início do fim. {prólogo}

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... Já se passavam das nove quando Zayn conseguiu finalmente sair de casa. Os gêmeos dormiam a pouco mais de uma hora, e Liam havia cochilado enquanto assistiam a um filme. Seu telefone não recebia chamadas de retorno oque o fez se preocupar ainda mais, ele já deveria ter saído alguns minutos atrás.

Moveu-se com todo cuidado possível para não despertar o parceiro, andou até a cadeira que estava sua jaqueta preta e a vestiu.

Lá fora a chuva fina e gélida caía, e Zayn detestava chuvas finas. Elas molhavam aos poucos, eram frias e pareciam nunca ter fim. Ele não poderia ir de carro, caso fosse, Liam perceberia o barulho e acordaria. Malik sabia que Payne sempre teve um sono muito leve. "Porcaria de chuva e de sono leve." murmurava em pensamento.

Ele pegou mais uma vez o celular para checar as mensagens, mas ainda não havia recebido nenhuma. Então seguiu por toda estrada apenas com sua jaqueta, capuz, um celular em um bolso e a arma no outro. Demorou alguns minutos andando, mas graças a um caminhoneiro que seguia em direção a cidade chegou rápido onde queria.

O seu celular finalmente tocou, Zayn o retirou depressa do bolso. Era Liam, pelo visto havia acordado e percebido que Malik não estava ali. Ele não queria errar denovo com o cacheado, foram tantos meses tentando voltar para vida dele e de seus filhos que jogar tudo isso fora para ajudar mais uma vez um homem que era egoísta o bastante para lhe por nessa situação mais uma vez, parecia idiota.

Acontece que ninguém escolhe a família que irá nascer, não escolhemos pai e nem mãe. E a única opção que nos resta é se seguiremos ou não o caminho deles. Zayn não havia escolhido, ele foi forçado a entrar. E uma vez que se entra nessa vida não dá para sair, não era como se ele pudesse seguir um caminho diferente sabendo que em sua veia corria um sangue venenoso.

Talvez quando os gêmeos vieram e ele sentiu que seria pai de verdade, ali, bem no nascimento, poderia ter escolhido mudar. E ele escolheu, por Deus ele escolheu. Foram os anos mais incríveis já vividos por Zayn, até tudo isso voltar.

Malik ficou olhando para o display que avisava da ligação de Liam, esperou finalizar e pôs o celular de volta no bolso. Estava parado em uma esquina onde havia sido combinado mais cedo no último telefonema feito, aquele pela qual ele esperava retorno. Pegou no outro bolso sua arma, ajeitou o pente da mesma com novas munições e o encaixou de volta.

Seus passos eram silenciosos, um de cada vez para não fazer barulho. O letreiro da boate piscava em luzes vermelhas, lembrava-se bem do dia em que escolheu cada parte daquele grande e luminoso letreiro. Na frente do lugar não haviam mais carros, nem pessoas paradas esperando para entrar, bem diferente do ambiente que deixou ao sair mais cedo.

Zayn ouviu barulhos vindos de dentro do lugar, então não demorou muito até pegar o revolver e o empunhar, segurando firme com as duas mãos. Empurrou a grande porta de entrada com o pé e seguiu adentrando o local. A música tocava bastante alta ainda, não havia ninguém no salão principal. Andou mais um pouco, estava bastante apreensivo, seu coração pulava no peito e parecia querer sair pela boca. Ninguém na segunda sala também.

Só restava um lugar, o escritório. Caminhou até lá com os mesmos passos silênciosos e apreensivos, e quando parou em frente a porta escura de madeira ouviu uma voz familiar. Ela soava baixa, pedia por socorro com o timbre desesperado.

Zayn não pensou duas vezes ao empurrar bruscamente a porta com o pé, ele sabia de quem era aquele pedido de socorro.

Porra, eu sabia que isso iria acontecer. Quem esteve aqui? — Malik largou a arma e ajoelhou-se, segurando a cabeça do homem estirado no chão.

— Zayn... por favor, eu não posso morrer. — sua voz era falha, Malik checou o pulso que estava quase sem batimento algum, sentia sua boca secar e a expressão de pavor tomou conta do castanho. — Não me deixa morrer.

— Você não vai morrer, eu...eu prometo. — Zayn não sabia para quem ligar, todos eles tentariam terminar o serviço e matar de vez o homem que ele segurava nos braços. — A chave do carro está aqui?

— Na mesa, deixei em cima da mesa.

— Bom, muito bom! Preciso que não durma, tente de todas as formas não fechar os olhos. Vou te levar para o hospital.

Zayn pegou o molho de chaves e a pôs no bolso da calça, apoiou o homem em seu ombro e o ajudou a entrar no carro. Quando ele já estava deitado e a chave na ignição, Malik seguiu depressa até o hospital. Ignorou sinais fechados, placas de km inferiores ao que ele estava, passou na frente de alguns carros e até mesmo de polícias. Mas nada o fez parar até chegar ao hospital. Não era um dos melhores, mas para a situação e o momento que estavam não poderia escolher muito.

— Por favor, preciso que me ajudem a tirar um homem baleado do carro. — Zayn gritava ao sair do veículo indo direto a entrada do hospital. — Alguém poderia me ajudar!

Um homem alto, que vestia uma roupa azul o seguiu com uma maca. Todos o olhavam assustados, já era tarde e o hospital encontrava-se quieto. Os dois colocaram o mais velho em cima da maca, e o de azul adentrou depressa com a maca enquanto Malik foi seguido até a recepção para fazer a ficha.

— O senhor poderia me dizer o nome dele? — uma mulher com longo cabelo preto amarrado em um rabo de cavalo o encarava esperando o mesmo sair do transe. — Oque o senhor é dele?

— Yaser... o nome dele é Yaser, e ele é meu pai.


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Os meus amores, como prometido aqui esta o segundo livro de Hegemony. Desculpa a demora para postar, eu realmente queria fazer algo que tivesse sentido. O segundo livro irá se passar logo após o nascimento das crianças, Malik terá uma difícil decisão para tomar. Vocês irão acompanhar comigo toda as aflições e dificuldades não só do casal como também de Zayn e seu interior.

Espero que seja tão bom quanto o primeiro, conto com vocês para comentários e likes. Até o próximo capítulo, um beijão ❤




Hegemony | zjm+ljp booktwo.Onde histórias criam vida. Descubra agora