Capítulo 10

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Acordo assustada tentando identificar onde estou. Lembro que estou no quarto de hotel do Gabriel e de tudo que fizemos. Passo a mão do lado da cama mais ele não está. Escuto  barulho vindo de fora, pego uma camisa dele e visto.

Saio do quarto e vejo Gabriel abraçado com sua irmã, sentados no sofá, ela parece estar chorando.

— O que aconteceu?

— Nada! — Ela responde com grosseria. Gabriel me olha e balança a cabeça, dizendo pra eu não ligar. Eu dou de ombros, volto para o quarto e deito na cama. Resolvo esperar ele voltar e me contar o que aconteceu.

Acabo pegando no sono e quando acordo de novo, Gabriel ainda não está lá. Levanto e vou para sala, vejo os dois abraçados dormindo.

Volto para o quarto, vou tomar um banho e ir embora.

Quando estou saindo ele acorda e me chama.

— Eu tenho que ir embora!

— Me desculpe por isso. — Ele aponta pra sua irmã dormindo no sofá. — Ela chegou de madrugada chorando eu tive que recebê-la.

— Claro, ela é sua irmã, não se preocupe comigo. Eu só tenho que resolver umas coisas antes de ir para o Studio. — Eu saio assim que digo isso, antes dele tentar se aproximar.

Eu posso estar sendo egoísta, mais eu fiquei chateada, foi a nossa primeira noite juntos.

É claro que eu estou sendo egoísta, e talvez até carente e insegura demais, e eu odeio me sentir assim!

Vou para casa e preparo um café reforçado. Estou morrendo de fome, também depois das atividades de ontem, não era pra menos.

O que será que eu estava pensando? Que ia acordar com sexo e tomar café juntos, como um casal de verdade? Eu não durmo com ninguém, para começo de conversa. E eu sempre vou embora depois do sexo!

Dormir de conchinha? Isso não é para mim!

E eu não sou carente e nem insegura.
Insegurança é uma coisa que não tenho, eu sou a mulher mais segura do mundo!

Eu me arrumo e vou para o Studio. Chego lá e me deparo com a mesma cena de sempre:

Maria babando por Juan! Eu preciso fazer alguma coisa para ajudar esses dois. Quem sabe se Maria se vestisse melhor? Como uma mulher madura, e não como uma criança de doze anos.

Fico parada na porta, com a mão no queixo, pensando no que fazer para ajudá-la.

— Tudo bem Tina?

— Não sei não, acho que precisamos sair. — Eu digo a analisando.

— Eu não posso, tenho muito trabalho.

— É o que você sempre diz. Acho que vou ter que te levar a força.

— Por favor senho... — Eu levanto a mão antes dela terminar.

— Depois falamos sobre isso.

Eu entro na sala ao lado da que Juan está dando aula, e começo a ensaiar. Ensaio tudo que dá pra fazer sozinha, já que meu parceiro ainda não deu sinal de vida. Estou começando a me arrepender de ter dormido com ele.

Será que era só isso que ele queria e agora vai me deixar na mão?

Não, eu não sou o tipo de mulher que acha que foi usada, mesmo porque eu usei e abusei daquele corpinho também! Eu não vou ficar sentindo pena de mim mesma. Eu já tenho muitos fantasmas para me assombrar.

Antes vê-lo sinto sua presença, não paro de dançar, e finjo que não percebi que ele está me olhando. Mais não consigo sustentar isso por muito tempo, e acabo dando uma olhadinha de rabo de olho.

O Despertar De Uma Paixão "Degustação" [A Venda Na Amazon] Livro2 Série Recome Onde histórias criam vida. Descubra agora