TYLER - OS CARTER 3 [REPOSTANDO]

CAPÍTULO 2 💃🏻

A vida está muito difícil. Trabalho como garçonete de manhã e de noite trabalho como camareira. Meus dois empregos me dão trabalho pois os homens parecem que acham que somos parte da mobília, nós apalpam, falam gracinhas. 

O bom é que aqui no hotel, ninguém nunca tentou me forçar a nada. 

Desde a chegada do novo hóspede à suíte presidencial, tudo mudou. No dia em que ele me convidou para um drink, um instinto me fez evitá-lo. Não sou ingênua, e sei muito bem que não é incomum que homens como ele — ricos, charmosos, com um olhar que pode derreter até o mais rígido dos corações — pensem que podem ter o que quiserem. Estava na cara que o ricaço se sente como um deus, no direito de tudo. Quando disse “não”, percebi a surpresa em seu olhar, como se não estivesse habituado a ouvir essa palavra, especialmente de alguém como eu. Eu sei que muitas das outras camareiras se envolvem com os hóspedes, sempre tem fofocas, elas sonham em encontrar um marido rico ou alguém que as sustente. Mas não sou assim. Estou aqui para trabalhar e sei o meu valor.

Toda vez que tentam me colocar para limpar a suíte presidencial, eu dei sorte nos últimos dias, porque em momento algum o homem estava lá, mas eu devia saber que nunca fui de ter sorte.

Subo respirando fundo rezando para que mais uma vez ele não esteja no quarto e fico animada por ver que ele não está, começo a arrumar a enorme cama, tentando acabar o mais rápido possível.

Eu crente que o dia ia ser normal como qualquer outro, mas me enganei. Eu estava fazendo meu serviço, como sempre faço, mas acabei travando quando vi ele. Esse homem lindo que me encara como se pudesse ver a minha alma, como se quisesse me devorar aqui mesmo. 

Noto então que ele estava no banheiro esse tempo todo. A água do chuveiro não está ligada, então devia estar na banheira. Travo como uma besta o vendo só com uma toalha branca cobre seu corpo, mas mal esconde o que há por baixo. Seu peito é largo e musculoso, cheio de lindas tatuagens, as veias ressaltadas em seus braços e pescoço cada definição pulsando com força, e gotas de água escorrem pelo corpo dele bronzeada dele, destacando ainda mais cada músculo. Seus cabelos pretos, um pouco bagunçados e molhados, caem sobre a testa, dando um ar provocante e sexy.

— Continue seu trabalho. — Pede apenas com um sorriso debochado nos lábios carnudos.

Sem jeito por olhá-lo como uma rola, volto aos meus afazeres tentando ignorá-lo, mas é praticamente impossível.

Ele é alto, e a forma como ocupa o espaço ao meu redor me faz sentir pequena. Cada movimento seu parece ser sedutor, mesmo sem intenção alguma e por isso, quase pulo como uma corça amedrontada em meu lugar.

— Você parece muito tensa. — Me encara com um humor quase ácido. — Relaxe não vou te morder, só se você pedir e posso garantir que te morderia com gosto.