1- O Nascimento de Discípulos

91 6 1
                                    

Contos... Mas o que são contos? Muitos não entendem o que são, porém não ligo para o que são, só posso dizer que esse conto pode mostrar muita coisa, inclusive sentimentos e laços.
A muito tempo existia um continente cheio de pessoas, nele se tinha uma enorme e gigantesca cordilheira cortando um quarto de seu terreno, e muitos reinos foram formados dentro do continente, porém dentro do local que ficou isolado pela cordilheira tinham se dois Reinos que viviam em guerra. O Reino de Ablivión que era movida por uma enorme fé e crença em Deuses e semideuses e utilizavam da sua fé para que conseguissem batalhar nas guerras. No outro lado tínhamos o Reino de Oringins um reino onde as pessoas acreditavam fielmente em espíritos e usavam os para se proteger e lutar nas guerras conta Ablivión.
Muito tempo havia se passado nesse continente e a guerra havia se acabado, com uma proposta de paz. Em meio a todas as guerras e lutas, uma criança havia nascido e ela acreditava tanto em espíritos quanto nos Deuses, essa criança cresceu no reino de Ablivión e foi para guerra, e em meio a ela criou a vertente de Equilíbrio, ele prometia trazer o equilíbrio para ambos os Reinos pois acreditava em ambas as crença. Foi se criado assim com um tratado de paz o Reino de Yiang um reino onde se tinha todas as vertentes Fé, Espiritual e Equilíbrio.
Porem esse conto não se refere a essa guerra ou tratado, ele se refere a 3 crianças que moravam na vila de Garión uma vila que se localizava no pé de uma das montanhas.
Nessa vila vivia uma criança chamada Azasiel Zistchmel, uma criança com medo de viver. Era um garoto de cabelos brancos como a neve e olhos vermelhos carmesim, ele acreditava fortemente em espíritos e podia os ver diante do nosso plano material. Era uma criança diferente das outras, vivia com um sorriso no rosto e tinha medo de quase todas as coisas, mas mesmo tendo medo ajudava seu pai a caçar e sua mãe a cuidar de sua irmã mais nova chamada Mary Zistchmel.
Mary era menor que Azasiel, enquanto Azasiel tinha seus 8 anos Mary tinha 5, tinha a mesma cor de cabelo de Azasiel, cabelos brancos como a neve, porém se diferenciava por ter mechas douradas e olhos verdes como o de sua mãe. Tinha uma forte personalidade e era muito sentimental, ela ama flores e animais e vive grudada em Azasiel o chamando de coelho, ajudava sua mãe sempre que podia e diferente do irmão quase não tinha medo porém chorava fácil com algo que acontecia, como por exemplo uma vez seu irmão chegou com um coelho morto e ela chorou muito, pois o coelho era muito bonito e devia ter família.
Além dos Irmãos Zistchmel tinha um garoto de 9 anos um pouco maior que Azasiel, tinha cabelos dourados como uma peça de ouro e olhos da mesma cor, seu nome era Bartolomeu Utameshy, uma criança que vivia dizendo que iria se tornar um forte e bravo cavaleiro e que ajudaria sua vila a se tornar uma grande e importante cidade para o reino. Como se podia ver era uma criança sonhadora e forte, vivia se encontrando com Azasiel e caçando junto dele e seu pai, além de fazer espadas de madeira com Azasiel e treinar diariamente esgrima com ele. Tinha uma grande fé em deuses e seguia os ensinamentos do Deus dos Raios pois acreditava que um dia ele se tornaria um Arcanjo facilitando assim seu sonho de enriquecer sua vila.
Mais um dia amanhecia na vila de Garión e como sempre Bartolomeu já estava acordado colocando suas roupas com um lindo e sereno sorriso, continuava sua rotina de forma normal, após vestir suas roupas ele penteava seus cabelos finos e dourados enquanto andava até a cozinha onde terminava de se pentear e pegava um pão e sua espada de madeira, sem pensar duas vezes ia até a porta e a abria já correndo com o pão em sua boca e a espada em sua mão esquerda animado com o dia de caça junto de Azasiel e seu pai. Azasiel já estava no local, mas sem seu pai, pois era combinado dos dois esgrimista se encontrarem mais cedo e treinarem até o pai de Azasiel chegar. Esperava no local com seus cabelos brancos como a neve despenteado olhando para todos os lados com medo de ser atacado por algum tipo de animal, ele ficava sempre atrás de uma rocha na entrada da floresta pois na última vez que esperou na entrada da floresta foi atacado por um gato selvagem e acabou se machucando muito sem ao menos conseguir arranhar o gato, ao longe da pedra de onde Azasiel se encontrava podia se ver Bartolomeu correndo até o ponto de encontro enquanto terminava de comer seu pão, Azasiel ficava sentado segurando firmemente sua espada de madeira com medo de um possível ataque tremendo, como um galho que sustenta uma pedra sozinho, enquanto Bartolomeu era tomado pela coragem e força de vontade de ficar mais forte e experiente, para assim cumprir seu sonho. Após alguns minutos correndo Bartolomeu chegava até Azasiel passando seu  antebraço no rosto para limpar o suor, e dizia enquanto sorria:
- O que foi coelhinho, o gato comeu sua língua e levou sua coragem e vontade junto? E olha que você é filho de caçador e o ajuda, comecei a pensar que estava frio de tanto que está tremendo. Até parece que algo aparecerá e o matará.
Bartolomeu mexia com Azasiel dizendo tais palavras seguida de uma pequena e simples risada terminando de enxugar seu rosto e olhando os olhos vermelhos carmesim de Azasiel esperando que ele respondesse a essa provocação, como forma de animar o treino matinal dos dois.
- Ei aquele gato era bonitinho não iria conseguir o machucar mesmo se eu quisesse, além do mais sou mais corajoso e forte que você, que tem uma família de padeiros, e também o que aconteceu hoje? Você sempre se atrasa, qual a desculpa dessa vez?
Dizia Azasiel enquanto se levantava da pedra parando de tremer aos pouco se apoiando na sua espada e encarando os olhos belos e dourados de Bartolomeu que já estava animado juntamente de sua espada na mão enquanto sorria.
- Não sei do que está falando coelhinho, eu não sei você, mas eu acredito que um cavaleiro tenha que se manter com uma boa aparência para as garotas o observar e admirar. Também não chego atrasado, é você que chega cedo se mais!
Respondia Bartolomeu com uma voz firme enquanto se virava de costas para seu amigo, assim dando alguns passos de distância de Azasiel, e quando observava que estava bom parava e se virava novamente segurando firme sua espada em sua mão esquerda, ficando assim em posição de combate, colocava seu pé direito para frente enquanto flexiona os joelhos e colocava seu braço direito para atrás de suas costas observando Azasiel enquanto se arruma.
Azasiel em suma resposta assumia sua posição de luta, segurava a espada com suas duas mãos enquanto flexiona seus joelhos e logo após levantando seus braços e deixando suas mãos acima de seus ombros com a ponta de sua espada apontada para Bartolomeu.
Bartolomeu vendo que Azasiel estava pronto, não pensou duas vezes e com os joelhos flexionados pegava impulso e corria de encontro à Azasiel e quando estava próximo do mesmo movimentava sua espada e braço desferindo um golpe vertical em direção ao seu peito dando um sorriso e flexionando os joelhos novamente.
Azasiel vendo o avanço de seu amigo não ficava surpreso e movimentando seus braços os abaixava fazendo um corte na horizontal defendendo o ataque de Bartolomeu. Como seu amigo tinha ficado vulnerável usando da sua força e impulso de seus joelhos flexionados avançava na direção de Bartolomeu o pressionando casa vez mais assim fazendo com que ele caísse e derrubasse sua espada. Para finalizar a luta Azasiel colocava a ponta de sua espada no peito de Bartolomeu e dava um sorriso seguido de uma pequena risada enquanto seus braços e pernas tremiam, ele estava desacreditado de sua vitória já que em todos os seus duelos só venceu 214 perdeu 325 e empatou 100 vezes, assim conquistando sua 215ª vitória sobre seu amigo.
-Golpe de sorte, você apenas me pegou desprevenido, hump.
Dizia Bartolomeu caído no chão irritado com sua derrota e frustrado pelo modo como perdeu.
- Isso foi apenas estratégia, em todas nossas lutas observei que você tinha um padrão de avanço e golpes, então depois de muito treinar consegui prever seus movimentos e achar o mais eficaz para vencer. Sou filho de caçador, não subestime minha força de observação e capacidade de conhecimento.
Explicava Azasiel com um belo sorriso no rosto enquanto retirava a sua espada a jogando para o lado e logo após estendendo sua mão para Bartolomeu, que a pegava e com a ajuda do amigo conseguia levantar. O garoto de cabelos dourados já frustrado limpava a poeira de seu corpo enquanto o de cabelos brancos observava seu pai se aproximando, com os materiais que disponibilizava uma boa e ótima caça para os dois.
Após a chegada de seu pai no lugar Azasiel que estava tremendo, parava no momento em que ele se aproximava dele, entregando lhe um arco com uma aljava contento 20 flechas, e logo após entregando lhe uma faca metálica que se usava para esfolar animais. O senhor se virava para Bartolomeu e lhe entregava um grande facão e algumas armadilhas para ele posiciona-las e as camuflar com folhas e grama, após a entrega do material de caça começava a caminhar em direção a mata segurando firmemente um facão com um arco em suas costas juntamente de uma aljava de 20 flechas. Azasiel ficava motivado e comovido então olhava para Bartolomeu balançando sua cabeça para cima e para baixo, e logo depois dando suas costas para ele começando a seguir seu pai. Bartolomeu ainda frustrado com sua derrota seguia Azasiel e seu pai segurando firmemente o facão na mão direita e as armadilhas na esquerda pensando ao mesmo tempo em novos movimentos para se usar na luta após o comentário não muito relaxante de Azasiel, mostrando o quanto Bartolomeu era despreocupado e não pensava em batalha.
Com a entrada de nossos caçadores na mata, Azasiel começava a sentir uma fraca dor na cabeça junto de algo diferente em seu peito, porém como não queria atrapalhar seu pai e Bartolomeu não disse nada e continuou em frente atento a qualquer coisa que pudesse aparecer, usava de seu olfato para tentar identificar algo, e de sua visão para ver se não tinha nada de diferente do comum pelo caminho que sempre passavam. Bartolomeu por outro lado não sentiu nenhum desconforto porém orava enquanto andava para que o deus dos raios lhe dessem uma boa e ótima caçada. Após muito caminhar chegavam em uma espécie de campo cheio de flores e árvores pequenas e frutíferas, Azasiel aproveitava disso para subir em uma árvore que ficasse a beira do local encontrado enquanto Bartolomeu e Sr. Zistchmel adentravam no campo florido com seus facões em mãos indo em direção das árvores frutíferas. Azasiel que estava em cima de um galho grosso e cheio de folhas sacava seu arco e observava o local a procura de alguma presa porém a dor em sua cabeça ficava mais forte e ele sentia cada vez maior o desconforto em seu peito e baixinho escutava a sua esquerda:
- Você é real mesmo? Consegue me ver e me ouvir? Preciso de ajuda, sou um espírito perdido!
No momento em que escutava tal coisa Azasiel ficava pálido e começava a tremer por todo seu corpo e devagar virava sua cabeça para a esquerda enquanto pegava uma flecha de sua aljava, a colocando no arco, e a armando para quê dessa forma conseguisse se defender de uma possível ameaça. Quando terminava de se virar Azasiel via um tipo de borrão verde forte com alguns tons de preto espalhados pela cor, olhando bem tinha dois pequenos pontos em vermelho brilhando um próximo ao outro dando a se entender que o que estivesse naquele local tinha olhos, porém não se conseguia identificar uma boca. Tomado por desespero o menino de cabelos brancos rapidamente posicionou seus braços juntamente do arco e a flecha armada, fazendo com que logo em seguida ele disparasse contra tal coisa estranha, que aparecia diante de seus olhos, porém caia da árvore por não ter se posicionado direito para efetuar o disparo do projétil, assim causando um desequilíbrio fazendo com que ele caísse no chão e batesse fortemente suas costas e um de seus braços abrindo sua boca soltando um grito forte e alto de dor.
-Aaaaaahhhhhhhh, mas que droga, mais o que raios e essa coisa? Estou ficando louco? Aaahhhhhhjhh que dor!!!!
No momento em que Azasiel caia e gritava de dor, Bartolomeu se virava na direção de onde seu amigo estava e sem pensar duas vezes começava já a correr para tentar o socorrer, por outro lado o pai de Azasiel apenas olhava para o local com uma cara triste e andava lentamente na direção do grito. Azasiel caído no chão tentava se levantar porém quando olhava para cima via aquele borrão verde forte escurecido por tons pretos maior junto dos dois olhos vermelhos o observando de forma contínua, quando menos se esperava uma espécie de boca começava a abrir mostrando dentes brancos e brilhantes e quando se terminava de abrir podia se observar pressas bem afiadas, o sorriso parecia ser de forma sádica, para piorar o borrão ia descendo devagar como se estivesse suspenso, Azasiel olhava para o tronco da árvore na esperança de uma explicação porém via aquele borrão a rodeando como se fosse um cipó, novamente voltava seu olhar para o borrão que vinha descendo. Azasiel estando em estado de choque tentava se levantar e correr porém seu corpo continuava paralisado na mesma posição enquanto o borrão descia cada vez mais e mais, chegando mais perto cada vez mais rápida, desesperado tentava gritar porém o som não saia o deixando cada vez mais desesperado e com medo até o momento em que o borrão dizia:
- Humano o que temes em mim? Sou apenas um espírito vagando pela mata a procura de alguém que o ajude, não farei nenhum mal a você.
Quando terminava de dizer tais palavras já se encontrava perto da cabeça de Azasiel porém um brilho começava a sair de uma moita juntamente de um grito de tamanha e forte preocupação.
- AZASIEEEEEEEEL! SEU COELHO! COMO CONSEGUE SENTIR TANTO MEDO? O GRANDE CAVALEIRO DE ARMADURA DOURADO FICA PREOCUPADO COM SEU ESCUDEIRO SENDO UM MEDROSO!!!
O brilho chegava até o borrão e começava a iluminar fazendo com que começasse queimar fazendo, com que recuasse se recolhendo rapidamente do local e se arrastando no meio da mata, Azasiel paralisado no chão começava a recobrar os movimentos e a voz, e olhava para o local de onde a luz vinha enquanto lágrimas de desespero e medo escorriam de seu olho. Do arbusto saia Bartolomeu correndo com arranhões desesperado para ajudar o amigo, fazendo com que as lágrimas de Azasiel que eram de desespero e medo se tornassem lágrimas de esperança e alegria, Bartolomeu se aproximava dizendo:
- Você está bem coelho? O que te aconteceu?
Azasiel emocionado com a aparição do amigo tentava falar forçando, mas estava um pouco difícil por isso sua voz saiu trêmula e fraca.
- E...u estou...bem...ami...go.
Dizia com dificuldade porém sorrindo até o momento em que seu pai chegava observando a cena e vendo o arco quebrado com o impacto no chão juntamente de algumas flechas ficando de certa forma irritado com o agir de Azasiel, assim logo dizia socando uma árvore para diminuir sua raiva.
- Meu filho, como pode fazer isso? Você diz querer ser um grande caçador e ajudar nos negócios da família, porém tem medo e ressentimento! Vá agora para casa, você precisa tratar suas costas, só não me preocupe mais!
Dizia cada vez mais se acalmando enquanto andava até o arco e flecha caídos e quebrados os juntando e colocando na aljava caída, pegava ela e andava até seu filho e lhe entregava as coisas quebradas dentro da aljava. Nesse momento Bartolomeu o ajudava a levantar e pegava a aljava tomando das mãos de Azasiel dizendo encarando o pai dele de forma seria e irritada.
- Vamos Azasiel eu lhe ajudo a ir embora, acho que já deu para mim hoje também.
Azasiel pegava forçadamente da mão de Bartolomeu a aljava com os itens quebrados e dizia com sua voz trêmula e fraca junto de sua cabeça abaixada.
- Po...de deixar... Eu já... Trou... Xe... Pro... Blemas... Demais... Pa... Ra... Vocês.
Ao terminar de dizer se virava de costas para seu amigo e seu pai e começava a caminhar fraco e tropicando, enquanto derrubava várias lágrimas de tristeza e de frustração no chão. Bartolomeu sentindo imensa raiva do Sr. Zistchmel fechava seu punho com uma tremenda força segurando se para não avançar para cima dele, e o socar fortemente pelo o que fez, porém nada acontecia e ambos voltavam a caçar, o que mudava era a fúria de Bartolomeu durante tal momento ocorrido.
Um tempo se passava e Azasiel já estava perto da saída, como estava ferido e fraco saia da floresta no final da tarde onde se estava se aproximando do pôr do sol, porém diante dele enxergava-se em sua frente um ser totalmente distorcido por uma alongada mancha preta com detalhes verde escuro e novamente observava que "aquilo" tinha pontos vermelhos parecendo olhos. Desesperado Azasiel não sabia mais o que fazer, estava desarmado e ferido e aquele ser estava em sua frente, cada segundo que se passava ele começava a tremer cada vez mais, diante tal presença ele se sentia engolido por uma imensa sombra que o recobria de escuridão, começava a ouvir diversas vozes em sua mente e juntamente começava a ter sua visão enfraquecida aos poucos, até o momento em que...
- Ei humano, por que me temes? Você não acredita em mim? Mesmo aparecendo diante de seus olhos? Você não é alguém perdido em medo e desespero? Eu apenas estou aqui para lhe ajudar.
Dizia a tal criatura presente na frente de Azasiel o encarando, se aproxima devagar como se estivesse rastejando. Azasiel percebendo a situação em que estava mordeu fortemente seu lábio inferior que começava a sangrar e a doer, essa foi a dor necessária para fazer com que ele voltasse de seu estado de choque começando assim a encarar o ser dando um suspiro e dizendo:
- Eu lhe temo por ser diferente, algo não compreendido por um ser como eu, um simples humano que só pensa em se salvar, vivendo cada dia com um medo intenso de se levantar da cama e encarar as pessoas incríveis que são minha família, não consigo ajudar meu amigo a progredir. E ainda não consigo acreditar que algo como você esteja aparecendo diante de mim, porém agora aceito lhe ouvir agora que estou,melhor preparado para o momento.
A expressão de Azasiel mudava com o que dizia, ele começava a deixar o corpo mais leve e a relaxar, seus olhos antes preenchido pelo medo agora estavam mostrando uma grande determinação e seriedade. Quanto mais Azasiel encarava o ser, menos borrado e sombrio ele ficava, até o momento em que uma figura começava a se moldar no que antes eram apenas manchas diante de seus olhos humanos, que agora estavam recônditos por uma energia verde, transparente e fina que mal dava para se perceber, o animal diante de tal acontecimento começava a mostrar suas presas se mostrando ser uma grande e alongada serpente branca com marcas em forma de cortes triangulares verdes e vermelhos ao longo de seu corpo. Impressionada a serpente rastejava até a frente de Azasiel e assim começava a se enrolar pelo corpo do garoto que estava calmo até o momento em que a cabeça da serpente ficava na mesma altura da do garoto que rapidamente abria sua boca dizendo:
- O que pensa estar fazendo espírito de classe baixa!
A serpente se assustava porém ficava cada vez mais intrigada e assim moveu sua cabeça ficando de frente a frente para o garoto, fazendo com que ambos ficassem se encarando, a serpente de tal forma dizia suavemente para o garoto:
- Estou lisonjeado de um humano como você que se rebaixou a tamanho grau de se dizer inferior aqueles de sua mesma espécie, e ainda soube me identificar como um espírito. Porém fico me entristecido ao saber que está me rotulando como um espírito de classe baixa sendo que posso ser mais poderoso que isso.
Dizia a serpente começando a apertar fortemente o corpo do garoto emanando uma forte aura e energia espiritual. Azasiel sentindo-se fraco continuava firme percebendo que seu medo e desespero começava a voltar ao poucos, até o momento em que fechou seu punho esquerdo fortemente e socou sua perna machucada, com o pouco de movimento que tinha e soltava um enorme grito assustando a serpente fazendo com que ela usasse de menos força.
- Aaaaaaaaaa... Bom agora que consegui vossa atenção, gostaria que me explicasse o motivo para estar me perseguindo, como se eu fosse um prisioneiro foragido após cometer um enorme crime.
Dizia seguido de um suspiro até o momento em que a cabeça da cobra se aproximava mais do rosto do garoto dizendo:
- Já ouviu alguma vez a lenda do sagrado espírito ancestral chamado de Serpente do Chaos? Se você não saber não se preocupe humano, eu entendo como meio de sua ignorância e fraco conhecimento sobre o mundo espiritual e espírito-material.
Após a serpente começar a lhe contar sobre algo desconhecido, o garoto fechou seus olhos e suspirou ficando logo após em silêncio, como resposta a serpente mostrando que ele não tinha conhecimento sobre tal lenda apresentada. A serpente em resposta a isso deu um pequeno sorriso mostrando suas presas e começou a lhe contar sobre a lenda.
- A Serpente do Chaos era um dos importantes espíritos guardiões, ela causava a intriga, o medo e o desespero referente aos humanos causando assim divergências entre eles. A Serpente contava com um gigante e alongado corpo Branco com vários tipos de símbolos verde e vermelho tendo em vez de uma cabeça, três no lugar, as cabeças eram referente a seus aspectos a cabeça a direita era referente ao medo, seu veneno era imensamente incomparável de forma que apenas sua presença no local já era suficiente para o veneno chegar a vítima, o veneno também era considerado um ácido pois conseguia corroer as coisas em que tocava, como metais, matéria orgânica e rochas. A segunda cabeça era referente ao desespero, ela era considerada o contrário ao deus ou espírito da criação, já que por onde passava uma intensa tempestade de raios começava, destruindo assim as coisas em que os raios tocavam. Por último era a intriga onde ela continha um enorme intelecto e um enorme carisma junto de seu olhar hipnótico conseguia assim facilmente causar as intrigas entre os humanos. Porém como foi dada como culpada na guerra entre os humanos ela dividiu suas 3 cabeças em 3 pequenas serpentes e assim agora elas vivem pelo mundo se escondendo de tudo e todos, porém eu agora te encontrei e você tem um enorme medo porém consegue enfrenta-lo você é o ideal recipiente para mim.
Azasiel escutava tudo que a serpente dizia e logo dava uma resposta:
- Então você com tamanho poder assim e quer me usar como um recipiente para poder se esconder? Tudo bem, porém você será meu parceiro, nós dois seremos Um você não irá me controlar!

Soul's GodsOnde histórias criam vida. Descubra agora