A volta

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   Os soldados se em direção a cratera, estrando densa poeira. Eles sumiram da visão de quem estava fora, Yugo segurou sua espada

-Qualquer coisa que esteja lá, o wakfu é bem denso. Não consigo reconhecer de quem é, ou do que –Falou Yugo

-Você da conta? –Perguntou Yugo

-Tentando é que se descobre

   Um soldado voou da fumaça e bateu na lateral do portão, destruindo a madeira. Outros dois foram mandados para a arquibancada. Em seguida, a fumaça se dissipou com um vento de baixo para cima, jogando o resto dos sadidas para vários cantos da arena. Uma figura com uma camisa azul rasgada colocou a mão na cabeça cabeluda, suspirando

-Ele... –Falou Armand

-Oswaldo!! –Gritou Yugo

-Que dor de cabeça... O que fui que bebi ontem? –Falou ele cuspindo fogo –Na verdade, onde que bati a cabeça?

   Yugo pulou sobre ele, o abraçando, ele só era uns dois centímetros mais baixo que seu irmão

-Yugo? –Perguntou Oswaldo confuso

-Sim, sou eu –Falou ele chorando

-Yugo!!

   Oswaldo apertou seu irmão, os dois riam, estavam felizes afinal. Amalia olhava com um sorriso, junto a seu pai. Armand suspirou

-Ele voltou... –Falou ele

   Yugo saiu do abraço, ainda sorrindo

-Tenho tanta coisa te contar –Falou Yugo

-Primeiro –Falou Oswaldo –Olha como você cresceu!! Tá maior que Percedal!!

-Você também cresceu um pouquinho

-Nem sei como, só fiquei dormindo por...

-Cinco anos

-Cinco anos?!! Minha santa deusa, você está com uns... dezenove anos! A gente tem que bebe junto! Minha conta... se eu ainda tiver dinheiro

   Yugo riu. Amalia se aproximou dos dois

-Quanto tempo –Falou Amalia rindo

-Amalia? Você é Amalia? –Falou Oswaldo rondando a sadida –Aquela baixinha? Bem, continua baixinha

-Sou eu, a erva daninha

-Que seu deus seja abençoado!! –Ele levantou Amalia com um abraço –Você ficou muito bela!! Nem San te supera, erva daninha! Você ficou perfeita!!

-Não é para tanto –Falou Amalia corada

-É sim!! –A colocando no chão –A sadida mais bela para o eliatrope mais forte! Os dois estão namorando, né?

-Estamos –Falou Yugo rindo

-Então minha ajuda valeu a pena. Temos que comera!! Vamos beber algo, minha garganta ta seca!!

-Eu não bebo

-Mas eu sim.... a parti de agora!

-Oswaldo!! –Gritou Armand

   O príncipe foi em direção ao garoto, olhando em seus olhos. Ele era apenas dois centímetros mais baixo que o pequeno dragão, mas olhar ele de baixo o irritava. Afinal, ele era superior em tudo

-Você não pode simplesmente chegar destruindo coisas e batendo em meus homens! –Falou ele

-Mas eles que avançaram, meu primeiro instinto quando alguém se aproxima é o de bater –Falou Oswaldo

-O que você acha que a gente ia fazer quando uma coisa cai em nossos domínios. Tomar chá com ela?

-Sei lá, mas é burrice seus soldados se aproximarem de tal coisa!

-Você poderia ter matado eles!

-Mas não matei, matei? Então não é problema meu

-Armand, largue de pé dele –Falou o rei se aproximando –Se conheço ele, nunca vai ser dá por errado

-Eu nunca to

   Os dois se olharam. Amalia começou a se preocupar, um conflito poderia começar ali. Os dois nunca foram muito amigos, Oswaldo odiava o rei e seu filho, por tudo que fizeram. Em uma conversa assim, o pequeno dragão poderia simplesmente arrancar a cabeça de seu pai

-Oswaldo, por favor –Falou a sadida

   Ele suspirou

-É bom te ver também, rei –Falou Oswaldo




   Toda a irmandade estava reunida na sala do trono, os filhos de Evangelyne e Percedal brincavam com Oswaldo, balançando em seus braços ou observando fascinados suas chamas. Amalia, Yugo, a cra, o iop e Adamai estavam juntos olhando os três

-Ele mudou quase nada –Falou Adamai –Ele parece apenas um garoto de vinte anos com uma juba

-Ele precisa cortar o cabelo –Falou Percedal –O que você acha Evangelyne?

   A cra estava mordendo o lábio, igual Amalia. As duas observavam o pequeno dragão, principalmente seu corpo suado e musculoso que estavam amostra devido a falta da camisa que fora jogada falta devido a seus rasgos. Yugo notou isso

-Oswaldo, você pode vestir uma camisa? –Falou o eliatrope

-Que ciúmes ein, irmão! –Falou Oswaldo olhando para seus amigos –Sei que Amalia e Evangelyne estão gostando da vista –A fala dele deixou as duas vermelhas –Mas elas já possuem alguém a babar

   Ele estalou o pescoço

-Respondendo sua pergunta, eu adoraria uma camisa, mas estou sem –Falou Oswaldo –Tenho que pedir outra para Joseph e Niépce

-Te empresto uma maior que tenho –Falou Yugo coçando a lateral da cabeça –Só venha

-Sim senhor –Falou ele seguindo seu irmão

   So dois saíram, Percedal estava olhando feio para Evangelyne

-Evan! –Falou ele

-Desculpa, mas não resistir

-Os soldados estão bem –Falou o rei entrando no salão –Onde ele foi?

-Ele foi com Yugo ver uma camisa –Falou Amalia

-Tudo bem, preciso falar com ele sozinho

-Sobre?

-É um assunto que tenho que tratar com ele, não precisar se preocupar

-Tudo bem então, irei pedir os cozinheiros para fazer alguma coisa. Oswaldo é um poço sem fundo depois de dormi, imagina por cinco anos

-Bem pensando 

Wakfu: A Volta dos ReisOnde histórias criam vida. Descubra agora