E repetia aquela melodia vezes e vezes sem conta naquela viagem que parecia não ter fim. Estava a agora a dirigir me para a minha nova casa com os meus pais, Katerina e Louis. Esta mudança não me agradava de todo. Tive de ‘deixar toda a minha vida’ no Canadá devido a uma excelente e única oportunidade de trabalho na carreira do meu pai como advogado. O meu pai e a minha mãe sempre foram pessoas bastante trabalhadoras e profissionais no que se tratava de trabalho. Louis, começou a sua carreira de advogado muito cedo para o habitual por obrigação do meu avô e a minha mãe de uma caixa num supermercado acabou numa das melhores empresas do Canadá, que lhe garantiu o seu cargo em Bradford, onde se situava a minha nova residência. Eles são pessoas extremamente formais e gostam de apresentar ao ‘Mundo’ uma boa imagem. Tanto sua como da família. Gostam de mostrar aos outros que são o casal perfeito com a filha perfeita e que têm uma vida perfeita e eu nunca gostei dessa falsa aparência. Sinto falta daqueles tempos em qua ia acampar com a minha mãe ou pescar com o meu pai quando ele ainda ‘não era obcecado’ com o emprego. Era uma pessoa mais livre, mais… genuína. Mas, com o passar dos anos, todos aqueles casos e processos foram consumindo-o, tornando-o uma ‘pior’ pessoa. A ele e à minha mãe. Eu devia ter os meus 11 anos quando ainda éramos uma família normal e atualmente, tenho 19 anos. Nunca pensei que tanta coisa mudasse em 8 anos. Finalmente chegámos! Retirei a pequena fita que protegia o meu corpo e abri a porta do veículo saindo do mesmo. Após ouvir o pequeno estrondo da porta a fechar, dei a volta e fiquei a observar atentamente a minha nova moradia. O que eu imaginava… Uma mansão enorme. Coberta com tons claros e um tamanho desmedido. Mas porque é que não podemos ter uma casa com o essencial? Porque é que eles gostam tanto de ter estas coisas luxuosas? Acho que nunca iria ter resposta a essas perguntas ou talvez tinha. “É para o teu bem!”. Achava essa resposta ridícula. Afastei todos os meus pensamentos da minha mente após sentir um braço sobre os meus ombros e uma mão pousar sobre o meu ombro esquerdo.
“Então querida, gosta da sua nova casa?” Ela retirou os seus glamoroso óculos de sol e rapidamente o intenso e luxuoso cheiro do perfume dela me causou uma sensação de enjoo.
“Sim!” Eu falei num tom neutro tendo ainda o meu olhar focado na grande estrutura.
“Ainda bem! Vamos entrar!” Ela falou sempre com um sorriso estampado no seu rosto de pele morena mas disfarçada com bastante maquilhagem para ninguém notar os sinais da idade. Acompanhei a sua trajetória até à entrada e após ela abrir a porta o cheiro a novo dominava aquela casa. Era uma casa atual, moderna. A decoração era constituída por vários estilos o que para eles a tornava bela e única. O meu olhar percorreu todas aquelas divisões rapidamente indo mais tarde ao encontro da minha mala que o meu pai trouxera do exterior. Andei até à mesma e peguei nela pronta para subir.
“Vou para o meu quarto.” Falei pausadamente começando a subir as escadas.
“Já vai? Mas ainda nem viu o jardim e a piscina!” Ela falou fazendo com que eu parasse de andar e me virasse para ela.
“Vejo depois, a viagem foi cansativa. Preciso de descansar.” Cansativa e aborrecida. Após as pequenas rodas do trólei terem entrado em contacto com o chão, arrastei a mala até à divisão que era o meu suposto quarto. Entrei na espaçosa divisão pintada com tons claros tal como eu gostava. Uma cama de casal com almofadas de fronhas vermelhas, todas bem arranjadas, encontravam-se no centro do quarto. Tinha duas mesas-de-cabeceira e uma delas estava decorada com uma jarra de malmequeres, as minhas flores preferidas. A outra tinha fotografias minhas de várias idades com os meus pais. O meu armário ficava perto da minha cama e tinha um tamanho médio tal como o retrato da minha família que estava pendurado na parede. A casa de banho era normal. Tinha o essencial e chegava para mim. Por fim, tinha um vidro grande que dava para a varando do meu quarto. Uma pequena varanda com uma cadeira e uma mesa para uma pessoa e tinha uma algo importante. A vista. Conseguia ver Bradford no seu melhor. O que me agradava bastante. O quarto até era bom para uma rapariga como eu só que, eu preferia ter decorado a divisão à minha maneira mas, isso nunca aconteceu porque é que agora iria ser diferente? Sentei o meu corpo delicadamente na cama para não estragar toda aquela beleza do meu novo quarto. Espero que tudo corra bem nesta nova etapa da minha família… Até agora até que tenho uma boa impressão deste lugar. Calmo e acolhedor mas bastante diferente do Canadá.. Eu vou ter saudades de tudo. Pensei eu .
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Hi there! (:
Espero que tenhas gostado desta pequena 'introdução' do meu novo trabalho! Deixa a tua opinião nos comentários. Obrigada (:
LittleGirl_00
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