A criação de um monstro

66 6 2
                                    

Noite infernal, chovia bastante, e fortes ventos uivavam, serena dor, em uma choupana velha caindo aos pedaços, no meio do nada, ali se refugiava um homem solitário, ou talvez não tão solitário, tinha sempre ao seu lado sua companheira a sombra da maldade, com quem se mal dizia e sorriam juntos, dos pensamentos sombrios vociferando, pelo enigmático, frio e calculista William Satrinium, sua estória de vida é mais uma, em meio a tantas esquecidas em uma turbilhão de drama, abandono, e ódio, o que o impulsionou a fazer uma metamorfose psíquica maléfica, inspirando se na solidão e angústia, e nas bruscas mudanças ocorridas na sociedade, onde foi esculpido em seu subconsciente a insanidade de seus dias tortuosos, que acelerou o processo de transformação bestial.
William Satrinium, costurava e fazia roupas sobe medida, e quando suas economias não era o suficiente, lavava e passava, mas odiava, quando isso acontecia, falava que ao lavar as roupas, sentia como se estivesse purificando as roupas dos pecados imundo, e sempre tinha visões pertubadoras, sobre quem as usou, a maioria de seus clientes tinham um alto padrão de vida, muitos com influências em diversas áreas, eram segundo Satrinium, serpentes pronta para dar o bote, o senhor William Satrinium, muitas vezes era pago com mixaria, palavrões e humilhações, ao mesmo tempo que sua clientela tinham um padrão elevado de vida, pareciam ser pobres de espírito. Satrinium estava a costurar em total escuridão, quando em um movimento descordenado a agulha perfura seu dedo, ele olha paralisado a gota de sangue cair na mesa, onde fixa o olhar, logo vem uma flash revelador em sua mente, a gota de sangue, começa a se transforma em um redemoinho que gira em tons vermelho agitado e furioso, em meio ao redemoinho um cenário vai se montando, uma espécie de lama com vários porcos em um grande cercado, ele não consegue enchega a cabeças dos porcos, todos estão virados de costas,e defecam ao mesmo tempo, cena bizarra, a lama fede a enxofre, os porcos começam um barulho ensurdecedor, Satrinium com a mão no nariz e se contorcendo vai se aproximando, mas percebe que o chegar perto do cercado seus pés afundam em uma lama podre, como uma areia movediça, e vai lentamente afundando, os porcos param o barulho e viram, agora suas cabeças eram visíveis, visão macabra, William via cabeças humanas costuradas na cabeça dos porcos, de repente ele afunda e acorda do transe, cai de joelhos no chão, vomitando.
Um clarão mata as sombras dentro da choupana, o silêncio e quebrado por barulho de motor, o silêncio novamente paira, a luz dos neon ilumina forte todo ambiente, a choupana estava cercada por cerca de cinco carros de cor preta, William abre a porta, e visualiza quarto seguranças, dois a sua frente, ao fundo perto do carro estavam mais dois, um dos seguranças fala: boa noite senhor William satrinum, o senhor Blayde está desapontado com o que fez com seu terno, o valor era alto, mas o que valia mais nele era sua estória que passou de geração por geração, os dois seguranças a sua frente segura forte cada um, em um braço, quase que cravando as unhas na carne ainda chegando a perfurar o sangue em um dos braços escore formando uma espécie de Rio vermelho, um dos seguranças em um movimento lento e atento, abre a porta do carro, saltando com imponência a figura emblemática, senhor Blayde, estava a usar uma cartola, e um sobretudo fechado, em uma das mãos um bengala que mais se parecia um cetro real, caminhava lento até onde os seguranças haviam usado de imobilização para conter o senhor Satrinium. Face a face Sr.Blayde ergue com uma das mãos a cabeça de Satrinium, olhando profundamente, nos olhos, - Com um voz calma e sarcástica fala em um tom grave: o que pensou quando viu que arruinou uma relíquia de família?, tirando uma das luvas, segurou firme na ponta e golpeou lhe a face, com a mesma mão puxou seu cabelo levantando com uma estúpida força sua cabeça, fazendo gotas de suor salta se seu rosto.
A expressão de humilhação não era nada, se comparado a infinitos pensamentos que se passa por sua mente de triturar o Blayde como se ele fosse um grão qualquer.
Senhor blayde virou de costas e retrucou: deixe esse verme, amanhã mandarei mais roupas e você trabalhara de graça para compensar o que fez, os seguranças o jogou ao chão, caindo assim de cabeça na lama.

Linhas de Sangue ÁcidoOnde histórias criam vida. Descubra agora