História De Uma Escritora

real de mais

Rita se sentiu confusa com as palavras que se formaram na pagina, como assim ajuda-la? Se ela propria não conseguia imaginar, como um livro que só respondia suas perguntas ajudaria?

"Minha querida, eu sou muito mais poderoso do que você imagina"
Como assim?
"Esqueceu que eu sou magico?"
Claro que não, mas como você conseguiria me ajudar?
"Observe, apenas."

O livro começou a brilhar, um brilho fraco que foi aumentando cada vez mais rapido até ficar intenso de mais para Rita poder olhar. Ela fechou os olhos com força, e quando percebeu que era seguro abrir, ficou abismada com o que viu.

- O-o que? Ma-mas isso é - ela gaguejava.

Rita não estava mais em seu quarto, e sim em um amplo jardim cheio de flores e plantas de todos os tipos, e mais a frente um casarão que mais parecia um castelo, até tinha torres, uma parcialmente destruida. Ela imediatamente reconheceu aquele local, era assim que ela imaginava o cenario do livro que ela estava lendo naquele dia, "a menina que não sabia ler", a casa, o lago ao longe, as flores e plantas espalhadas pelo jardim enorme... Todos os minimos detalhes.

- Isso é possivel, minha querida - ela se assustou com a voz atrás dela - eu disse que era mais poderoso do que imagina.

Ela se virou e viu um homem alto, vestindo uma bata preta que ia até os pés, seus cabelos eram negros, mas seus olhos eram azuis, bem claros, sua pele branquissima, parecia um vampiro de tão palido e ele segurava um cajado de madeira escura polida, com um rubi na ponta.

- Q-quem é você?

- Oras, sou o livro! Ou melhor, sou o mago que criou o livro - o tal mago sorri

- Mago? - ele assente - então ta explicado essa sua aparencia estranha.

- Minha querida, eu só estou nesta forma pois é assim que você imagina um mago.

Fiquei confusa por um momento, mas depois entendi.

- Então eu estou na minha cabeça? É tudo exatamente como eu imagino na minha mente, esse cenário, tudo!

-Bom, não é exatamente a sua mente, mas eu criei esse mundo a partir das informados do seu cérebro, ou melhor, você criou ele.

- Como eu criei? Eu não sou mágica nem nada disso - eu estava olhando em volta, procurando os personagens - e cadê todo mundo?

- Todo mundo quem? Ah, as personagens, estão lá dentro oras. E quanto a não ser mágica, você é sim, todo ser humano é.

- Eu tenho que entrar?

- Se quiser, a escolha é sua, minha querida.

Rita engole em seco, suas mãos estavam tremendo, mas ela não estava com medo, e sim ansiosa, era muita informação para digerir, mas ela decidiu que aproveitaria enquanto pudesse. Pelo que podia lembrar da história, a personagem principal era meio (muito) doida, o irmão era só um inocente no meio de tudo, a babá era vista como uma bruxa pela menina, e podia aparecer em todos os espelhos da casa, mas somente para a garota, os empregados eram pessoas normais e tinha um menino que aparentemente gostava da personagem principal, e o pai que nunca aparecia para eles. Era um enredo interessante, mas não o que ela queria para o próprio livro, queria algo mais alegre e aventureiro, e aquele casarão dava medo nela.

- Por que me trouxe aqui, mago? - Ela perguntou, olhando pro lado, mas ele não estava mais lá. Rita revirou os olhos - Que clichê.

Ela olha a casa e vai andando devagar até lá, tentando se acalmar. Quando chega, ela entra de mansinho, sem permissão, olhando em volta. Estava tão embasbacada com tudo que via que seu coração quase sou pela boca quando deu de cara com uma menina.