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" E  meio da escuridão, você foi minha luz." -Autor desconhecido

Terminei de tomar o restante da vodka que estava no copo e me virei determinada a encarar a pista de dança, respirei fundo e fui para o centro, como se já tivesse feito isso várias e várias vezes na minha vida. Estava na festa a uns dez minutos e nada da Rangel, minha amiga há mais de 8 anos, conheci ela em uma situação bem peculiar e delicada da minha vida. Tínhamos marcado de nos encontrar já na festa, ela ia buscar o Deluca um amigo em comum e, provavelmente, o Castro já que todos os lugares que o Deluca está você iria encontrar o Castro também.

Estava totalmente perdida nos meus próprios passos improvisados e nem me toquei do rapaz me tocando ( o álcool também não ajudou muito).

-Sim?- perguntei o encarando.

- Angel, certo?- confirmei com a cabeça e continuei com os passos da música, que na minha cabeça estavam corretos.- pediram para te entregar essa bebida.- Ele falou me entregando um copo com whisky, olhei para bebida e, por mais que eu tivesse bebido o suficiente para tomar coragem de me arriscar em uma pista de dança, eu jamais tomaria uma bebida de um estranho. Procurei alguém suspeito e não achei ninguém que indicasse uma pessoa interessada em me entregar uma bebida, fui até o balcão e devolvi a bebida pedindo para que ele jogasse fora. Estava quase indo para entrada quando vi a Rangel o Castro e o Deluca entrando no estabelecimento, fui até eles com minha pior cara.

- Estava quase indo embora, faz quase 30 minutos que eu estou aqui.- falei diretamente para Rangel, caramba eu já não gosto desses tipos de festa fui praticamente forçada a ir e ainda ficar só, é o cúmulo!

- Você está exagerando... Foi, no máximo, uns 15 minutos. Não tenho culpa se os caras demoram tanto.- ela falou me pegando pelo braço e nos guiando para o bar, Deluca já tinha sumido (como sempre), não sei que milagre o Castro estava com a gente. Nunca fui de falar muito com ele, o que é bem estranho já que eu e ele andamos no mesmo círculo de amigos desde sempre, ele sempre me afastou por ser a menor e quando crescemos já tínhamos acostumado com tão pouca intimidade e as coisas flui bem assim. Antes a gente brigava por conta da infantilidade e das opiniões totalmente diferentes, era quase insuportável nossa convivência ainda mais quando a Rangel deu uma de louca e pegou o Deluca, ficou um clima pesado entre a gente e eles nunca mais se pegaram (não que eu saiba) mas enfim, minha verdadeira amizade é com o Dê e a Rangel só falo o básico com o Castro e porque a Rangel conhece ele e o Deluca antes de todos andarmos juntos.

- Vamos procurar o Dê, não quero acordar com outra das vadias dele na minha cozinha.- Ela falou com rispidez na voz depois de dá um gole no copo com vodka, eles não moram juntos nem nada é que as vezes (normalmente quando saímos de uma festa) vamos para casa da Rangel ou para a do dê, mas normalmente é a casa da Rangel tem vezes que só o Dê vai e leva alguma menina, isso acaba irritando a angel as vezes mas sei que ela nunca negaria acolho a nenhum de nós.

- Isso parece ser ciúmes.- Castro falou indiferente e deu um único gole que acabou com toda a bebida.

- Do seu rabo, eu só não aguento mais me assustar toda manhã com aquelas ridículas, sinceramente... Elas são podres.- eu ri e me choquei com alguém.

- presta atenção.- Castro falou me segurando já que tombei com um homem qualquer e quase caí.

- Valeu.

- Já estou acostumado a ter que lidar com os problemas que você causa.- parei bruscamente e olhei para ele, percebi Rangel ficando tensa e encarando nos dois. Ele não tem direito de falar que " lida com os meus problemas" ele mal sabe direito dos meus problemas, só porque me ajudou com alguns caras ano passado ele acha que pode ficar jogando isso na minha cara.

- Cala a boca idiota, você só me ajudou uma vez em toda sua vida e também... Se não tivesse ajudado seria mais desumano do que você costuma ser.- falei e já pude ver algumas pessoas com a atenção na gente.

- Você é um ímã para perigo, não pensa em evitar nada, totalmente infantil e inútil, eu sinceramente não sei porque andamos com você!- aquilo me machucou mais do que eu demonstrei que machucou, dei uma risada irônica e passei por ele o tombando propositalmente.

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