Carcereiro.

Vem pra mim.

Ambos estavam machucados pela noite anterior, como machucava cada vez que brigavam, como o machucava ver ela sorrindo para outro e como a machucava ver ele totalmente bêbado e chorando por ela. Ela não saiu em nenhum momento do quarto, o tempo todo deitada, sem querer sair dali e dar de cara com ele, mas nem ali ele estava, como sempre cheio de compromissos sem fim. Gerard ia até o quarto da moça com uma bandeja em mãos, bateu na porta e a abriu lentamente.

-Senhorita, tem que comer alguma coisa – ele disse indo até a cama e Lucy se sentou – Se sente bem?

-Sim, só não quero sair e dar de cara com ele – disse ela e o mordomo suspirou colocando chá para ela – Eu queria ter conhecido ele antes...

-Hum – disse o mordomo pensante – Espere um segundo – saiu do quarto e Lucy ficou ali comento o lanche que ele a havia levado. Logo ele voltou com um grosso álbum de fotos.

-Agora pode conhece-lo – disse o mordomo e Lucy soltou a comida e pegou o álbum o abrindo, logo de cara ela viu fotos de uma linda mulher morena e seu marido rosado, no colo dele um menino pequeno e moreno e a mulher estava gravida.

-A senhora sempre deixava álbuns por todos os hotéis, todos iguais com as mesmas fotos, apenas para verem as lembranças – disse Gerard e então Lucy viu a foto de Natsu com a namorada falecida, ambos já adolescentes.

-Ela era linda – disse a loira passando as paginas e parou numa foto de Natsu sozinho, mais jovem, mas de terno.

-O primeiro dia de trabalho dele com o pai, a mãe dele quis tirar essa foto, está escrito na parte detrás – disse o homem sorrindo – Ele já tinha perdido um pouco da felicidade ai...

-Eu notei – ela disse chegando a ultima foto o álbum , a ultima foto da família Dragneel junta, mais uma pequena loira e um garotinho também loiro.

-Quem são eles? – perguntou Lucy os olhando.

-Ah sim, a cunhada do senhor Natsu, Mavis e o sobrinho, August... – disse ele – Ela era casada com Zeref, o irmão mais velho...

-Também morreram? – perguntou a loira olhando para o mordomo que apenas assentiu – Que pena... – o semblante de pena de Lucy era presente, mas depois de ter visto Natsu desde bebe até um rapaz crescido, notou que ele era sim feliz antes de tudo, o que era uma pena ele te mudado tanto. Passou o dia todo na suíte, a noite toda, e nada dele aparecer, Lucy até achava que ele a tinha deixado. De noite, já de madrugada no quarto ela estava inquieta.

-Não, ele só te fez mal – ela dizia andando de um lado pro outro – Mas por que então você quer ele de novo?! Por que sente essa frio no estomago toda vez que se vê perto dele Lucy?! Isso é errado! Errado! – chorava e andava sem parar e não parava de mexer no tecido de sua camisola rosa clara, até que então ela escutou a porta da suíte se abrir, rapidamente foi até a porta de seu quarto e a abriu vendo Natsu chegando, ele tirava a gravata e suspirava, jogou a peça numa cadeira e olhou para Lucy arqueando a sobrancelha.

-O que foi? – perguntou e Lucy simplesmente correu até ele, levou as mãos a seu rosto o beijando com saudade. Natsu se assustou, mas deixou-a beija-lo, Lucy então parou o beijo e com a boca a milímetros da dele disse:

-Vem comigo... Vem por favor – ela disse em prantos e o puxando para ir com ela.

-Lucy, ei! – ele disse a afastando – O que deu em você?...

-Eu sinto saudade – ela disse em prantos – Eu sei que não devia você me fez muito mal, mas eu quero... Eu quero você...

-Está se escutando? – ele disse a olhando nos olhos lacrimejantes – Lucy isso não tem sentindo algum...