Capítulo único

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Todos os dias quando chego a casa..... os meu pais ralham comigo por eu ter chegado mais atrasada ou por ter tido uma falta de material na escola, e ate arranjam desculpas só para ter que ralhar comigo. Eu detesto mesmo a minha vida. A pior parte é que eu não tenho amigos  para me ajudarem com isso ou para eu puder desabafar.  

A minha mãe chega ao pé de mim só para criticar comigo, "oh Misa isso está mal!", "tu não sabes fazer isso bem!", e muito mais. 

Hoje quando cheguei a casa eles puseram me logo de castigo. Eu nem tinha feito nada, mas puseram só porque lhes apetecia.

Eu: mas o que eu fiz para merecer isso? Podem me dizer? 

Pai: eu não preciso de repetir.....ESTÁS DE CASTIGO!!!!

Eu: MAS O QUE FOI QUE EU FIZ PARA MERECER TAL COISA???? 

Pai: ei........tu não me falas assim, ouviste?......Vai para o teu quarto.......JÁÁÁÁÁ!!! 

Subo então para o meu quarto e tranco a porta. "O que foi que eu fiz para merecer um vida destas?", penso enquanto chorava deitada na cama. Eu costumava desenhar ou escrever no meu diário. 

Até aos meus 5/6 anos, a minha vida não era muito má, os meus pais ralhavam comigo  sem razão nenhuma e muitas vezes e tal, mas não proibiam de eu fazer o que eu quisesse e onde eu quisesse ir. Era até fixe, mas desde o momento em que eu fui para a escola, tudo mudou, e desde aí a minha vida é horrível. Sofro bullying na escola, sou maltratada pela minha família TODA....... Eu só quero morrer. 

No dia seguinte, na escola, um rapaz da minha turma, começou a rir de mim só por eu estar a usar uma camisola um pouco rota. Os meus pais têm roupa de marca e isso, mas eu não posso ter. Esse rapaz que se riu de mim, contou me uma história que eu não acreditei, mas como ele contou, pareceu muito real.

Rapaz: se não quiseres não acredites em mim.......eu só te digo....tem cuidado.

"O rapaz que se riu de mim.......a ajudar me? Não, isso é tudo mentira.", olho para ele como se estivesse a dizer: tu estás me a enganar, só queres que eu acredite em ti para depois teres alguém para gozar. Eu não lhe dei mais ouvidos e vim embora para casa. 

Sinceramente, preferia muito mais estar na escola sem nenhum problema, do que em casa. 

Quando chego a casa, o meu pai estava á porta para falar comigo, fiquei logo com medo. 

Pai: Misa, preciso falar contigo...... - fala e se senta numa cadeira da cozinha. - Senta aqui... - fala apontando para uma cadeira, logo me sento e lhe olho nos olhos. 

 Eu: o que se passa? está tudo bem? - eu ainda tento disfarçar que estou preocupada com eles. 

Pai: a tua mae..... - fala com lagrimas. 

Eu: o que tem ela? 

Pai: ela.....quando estava a vir para casa..... teve um acidente de carro.... está agora no hospital em estado muito grave. - começa a chorar.

Logo depois de ele dizer isso, começo a chorar. Eles podem me tratar mal..... mas não deixam de ser os meus pais. A minha mãe não pode morrer....por favor....

Pai: vamos agora ao hospital vê la. Vamos. 

Quando chegamos ao hospital, ela estava a dormir. A médica tinha posto ela com um calmante para dormir, e para não sentir dores. Depois de algum tempo, ela acorda e eu abraço ela muito. 

Mãe: filha.....se eu não sobreviver.....eu quero que saibas.....que te adoro muito. Posso ter te tratado mal, mas era porque estava revoltada, não interessa com o quê, então eu descarregava em ti, desculpa. Eu sempre gostei muito de ti, sempre foste a minha menininha, acredita em mim, por favor.

Fim de uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora