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Bruna acordou de manhã com o telefone alto. Bocejou e atendeu lentamente.

‘Alô?’ perguntou.

‘Bruna ?’ era seu pai. Ela abriu os olhos rapidamente.

‘Pai, oi... oi, como está?’

‘Te acordei né? Fuso horário...’

‘Não, tudo bem... algum problema?’

‘Sua bolsa de estudos na faculdade foi aceita. Você precisa voltar pra casa até sábado porque precisamos te matricular e... bom, você sabe. Já está aí há muito tempo’

‘O que? Tenho... que voltar agora?’ ela perguntou. Marina , ao seu lado, abriu os olhos.

‘A mãe da Marina está preocupada também. Vocês estão aí há quase duas semanas’

‘Eu sei pai, mas...’

‘Ou você vem ou perde a bolsa. Filha, pense nisso!’

‘Eu vou... eu vou’ ela disse chorosa ‘Certo. Me mande a passagem’

‘Pode deixar. Mande beijos pra Marina e se divirtam’

‘Ok... tchau’ ela desligou e se jogou na cama de novo ‘Eu-não-acredito’

‘É amiga, contos de fadas têm fim’ Mari disse.

‘Você não ajuda assim...’

‘Desculpe. Mas é verdade. Você sabia que teríamos que voltar uma hora ou outra’

‘Eu vou... contar pro Neymar hoje. Nem sei qual vai ser a reação dele’ ela se enrolou no cobertor. Marina se levantou e foi pro banheiro rindo.

‘No máximo ele vai ter o trabalho de arrumar uma namorada de verdade’ ela disse e Bruna concordou olhando pro teto.

No fim do dia, Bruna estava apreensiva pro jantar.

‘Ok, desde ontem você não para de falar no Neymar e isso... está me irritando. Sei que são eles, sei que você ama ele e tudo mais... mas...’ Marina ia dizendo e Bruna apareceu no quarto com um vestido preto ‘Uau, ta linda’

‘Obrigada. Acha que ele vai gostar?’ perguntou insegura. Marina riu.

‘Se ele for homem...’

‘Mari ...’

‘Certo, é óbvio que ele vai gostar. Neymar é tapado, mas não é... burro’ ela gargalhou. Bruna se olhou no espelho de novo.

‘São quase oito horas... melhor eu descer, certo?’

‘Ok... qual casaco?’ ela mostrou dois sobretudos. Bruna pegou o preto que batia no chão e vestiu ‘Ótima escolha. Se divirta e não deixe ele se apaixonar por você. Vocês têm três dias’

‘Pode deixar’ Bruna tentou esconder a tristeza inutilmente.

‘Ok, você não consegue mentir... droga...’ Marina bateu na própria testa. Bruna riu.

‘Vou me esforçar mais’ deu um abraço na amiga e saiu correndo do quarto, descendo pro lobby do hotel.

Um Bem Mal Entendido - BrumarOnde histórias criam vida. Descubra agora