O repórter e o ferrado

9

Não durou muito não é?

Você voltou para casa, voltou a ser minha vadiazinha.

Vem bebe, deixa eu te dar carinho.

    Jimin acorda eufórico no meio da noite, olha para o lado na cama e yoongi não estava lá, acalmou sua respiração tentando pensar no fato de estar em uma casa onde existe amor, mas logo escutou um estrondo alto vindo da sala, foi um som abafado mas ainda sim alto, jimin se enrolou no cobertor junto de seu urso, estava com medo mas a curiosidade venceu então foi até a porta do quarto, abriu devagar dando visão a sala, tudo calmo, olhou a televisão desligada e tudo arrumado com pouca luz, logo jimin escutou o estrondo mais uma vez, porem dessa vez o barulho se seguiu de outro lugar, jimin olhou para onde vinha o som e viu yoongi socando repetitivamente a parede, ele estava sem camisa e seu corpo parecia queimar, ele estava com raiva, mas não deixaria que jimin soubesse, queria que jimin se sentisse em um lugar amoroso não de odio.

-h-hyung? –jimin disse baixo, mas o maior lhe escutou e virou o rosto olhando-lhe.

-eu te acordei, pequeno? Desculpa.

-não acordou, meu corpo está estranho. –yoongi se virou por completo e suas mãos estavam sangrando. – suas mãos. –jimin corre até ele pegando sua mão largando seu urso e o cobertor mesmo estando com muito frio.

-está tudo bem, meu anjo... o que está sentindo?

-frio e não sei... me sinto estranho... acho que quero vomitar, mas ao mesmo tempo não quero vomitar. –yoongi ri nasal da cara confusa do menino e pega o cobertor no chão cobrindo o pequeno corpo do park.

-ok, meu amor, eu acho que entendi. –diz com a mão na testa do namorado. –você está com febre, não parece ser muita, vem. –foi até a cozinha acompanhado de jimin, pegou uma caixa de remédio e pegou jimin o colocando sentado na bancada, jimin se surpreendeu, mas não reclamou. –espero que seja apenas uma febre. –colocou água em um copo e entregou um comprimido para jimin, o mesmo tomou sem contestar, confiava cegamente no min.

-estou com frio hyung. –diz todo encolhido, yoongi o pega em seus braços, jimin fica travado, mas não diz nada, ao se deitarem na cama jimin vai para um canto se encolhendo ali.

-amor, sei que não quer isso agora, mas não reclame. –diz e puxou o menino para si o abraçando. –você está gelado e eu estou quente, então fica quieto e deixa eu fazer o meu trabalho. –jimin assentiu com o rosto no peito do maior, estava com frio demais para reclamar.

     Yoongi acorda devagar vendo que jimin ainda estava em seus braços, ele parecia cansado e abatido, não gostava de ver o amor da sua vida assim, não conseguiu dormir direito essa noite e acabou pensando no que aconteceu com jimin, não sabia o que dizer nem o que fazer, ele só queria encher aquele filho da puta do tio do seu pequeno de porrada e enfiar um cabo de vassoura no cú dele, jimin era tão perfeito, tão puro, infantil, uma alma que exalava amor e felicidade agora não exalava nada alem de dor, teria que se vingar.

    Jimin acorda sozinho novamente na cama, sentiu ainda o cheiro do maior nos lençóis e em seu corpo, em um momento respirou no travesseiro do maior sorrindo em seguida, poderia ficar ali para sempre, protegido, mas faltava o principal, olhou pelo quarto e viu um papelzinho grudado no abajur, pegou o mesmo vendo a letra do seu amor, "se alimente bem, meu anjo, voltarei logo, mas se eu não voltar saía de casa e ligue para o namjoon, o contato está no meu celular, eu te amo." Jimin ficou confuso, por que ele não voltaria? Jimin na mesma hora se levanta, yoongi não poderia fazer nada de imprudente.

   Yoongi estava bem escondido esperando na porta do park, acendeu um cigarro e esperou, jimin havia pedido para ele parar de fumar e o mesmo parou, mas estava nervoso e com raiva, precisava se acalmar até mesmo para não fazer nada de precipitado, logo viu o velho nojento sair da casa como se fosse apenas mais um dia normal, yoongi esperou ele passar e o seguiu, no momento em que passou por uma rua deserta empurrou o velho para um canto.