✡️ Capítulo 4 ✡️

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~4 Meses Depois~

Já se passaram quatro meses, quatro meses sem minha mãe. As vezes sonho com ela, com seus  conselhos, algumas lembranças vem a mente soltando as lágrimas de meus olhos. Mas a dor... Deus tirou de mim e pois seu amor, cada dia ele está comigo me dando força, alegria e amor. O que me resta de mamãe e saudade, muita mas em compensação a minha vida espiritual está crescendo. Estou orando mais, lendo a bíblia mais inclusive estou na igreja de Jhennifer — que se tornou minha melhor amiga — , estou fazendo curso de teologia e canto junto com Jhennifer. Carlos e Carla tem sido amigos ótimos, atenciosos e gentis, Alex e como um irmão mais velho, por mais que eu  ajude nos trabalhos da sua faculdade ele é brincalhão, divertido. Perdi minha mãe e doeu muito, mas o senhor é bom e me deu quatro amigos maravilhosos e temente a meu Deus.

A escola tem sido um tanto difícil, tenho sofrido  piadinhas por ser digamos..."Nerd", mas tento  não ligar, como minha mãe dizia: ser inteligente é uma benção que o senhor me deu. Nunca mais tive outro sonho estranho como o dos garotos acorrentado mas confesso que ele não sai da minha cabeça. E meu pai... Bom, depois do ocorrido...

FLASHBACK ON

— P-pai?! — as lágrimas rolam voluntáriamente, avia vários porta retratos, vasos, pratos quebrado no chão e algumas... Algumas não milhares de garrafas com bebidas alcoólicas e meu pai... Sujo com uma bebida na mão e seu braço sangrando

Ana?! — cambaleia para meu lado e tampo minha boca reprimindo os soluços, meu pai estava bêbado

— Sou eu pai, Zípora — vou ao seu encontro tentando não chorar, o que é impossível

— Zípora? Não pode ser — cambaleia e seguro ele — Ela está na igreja, com os malditos crentes! — bebe mais o líquido de sua garrafa — Ana você voltou — ele olha pra mim. Meu pai está inconciente, não sabe nem quem sou e ainda quase destruiu a casa

— Pai por que quebrou a casa? — subo as escadas com seus braços nos meus ombros apoiando nas paredes

— Eu sou fraco, covarde, mereço a morte — dizia com a voz embargada e bebendo mais, tiro a garrafa de suas mãos e deito ele na cama — Ei me devolve isso! Única coisa que resolve meus problemas — ele protesta levantar e eu jogo no lixo a garrafa enquanto ele murmurava baixinho

— Única coisa que resolve os problemas e Deus pai — tiro seus sapatos

— Zípora diz isso, mas é mentira! Se ele resolve porque deixou uma moça tão boa morrer? Por que deixou Ana morrer? Ele não existe — ele chorava como uma criança, cobri ele e fiquei do seu lado fazendo cafuné

— O ser humano não compreende os planos de Deus, tudo há um propósito

— Bobagens! Que propósito há na largata? Virar borboleta — ele ri e suspiro, nunca o vi desta forma.

Fiquei com ele até adormecer, limpei seus ferimentos e fui ao meu quarto me permitindo chorar...

FLASHBACK OFF

Depois do ocorrido papai não olha mais na minha cara, as vezes ficamos sem conversar por semanas, apenas bom dia, boa tarde e boa noite. Ele vive 24 horas na empresa e quando está em casa, completamente bêbado. Tento conversar sobre isso pois já está virando um vício mas ele diz para não me meter em sua vida. Isto está me matando por dentro, sei que está sofrendo por mamãe mas sozinho ele não vai vencer, muito menos sem Deus. Tenho orado muito por ele, só espero que não faça algo de ruim que se arrependa...

Valentes de Davi : O Impossível De Deus[PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora