Wants to date me?

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Selena encarava Helena com curiosidade, viu que se enganou totalmente ao achar que a estrangeira não passava de uma garotinha indefessa e um pouco inocente, mas Helena não era nada disso, ele era mais do que uma simples estrangeira. A Rodrigues viu que por debaixo daquela pelagem toda de cordeira havia uma mulher um tanto quanto sínica, manipuladora e que sabe se proteger usando o seu "inimigo" como escudo. Se a tivesse conhecido antes de toda essa confusão a teria convidado para entrar para a máfia e para a família Barma, que tinha o legado de ser a família "mais inteligente" e que fazia quase todas as estratégias da máfia. A colombiana olhava o sorriso satisfeito da brasileira e se perguntava aonde ela havia aprendido a mentir tão bem. Talvez por ser brasileira e o país ser conhecido não somente pelas belas prais, mas também pela corrupção na política.

-Me sinto ofendida quanto a isso.

-O que?! – Selena se assustou com a fala da de cabelos curtos, era como se ela tivesse lido a sua mente.

-Sei o que está pensando e não, não leio mentes. Não é porque o meu paí é o rei da roubalheira que eu sou do mesmo jeito.

-Pelo modo como fala eu posso perceber o quanto você ama a sua pátria. Diga-me, a sua vida no Brasil foi tao ruim assim?

-...Depois da morte da minha avó sim. Mas o real problema são os humanos, são complicados e hipócritas demais para se lidar. Acho que uma das melhores coisas que eu já fiz na vida foi ir embora daquele lugar, se bem que lhe devo confessar que em certos momentos eu sinto falta de la. Mas não é isso que você quer sabe, certo?

-Sim, o quão leal você é?

-Isso depende do quão leal você vai ser para mim. Quero que saiba que eu estou tratando a nossa parceria como se fosse um negocio, o que de fato é, mas o que eu quero dizer é que vamos ser profissionais e evitar sentimentos.

-Concordo com você. Devo dizer que fiquei muito surpresa com essa sua personalidade, você nos enganou direitinho.

-Vocês também me enganaram, não achei que vocês seriam tao barra pesada. O máximo que eu cogitaria era um desvio de verbas ou sabotagem, mas máfia? Isso estava bem longe.

-Bom, temos que encontrar um local para nos encontrarmos. Eu sai da máfia e ficar te encontrando seria muito estranho e suspeito, considerando que nos duas não temos nenhum tipo de intimidade e tivemos pouco contato uma com a outra.

-Você saiu? Por quê?

-Isso não é da sua conta. Era o que eu diria se você não me fosse útil, mas dentro de uma semana eu viajarei para a Itália e contatar a máfia italiana.

-Espera, vocês não são rivais? Tipo, eles querem matar vocês não é? Isso é...

-Suicídio? É, eu sei. Eu também acho mais é o que tem que ser feito. É o "certo", uma forma de expressar a minha mais profunda gratidão a família Barma por tudo que eles fizeram por mim.

-E qual é a sua história? Temos mais algum tempo antes que Ian chegue.

-Não vou contar, não aqui.

-Então que tal nos encontrarmos em outro lugar?

-Perfeito. Dê-me o seu número e marcamos de nos encontrar, hoje ainda. – As duas trocaram os seus números e não demorou para Selena sair, dois minutos depois Ian entrou no estabelecimento se sentando no lugar que a colombiana estava.

-Demorei muito?

-Não muito. – Helena disse com um grande sorriso no rosto, ela percebeu que Ian estava se remexendo na cadeira, ainda quente por causa de Selena. Mas isso não a abalou, continuou sustentando um sorriso no rosto.

Meu MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora