não consegue não aceitar ser ele. Também nunca se deparou com outros iguais a ele, logo concluía que era o único a viver nesse mundo desta forma, talvez fosse especial, abençoado ou até amaldiçoado, quem sabe?! E essas seriam apenas perguntas sem respostas e já que ele não se questionava ele não passava muito tempo pensando nisso. 

   Ele tinha um diário que sempre levava com ele, mesmo que não soubesse de onde tirou, ele apenas gostava da ideia de que podia interagir com algo, rabiscar, aprender, escrever e etc. Até que ele, um dia, decidiu deixar uma mensagem pra ele mesmo, o que veio a se tornar sua primeira e mais antiga lembrança, e no dia seguinte se ele não se lembrasse de nada leria seu diário, e saberia o que tinha acontecido, tomaria na sua memória suas lembranças lidas e ele sempre gostava de ler sua primeira mensagem todas as noites.

"MM/DD                          05/20
Boa noite eu do depois! (?), hoje eu achei esse caderno e decidi escrever algo nele pela primeira vez, eu nem sabia que sabia escrever (riso), não tenho muito o que dizer, eu apenas senti uma grande vontade de escrever algo.
Eu estou sentado em um desses bancos de um desses que chama de ponto de ônibus, que são aqueles carros grandes de levar gentes, a cidade está silenciosa e escura as pessoas já não ficam mais nas ruas agora, só eu estou aqui, todos foram dormir, mas eu não preciso de dormir então eu só fico acordado esperando o dia começar de novo.
Parece que está começando, o sol vem vindo tenho que ir..."

MaxOnde histórias criam vida. Descubra agora