Casa.

6 0 0
                                    

Oi gente!
Vim dar uns avisos antes de começar.
Primeiro:
A história vai ser uma shortfic, oque quer dizer que a fic será curta, estou planejando no máximo uns 15 capítulos, somente.
Segundo:
Não sigo cronograma, até porque não é todo tempo que tenho inspiração para isso.
Terceiro:
Será romance, sim. E não estranhem se for um pouco rápido o desenvolvimento da história, lembrem-se que é uma shortfic.

Espero muito que gostem, dêem muito amor para a fanfic.

Boa leitura ♡

---♡---♡---♡---♡---♡---♡---♡---♡---♡---♡-

— Soo Min, leve essas caixas para fora, são as coisas que seu pai não usa mais e nunca usou. Vamos aproveitar enquanto ele não está em casa para nos descartarmos disso. — Recebo a caixa um pouco grande com trecos juntamente com uma piscada da Sra° Park, cujo seja minha mãe.

Ainda era manhã, daqueles dias que tudo está claro demais e quente, não tão quente. As nuvens pareciam realmente fofinhas e branquinhas naquele dia, como se o Sol estivesse sorrindo e aprontando juntamente com a minha mãe.

Coloco meus pés para fora e tento levantar a caixa, que pra ressaltar, estava bastante pesada. Ás vezes me pergunto de onde essa mulher tem tanta força. Santo G-Dragon que me salve dessas mãos.

Percebo que meu esforço está sendo meio em vão quando sinto minha nuca começar a ficar molhada, minha garganta ficar seca, e minha respiração ficar ofegante como se tivesse corrido uma maratona de trezentos quilômetros.

Quando na verdade não dei nem dois passos longe da minha casa mesmo.

— Hey moleque! — Woo Min se vira, com suas roupas folgadas e seu cabelo em gel, intacto. — Anda, ajude-me. Não está vendo sua noona se acabando em esforços aqui não?!

O garoto com a aparência pouco parecida comigo e com seus hormônios à flor da pele, bufa e vem na minha direção. Woo Min -não me pergunte como escolheram seu nome, por que particularmente achei um gosto pouco bom cof, cof- e eu somos bastante próximos, mesmo tendo uma diferença de três anos de idade. Nós brincávamos um com o outro, ajudávamos um ao outro, e até levavámos broncas da nossa mãe juntos, quando nescessário.

Ah e eu puxava bastante sua orelha, e ele me obedecia direitinho.

Quer dizer, ele estava aprendendo que mesmo brincando, ainda sou sua noona.

— Obrigada maninho. — Baguncei seus cabelos apenas para irritá-lo, ele tinha uma tara naquele cabelo, mas uma tara tão grande que ficava irritado apenas em alguém ameaçar bagunçá-lo. Ele deixou a caixa ao lado da lixeira, pedi para que deixasse ali para poder dar uma olhada antes de jogar fora qualquer preciosidade. Meu pai gostava de colecionar coisas, desde tampas de garrafas até garfos.

E eu não exagerei, o Sr° Park pode ser bem esquisito quando quer.

Mas como podemos perceber, sua mulher odiava ter as coisas "bagunçadas em casa". E qualquer oportunidade ele tava jogando fora as -como ela chama- tralhas do papai.

— Noona! Não faça isso. — Acabei rindo de seu bico e de sua manha e arrumei de volta seu cabelo.

— Por que a pressa pra sair? Posso saber Elvis Presley do século vinte um?

— Vou sair com uns amigos. Aproveitei que a mamãe está de bom humor para ir logo, antes que ela mude de idéia. — Sussurrou como se fosse um segredo, talvez por medo de nossa mãe nos escutar e desistir da idéia de deixá-lo ir. Ou por drama mesmo. Fico na segunda opção. — Mas afinal, o que tem aí nessa caixa? Declarações de amor da nossa Soo?

Expliquei para ele rapidamente sobre o que era aquilo, o que ele já sabia pois não é a primeira vez que isso acontece. Ele escutou tudo e voltou a correr para sei lá onde ia, e disse que voltava antes do jantar.

Claro que voltava, se não voltasse a senhora Park faria com que eu mesma fosse atrás, se não, ela mesma.

Meu pai trabalhava em uma fábrica de móveis, um pouco longe de casa mas ainda na mesma cidade. Ele saia cedo todos os dias da semana, menos nos sábados e domingos, ganhava bem e era presente em casa mesmo chegando cansado do trabalho. Era um bom emprego. Era um bom pai.

Me abaixo um pouco e abro aquele quadrado de papelão procurando algo que ainda não sei ao certo.

Lápis, alguns jornais e outros objetos estavam dentro dali, nada que me chamasse muito a atenção. Vou mais ao fundo da caixa e pego uma câmera um pouco velha, mas conservada.

Com sorte ainda funcionava, espero.

Retiro a câmera e deixo ela de lado, não ia jogar aquilo fora.

Jogo a caixa e pego a câmera novamente e resolvo testá-la. Aperto no botão de ligar e não funciona.

— Anda, coloquei minhas esperanças em você.

Dou umas duas batidas na mesma e tento ligá-la novamente, desta vez com sucesso.

— Vamos ver como funciona.

Eu não entendia muito de objetos fotográficos, mas aquela bichinha tinha uma resolução muito boa pra quem era um pouco abatida.

Percebo um movimento na casa da frente, algumas caixas grandes empilhadas e poucos móveis, aparentemente suficiente para apenas um quarto.

Conhecia a vizinha dali, ela estava se mudando? Não parecia que estava, parecia que alguém estava indo para lá. Uma filha talvez?

Miro a frente da casa quando uma garotinha passa com sua bicicleta na calçada, iria testar essa belezura.

Um clique e um flash se fez e pude abaixar a câmera e tentar ver se a foto ficou boa. Teria que ir ver dentro, a claridade me impedia de observar os detalhes, uma pena.

— Uau, dessas são raras pelo o que eu me lembre.

Levo um susto e direciono meu olhar para o ser ao lado, era só o filho da minha vizinha, alegre demais pelo visto.

— Oi Kim. Entende disso? — Faço careta e levanto o objeto a altura de seus olhos.

— Eu não, mas meu primo sim. A propósito, ele está vindo morar na minha casa, vou apresentar vocês qualquer dia. Tenho que ir agora. Tchau Soo.

Kim SeokJin era do tipo que era muito simpático e bonito. O tipo que pegava intimidade rápido também, embora só tenhamos conversado poucas vezes o garoto já me chamava por apelido, mas de algum jeito eu não me sentia invadida.

Acabei sorrindo sem graça pelo "vou apresentar vocês qualquer dia". Eu era bem tímida ás vezes, ainda mais quando se tratava de garotos.

Porém, depende.

Subi para o meu quarto e fechei a cortina, tirando a claridade do meu quarto e observei a fotografia.

É, a foto estava legal.

Espremo os olhos e observo uma sombra entrando na casa, um pouco mais baixo que Seokjin, devia ser aquele seu primo.

— Eu não acredito que fez isso de novo. Amor, eu amo as minhas coisas! Não tem como pelo menos me avisar antes?? — A voz do meu pai se faz presente no andar de baixo e já sei que lá vem encrenca. Meus pais não brigavam sério, era só uma pequena discussão, choro do meu pai, deboche da minha mãe, e depois eles se abraçam e ela cozinhava o seu frango tão adorado para recompensar a perda de objetos.

Guardo meu novo objeto fotográfico em cima da cômoda e me deito um pouco. Uma soneca antes da janta não era nada mal.

Coincidences - Jhope -Onde histórias criam vida. Descubra agora