I

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— O governo foi derrubado em 2027, quase 300 anos atrás, alguém aqui se lembra como? — O professor de história, Magnus, questionou a sala. Louis levantou a mão — Diga, Tomlinson.

— Ataque biológico. — Louis respondeu com convicção.

— E como foi esse ataque? — Magnus continuou.

— Bom... — Louis começou, mas foi interrompido.

— Cartas. Cartas infectadas com um vírus artificial totalmente mortal e mais contagioso do que o esperado. Um membro do parlamento queria assumir o trono, mandou diversas cartas com um pó para o palácio que estavam contaminadas, mataram todos. O que ele não planejava, era que iria morrer também. — Interrompeu o garoto sentado no fundo da sala, Harry, vindo do Norte da Nova Inglaterra para Londres, o cacheado estava frequentando a mesma sala que os gêmeos há cerca de uma semana, mas já estava dando nos nervos de Louis.

— Muito bem, Styles. — Magnus parabenizou — Acho que teremos uma ótima dupla para a Olimpíada de História Nacional este ano.

— Não estou interessado, mas muito obrigado. — Harry respondeu.

Louis revirou os olhos, esnobe, pensou.

O professor deu apenas um sorriso amarelo, e continuou a aula, contando para todos o que Louis já estava cansado de saber. Este, então, abriu a última página de seu caderno, onde geralmente costuma desenhar, e encontrou um recado de seu irmão mais velho, William.

"Ligar para Sally" seguido de um número de telefone. Louis olhou em volta na sala, e viu a loira, Sally, o encarando com um sorriso, Louis retribuiu timidamente, e voltou a prestar atenção na aula.

Ele não aprende, pensou. Havia ficado estabelecido que os dois seriam neutros, não se envolveriam romanticamente com ninguém sem antes constatar o outro, porém William e seu talento absurdo com garotas não estava respeitando as regras. Louis, por sua vez, era desengonçado e tímido, não conseguia falar direito com as garotas, principalmente porque não se sentia atraído por elas, era de conhecimento de toda a sua família que o gêmeo mais velho era gay, mas isso nunca impediu William de se envolver com garotas, obrigando, indiretamente, Louis a se envolver com elas também.

Assim que o sinal do intervalo tocou, Louis saiu correndo da sala e parou no canto do pátio. Ligou para a sua casa pelo celular e esperou longos quatro toques antes de Mark atender.

— Alô, casa dos Tomlinson.

— Mark, passe o telefone pro Will, AGORA! — Falou entredentes.

— O que ele fez dessa vez?

— O que sempre faz! Converse com ele, por favor! Ele é muito cabeça dura, pensa c a cabeça de baixo. — Esbravejou.

— Qual foi a garota que ele se envolveu agora?

— Sally Donie. Meu Deus, ele faz de propósito, eu tenho certeza. — Ele completou, tirando risadas de Mark — Do que está rindo? Não é hora pra risadinhas!

— Vou passar pra ele e vcs podem resolver.

Louis esperou alguns segundos, ouvindo sons abafados e distantes de passos e vozes, até que pode ouvir a voz de seu irmão mais novo do outro lado da linha.

— Fala, big bro. Viu o recado que eu te deixei?

— Vou te matar. Vou te matar com certeza. — Louis esbravejou.

— O que foi, cara? Está bravo por causa da Sally? Não achou ela bonita? Ela é INCRÍVEL! — Ele tentou argumentar.

— Não faz meu tipo.

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⏰ Última atualização: Nov 06, 2018 ⏰

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